quinta-feira, setembro 29, 2011

Os que conseguiram escapar



Tenho me lembrado muito deste belissimo filme de Gabriele Salvatores,Mediterrâneo, Oscar de 1992, sobre um grupo de soldados italianos da segunda guerra que caem numa ilha grega. E começam a viver a vida verdadeira.Nunca me esqueci da mensagem final:

"Este filme é dedicado a todos os que conseguiram escapar"

Eu acho que consegui. Finalmente.



MEDITERRÂNEO (Mediterraneo – Itália 1991). Direção: Gabriele Salvatores. Elenco: Memo Dini, Vasco Mirandola, Luigi Montini, Irene Grazioli, Antonio Catania, Vanna Barba, Diego Abatantuono, Claudio Bigagli, Giuseppe Cederna, Claudio Bisio, Luigi Alberti e Ugo Conti. Duração: 121 minutos. Distribuição: Flashstar.

Susan Sarandon comenta a ocupação de Wall Street


Do youtube
Susan Serandon interviewed supporting the protests and saying "You have to make your plan clear, you have to make your plan doable". Good encouragement and direction for those who hope to really accomplish something in the way of reform and the way this country is run.


Grande atriz e cidadão do mundo,sempre ao lado das causas justas.
Grande atriz de filmes como Thelma e Louise, sobre uma tentativa de escapar e a violência que se abate sobre as (os) que tentam.



Por que Lula e não FHC?Mídia e ódio de classe


A patética imprensa brasileira foi a Paris reclamar da escolha de Lula para um importante título de importante instituto, "e por que não FHC?".Deborah Berlinck , pautada por seus chefes de O Globo, quer também seu lugarzinho quente na História da Vergonha Alheia: eu me envergonho por esses tipos que militam na minha ex-profissão, muitos jornalistas se envergonham também. Aliás, trata-se de uma vergonha para o Brasil e para o "jornalismo" brasileiro. E foi um jornalista argentino quem escreveu o artigo sobre esse ridículo, Martín Granovsky, do Pagina/12.

No twitter, o bicho pegou e muito engraçado: "Robert de Niro ganhou o Oscar, por que não FHC? Pelé fez mil gols, por que não FHC?" Machado de Assis escreveu Dom Casmurro, por que não FHC?"

Tradução do supremo ridículo da mediocridade de uma imprensa em crise, em falência, em declínio, que não sabe acompanhar os tempos, presa a atitudes imperiais desde sua fundação oficial, em 1808.


Do Blog de Eduardo Guimarães


Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro. Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.

A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.

No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.

A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s. Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.

Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.

Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.

Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.

O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais). Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

Mautner, 70