sábado, maio 19, 2007

Joseph Hillaire Pierre Belloc



Of courtesy, it is much less
than courage of heart or holiness
Yet in my walks it seems to me
That the grace of God is in courtesy


Quando descobri este poema, publicado mais abaixo, num livro do escritor caldense Jurandir Ferreira, fui pesquisar quem era tão belo poeta. Achei uma figura liberal e muito interessante:Joseph Hilaire Pierre Belloc (1870–1953) inglês nascido na França, filho de pai francês e mãe inglesa, muito ativa nos primórdios do movimento feminino pró-sufrágio. Poeta, ensaísta, historiador, escreveu muito sobre o catolicismo. Não, não era um mero carola!
Diz Carlos de Jesus Fernandes , em artigo de fevereiro de 2005, originalmente publicado no semanário português,Domingo Liberal, que achei na Internet:
“No catolicismo ardente de Belloc encontramos uma filosofia da História que celebra a Idade Média pela abolição da escravatura e do estatuto de servidão, pela vasta difusão da propriedade pelo povo, e por um significativo grau de liberdade individual, e pelo florescimento do ensino, das artes, filosofia e literatura que fez a Europa sair da Idade das Trevas. Belloc vê na Reforma e no capitalismo que se desenvolveu com aquela as causas do despotismo moderno e da insegurança económica que nos leva ao apelo do socialismo, colectivismo e evidentemente, que nos conduz àquilo a que apelidou de Estado de Servidão (the servile state). A liberdade definha em todas estas formas de Estado, mas tal só se tornou possível pela desesperança daqueles que foram convertidos em massas sem propriedade.
A visão de Belloc da História do Ocidente moderno é, sobretudo, uma visão de retrocesso e não de progresso; de declínio da vida, da liberdade e da segurança económica da Idade Média. Encontramos aqui um considerável grau de romantismo acerca deste período e por isto sofreu, no seu tempo, muitos ataques, daqueles para quem o período medieval foi sobretudo um período de trevas, superstição e de tirania feudal e para quem o Renascimento e a Reforma constituíram os terrenos fertéis da liberdade e das Luzes.
O que Belloc incansavelmente advogava era um sistema político-económico a que chamava distributism ou distributivism (em português, distributismo, distributivismo ou distribucionismo), e que obtinha, também, o concurso enérgico do brilhante Gilbert Keith Chesterton – cuja conversão ao Catolicismo Romano deveu muito à influência de Belloc."
Gilbert Keith Chesterton (1874–1936), outro escritor inglês conservador, fundou com ele o semanario político New Witness.
The Servile State é um dos seus livros mais importantes. Outros livros:The Bad Child’s Book of Beasts (1896), The Path to Rome (1902), Marie Antoinette (1910), The Jews (1922), The Cruise of the Nona (1925), e Napoleon (1922).
Certamente eu não concordaria com a maioria de suas idéias, mas se sua poesia toda for do mesmo nivel desta acima, salve ele! Já ficou na Historia.