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sábado, setembro 14, 2013
Um poema para Luiz Gushiken
Eu estava me preparando para caminhar neste lindo sábado de sol em Poços de Caldas, quando soube. É tão bonito ver quantas pessoas o amavam. O amavam por causa da pessoa, e só por ser esta pessoa humana pôde ser amado pela atuação política. Porque o ser humano vem antes do ser político. Vejam, diz aqui a Tita Dias:
“Uma vida inteira acreditando na humanidade.
Uma vida inteira ampliando o sentido da palavra amor.
Valeu pelas opiniões, conselhos, ensinamentos e solidariedade que fizeram diferença pra valer nos rumos da minha vida. Na vida do país eu não preciso falar.”
Um beijo eterno para Luiz Gushiken. Abaixo vídeo que encontrei em comentário de Clovis Libanio, na página de Reiko Miura. E um poema que escrevi quarta-feira.
Um poema para Luiz Gushiken
Noite alta, madrugada de silêncios sem seriemas.
As seriemas não gritam agora, só debaixo do sol.
As seriemas não têm medo dos humanos.
E à noite dormem sossegadas.
Eu não.
Eu vejo a foto sorridente dele, cercado por amigas que também sorriem e pela mulher
Ele está morrendo.
Disse antes, quando podia falar, que não leva mágoas nem rancores
Minha amiga conta a ele que escrevi um texto lido na Fé Bahai, que é a sua trilha:
“A luz de uma lâmpada é boa, seja ela qual for”
Eu escrevi: Se existe uma luz, mas não é da lâmpada à qual nos acostumamos, não vamos apagar. Para nos livrar das trevas, a luz, qualquer luz.
Minha amiga perguntou se ele se lembrava de mim.
Ele moveu a cabeça dizendo sim, e sorriu.
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Poços de Caldas, 11 de setembro de 2013
2H32m
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