O meu livro "Suplemento Literário: que falta ele faz!”, resgata a história do Suplemento Literário do jornal O Estado de S. Paulo, publicação que se tornou um modelo de jornalismo cultural no país. Editado pela Imprensa Oficial, será lançado no próximo dia 14 de novembro, a partir das 17h30, logo após a abertura do Salão do Jornalista Escritor, no Auditório Simon Bolívar do Memorial da América Latina.
Projetado pelo professor Antonio Candido de Mello e Souza, e dirigido durante dez anos por Décio de Almeida Prado (1956-1966), o Suplemento Literário, que existiu até 1974, representou uma ponte entre tradição e inovação.
O projeto esteve perdido durante anos e, recuperado, foi cedido por Antonio Candido à autora, fonte primária fundamental para sua dissertação de mestrado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP em 2002.
A oportunidade da publicação de um livro baseado nesta dissertação deveu-se à comemoração, em 2006, do cinqüentenário do lançamento do Suplemento Literário e Artístico de O Estado de S. Paulo.
PROJETO
Os jornalistas e pesquisadores sabem que é raro se conservar projetos originais de jornais, e tão detalhados como este, desde a pesquisa de preços até a seleção de colaboradores. Os maiores escritores, poetas, artistas plásticos do país passaram pelas páginas do Suplemento, e segundo o próprio Antonio Candido, pela primeira vez o trabalho intelectual na imprensa teve remuneração condigna.
O trabalho fala também sobre a revista “Clima” – onde, ainda estudantes, começaram a atuar na crítica cultural Antonio Candido, Décio, Paulo Emilio, Lourival Gomes Machado, Ruy Coelho, entre outros, que depois se tornariam colaboradores do Suplemento Literário e de outros jornais.
Ao longo de sua existência o Suplemento esteve sempre atento aos movimentos culturais de importância. Nos seus primeiros dez anos, entre 1956 e 1966, editou 28 números especiais. O livro destaca alguns deles, num recorte que marca a gestão de Décio de Almeida Prado. Há fotos e reproduções de páginas do Suplemento como, por exemplo, o primeiro conto do jovem Francisco Buarque de Holanda, então com 22 anos, “Ulisses”.
Um capítulo especial do livro é dedicado à participação de artistas plásticos – já consagrados e/ou então iniciantes -- como ilustradores, outro diferencial do Suplemento Literário, que com sua concepção avançada se constituiu em vanguarda nas artes visuais do jornalismo impresso da época.
O livro analisa as transformações sofridas pelo jornalismo cultural a partir dos anos 50, quando a cultura de massas se impõe e, aos poucos, o espaço de veiculação da crítica é ocupado pela divulgação de produtos da indústria cultural.
Além de tentar contribuir para sistematizar uma experiência e acentuar uma fase importante do jornalismo no País, o trabalho resgata algumas histórias e pincela perfis de personagens envolvidos naquela fase de ouro do jornalismo cultural brasileiro.
Iconografia: reproduções de páginas do Suplemento Literário, ilustrações e fotos de arquivo do Estadão, acervos da Cinemateca Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Instituto Moreira Salles.
Projetado pelo professor Antonio Candido de Mello e Souza, e dirigido durante dez anos por Décio de Almeida Prado (1956-1966), o Suplemento Literário, que existiu até 1974, representou uma ponte entre tradição e inovação.
O projeto esteve perdido durante anos e, recuperado, foi cedido por Antonio Candido à autora, fonte primária fundamental para sua dissertação de mestrado em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP em 2002.
A oportunidade da publicação de um livro baseado nesta dissertação deveu-se à comemoração, em 2006, do cinqüentenário do lançamento do Suplemento Literário e Artístico de O Estado de S. Paulo.
PROJETO
Os jornalistas e pesquisadores sabem que é raro se conservar projetos originais de jornais, e tão detalhados como este, desde a pesquisa de preços até a seleção de colaboradores. Os maiores escritores, poetas, artistas plásticos do país passaram pelas páginas do Suplemento, e segundo o próprio Antonio Candido, pela primeira vez o trabalho intelectual na imprensa teve remuneração condigna.
O trabalho fala também sobre a revista “Clima” – onde, ainda estudantes, começaram a atuar na crítica cultural Antonio Candido, Décio, Paulo Emilio, Lourival Gomes Machado, Ruy Coelho, entre outros, que depois se tornariam colaboradores do Suplemento Literário e de outros jornais.
Ao longo de sua existência o Suplemento esteve sempre atento aos movimentos culturais de importância. Nos seus primeiros dez anos, entre 1956 e 1966, editou 28 números especiais. O livro destaca alguns deles, num recorte que marca a gestão de Décio de Almeida Prado. Há fotos e reproduções de páginas do Suplemento como, por exemplo, o primeiro conto do jovem Francisco Buarque de Holanda, então com 22 anos, “Ulisses”.
Um capítulo especial do livro é dedicado à participação de artistas plásticos – já consagrados e/ou então iniciantes -- como ilustradores, outro diferencial do Suplemento Literário, que com sua concepção avançada se constituiu em vanguarda nas artes visuais do jornalismo impresso da época.
O livro analisa as transformações sofridas pelo jornalismo cultural a partir dos anos 50, quando a cultura de massas se impõe e, aos poucos, o espaço de veiculação da crítica é ocupado pela divulgação de produtos da indústria cultural.
Além de tentar contribuir para sistematizar uma experiência e acentuar uma fase importante do jornalismo no País, o trabalho resgata algumas histórias e pincela perfis de personagens envolvidos naquela fase de ouro do jornalismo cultural brasileiro.
Iconografia: reproduções de páginas do Suplemento Literário, ilustrações e fotos de arquivo do Estadão, acervos da Cinemateca Brasileira, do Museu de Arte Moderna de São Paulo e do Instituto Moreira Salles.
Ficha técnica
Editora: Imprensa oficial
Capa: Tide Hellmeister
Prefácio: Antonio Candido
Páginas 208
Preço: R$40,00