Foto Carlos Bertomeu
Ruínas da redução de Santo Ângelo, nas Missões, Rio Grande do Sul.
Antigamente, as terras da região eram habitadas pelos índios guaranis,e seu modo de vida foi sendo modificado, aos poucos, com a chegada dos europeus (portugueses e espanhóis). Para cristianizá-los vieram para cá os padres jesuítas que organizaram os Povoados Missioneiros. Aos poucos, os jesuítas conquistaram a confiança dos índios.
Santo Ângelo é conhecida como a "Capital das Missões. Dois ciclos marcaram essa época lendária no noroeste do Rio Grande do Sul. O primeiro ,de 1626 a 1637, mas as onze reduções fundadas pelo padre Roque Gonzáles, um dos três mártires deste período, ao lado de João de Castilos e Afonso Rodrigues, não chegaram a se consolidar, devido aos ataques dos bandeirantes paulistas. O segundo ciclo correspondente ao período dos chamados "sete povos" (no total, eram trinta, mas os outros estão agora na Argentina e no Paraguai) da República Guarani, o último dos quais foi Santo Ângelo, fundado em 1676.
Nos anos de 1720 a 1750, as reduções chegaram ao auge do seu desenvolvimento. Com os guaranis, os jesuítas construiram igrejas e fontes, foi criada a primeira fundição no estado do Rio Grande, na redução de São João Batista.Os índios se aprimoram nas artes tornando-se exímios escultores e músicos, havia eleições diretas e tudo corria na maior tranqüilidade e harmonia. Até que Portugal e Espanha assinam o Tratado de Madri, acabando com a divisão territorial proposta no Tratado de Tordesilhas, e criam uma nova divisão onde Portugal entrega para a Espanha a região de Colônia Del Sacramento (atualmente no Uruguai às margens do rio da Prata) e a Espanha entrega aos portugueses a região dos Sete Povos das Missões. Os jesuítas e os índios ficaram revoltados com a imposição dos dois países de que eles abandonassem a região em 6 meses e se bandeassem para a outra margem do rio Uruguai (atualmente território argentino). Começou então uma guerra que durou 10 anos, a Guerra Jesuítica-Guarani, que exterminou as Missões e seus habitantes . O grande herói desta guerra foi o índio guarani Sepé Tiaraju que, após longos combates, foi morto pelos portugueses e espanhóis junto a Sanga da Bica. Três dias após sua morte ocorreu o massacre de Caiboaté: portugueses e espanhóis mataram mais de 1500 índios e tiveram apenas 4 baixas. Após este combate foi vencida a resistência missioneira definitivamente e os jesuítas e indígenas abandonaram a região levando o que puderam, incendiando o que deixaram para trás, como casas, lavouras e igrejas. Do esplendor dos sete povos das missões, restou a história, as ruínas de algumas reduções e o sítio histórico de São Miguel Arcanjo, o mais importante acervo da obra missioneira no Brasil, declarado Patrimônio Histórico Mundial pela Unesco em 1983.
Ruínas da redução de Santo Ângelo, nas Missões, Rio Grande do Sul.
Antigamente, as terras da região eram habitadas pelos índios guaranis,e seu modo de vida foi sendo modificado, aos poucos, com a chegada dos europeus (portugueses e espanhóis). Para cristianizá-los vieram para cá os padres jesuítas que organizaram os Povoados Missioneiros. Aos poucos, os jesuítas conquistaram a confiança dos índios.
Santo Ângelo é conhecida como a "Capital das Missões. Dois ciclos marcaram essa época lendária no noroeste do Rio Grande do Sul. O primeiro ,de 1626 a 1637, mas as onze reduções fundadas pelo padre Roque Gonzáles, um dos três mártires deste período, ao lado de João de Castilos e Afonso Rodrigues, não chegaram a se consolidar, devido aos ataques dos bandeirantes paulistas. O segundo ciclo correspondente ao período dos chamados "sete povos" (no total, eram trinta, mas os outros estão agora na Argentina e no Paraguai) da República Guarani, o último dos quais foi Santo Ângelo, fundado em 1676.
Nos anos de 1720 a 1750, as reduções chegaram ao auge do seu desenvolvimento. Com os guaranis, os jesuítas construiram igrejas e fontes, foi criada a primeira fundição no estado do Rio Grande, na redução de São João Batista.Os índios se aprimoram nas artes tornando-se exímios escultores e músicos, havia eleições diretas e tudo corria na maior tranqüilidade e harmonia. Até que Portugal e Espanha assinam o Tratado de Madri, acabando com a divisão territorial proposta no Tratado de Tordesilhas, e criam uma nova divisão onde Portugal entrega para a Espanha a região de Colônia Del Sacramento (atualmente no Uruguai às margens do rio da Prata) e a Espanha entrega aos portugueses a região dos Sete Povos das Missões. Os jesuítas e os índios ficaram revoltados com a imposição dos dois países de que eles abandonassem a região em 6 meses e se bandeassem para a outra margem do rio Uruguai (atualmente território argentino). Começou então uma guerra que durou 10 anos, a Guerra Jesuítica-Guarani, que exterminou as Missões e seus habitantes . O grande herói desta guerra foi o índio guarani Sepé Tiaraju que, após longos combates, foi morto pelos portugueses e espanhóis junto a Sanga da Bica. Três dias após sua morte ocorreu o massacre de Caiboaté: portugueses e espanhóis mataram mais de 1500 índios e tiveram apenas 4 baixas. Após este combate foi vencida a resistência missioneira definitivamente e os jesuítas e indígenas abandonaram a região levando o que puderam, incendiando o que deixaram para trás, como casas, lavouras e igrejas. Do esplendor dos sete povos das missões, restou a história, as ruínas de algumas reduções e o sítio histórico de São Miguel Arcanjo, o mais importante acervo da obra missioneira no Brasil, declarado Patrimônio Histórico Mundial pela Unesco em 1983.