"Escrevo meus livros só nas horas vagas de minhas outras ocupações. No Brasil ainda é raro o escritor que pode viver dos seus próprios livros. Me dedico por isso ao jornalismo e ao professorado, que são ocupações sempre de ordem intelectual, e me conservam dentro da minha realidade primeira que é a arte. (...). Não tenho nenhum cacoete nem característica quando escrevo, a não ser, encostar de vez em quando a testa no metal da máquina de escrever, e sentir-lhe o friozinho. Também, às vezes, quando o escrito sai com lentidão, acaricio a máquina com a mão direita, como quem passa a mão num cavalo para amansá-lo. Tenho procurado me consertar desse animismo exagerado, mas não consigo"
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2 comentários:
Muito bom esse senhor, né? Quando surgirá outro assim? O pessoal de hoje podia refletir um pouco essa ternura e simplismo existente outrora.
uma graça, encostar a testa na maquina, acariciá-la com a mão direita...é Edu, muito bom
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