quarta-feira, novembro 30, 2011

terça-feira, novembro 22, 2011

segunda-feira, novembro 21, 2011

Ginger e Fred

Juo Bananère

Uvi strella

Juó Bananère


Che scuitá strella, nê meia strella!
Vucê stá maluco e io ti diró intanto,
Chi p'ra iscuitalas moltas veiz livanto,
I vô dá una spiada na gianella.

I passo as notte acunversando c'o ela.
Inguante che as outra lá d'un canto
Stó mi spiano. I o sol come un briglianto
Nasce. Oglio p'ru ceu: — Cadê strella!?

Direis intó: Ó migno inlustre amigo!
O chi é chi as strellas ti dizia
Quando illas viero acunversá cuntigo?

E io ti diró: - Studi p'ra intendela,
Pois só chi giá studô Astrolomia,
É capaiz di intendê istras strella.


Juó Bananère
(Alexandre Marcondes Machado), paulista que se tornou popularíssimo no Brasil pela irreverência de suas paródias a sonetos de Camões e de Olavo Bilac, a poesias de Casimiro de Abreu e de Guerra Junqueiro, como pelas sátiras políticas contra o marechal Hermes da Fonseca e outros figurões da velha República. Parodiou também La Fontaine e Machado de Assis, escrevendo em dialeto macarrônico, numa imitação dos habitantes de origem italiana do Abaixo-Piques, bairro de São Paulo. Deixou um livro, apenas, "La divina Increnca", cujo êxito foi sensacional, e que é nos dias de hoje uma raridade bibliográfica. Otto Maria Carpeaux, em interessante estudo, considerou Juó Bananere um premodernista, principalmente pelo fato de ter começado a tratar de forma irreverente as produções do romantismo e do parnasianismo, até então levadas muito a sério.


Extraído de "Antologia de Humorismo e Sátira", Editora Civilização Brasileira - Rio de Janeiro, 1957, pág. 305, seleção de R. Magalhães Júnior.

domingo, novembro 20, 2011

sábado, novembro 19, 2011

Truffaut

Blues

As Dez mil Coisas no Escrita Blog

http://escritablog.blogspot.com/search/label/Elizabeth%20Lorenzotti

No Escrita Blog, do grande Wladyr Nader, jornalista e escritor, fundador da saudosa e histórica revista literária Escrita, uma entrevista sobre o lançamento de As Dez Mil Coisas

A poesia inspirada de Elizabeth Lorenzotti


Jornalista de profissão, ela começou escrevendo ensaio e biografia.
Para publicar seu novo livro demorou um pouco mas a espera valeu a pena.



Escritablog - Até agora você tem se dedicado ao ensaio, inclusive com o "Suplemento Literário — Que Falta Ele Faz!", sobre o famoso caderno do jornal O Estado de S. Paulo, que teve tanta importância entre nós, e à biografia, ou seja, "Tinhorão, o Legendário", e de repente há a surpresa desse livro de poemas? Como foi, digamos, a passagem do ensaio para a poesia?

Elizabeth Lorenzotti - Eu sempre escrevi poesia, desde a adolescência, como conto no livro, quando dei de cara com ela, literalmente, no Viaduto do Chá. Era o Lindolf Bell (www.lindolfbell.com.br), poeta catarinese e sua Catequese Poetica. Era o fim da década de 60 e havia movimentos de poesia pública em São Paulo. Eu e minha amiga Ana Lagoa, colega do Cedom ( Colegio Estadual Dr. Octavio Mendes), que também se tornou jornalista, jamais esquecemos do impacto desse encontro. Resolvemos, então, levar a ideia para o colegio da zona norte, transformada em Roda de Poesia, movimento que reuniu adolescentes declamando suas poesias e as dos clássicos ( sim, o colégio estadual nos apresentou a grandes clássicos), no nosso e em outros colégios da região, sempre com violão acompanhando e música cantada. Então, a diferença apenas é que hoje estou publicando em livro, depois de ter os poemas postados em alguns sites e blogs há alguns anos. Foi na internet, aliás, que a escritora e poeta portuguesa Ana Vidal selecinou um poema meu "Criado-mudo" para fazer parte da antologia lusófona "A poesia é para comer", lançada pela Babel Brasil em outubro passado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Uma bela obra de arte, com ilustrações de grandes artistas, acompanhadas de receitas relacionadas a referências dos poemas de autores de Portugal, Brasil e África. Fiquei muito feliz, porque não nos conhecíamos, e a internet vem provar sua grande força de divulgação e aglutinação, também mostrando que os velhos padrões de "panelinhas literarias", interesses, favorecimentos e quetais estão, finalmente, nos estertores.

EB - De alguma forma o jornalismo, com que trabalha há bom tempo tempo, a inspirou na criação dos poemas ou dificultou, a ponto de provavelmente haver retardado o lançamento de seu volume de estreia na área?

EL - "Vem da sala dos linotipos a doce música mecânica", dizia Drummond no "Poema do Jornal". Não há mais linotipos e os computadores são silenciosos demais. O jornalismo mais inspirou do que dificultou, ou talvez tenha dificultado, já que esse trabalho absorve de tal forma que quando chegamos em casa, na madrugada, o máximo que fazemos durante uma hora é ficar arrastando correntes ─ como a gente dizia numa grande redação ─ até voltar ao normal. Mas foi numa redação que escrevi o poema "Der Himmel ueber Berlin", depois de ler num jornal o título do filme "Asas do Desejo", do grande Wim Wenders. Eu não sabia do que se tratava, mas o poema falava de anjos também. E é um dos maiores filmes que já vi.Acho que a poesia teima em aparecer, seja onde for, e nos toma, em que profissão for. E também acho que, como disse no poema “Saigon”: “"Não há clemência/ para alguns de nós./ Não há dó nem piedade./Apenas a literatura."

EB - Sente-se influenciada por que tipo de poesia ou que autores?

EL - Sempre Fernando Pessoa, Drummond, Bandeira, Eliot, Blake, Emily Dickinson, a galega Rosalia de Castro e seu amigo García Lorca, Maiakovski, Murilo Mendes, Baudelaire, Allen Ginsberg, Roberto Piva, Hilda Hilst, Rimbaud, Whitman, e tantos e tantos. Gosto especialmente dos rebeldes, dos que derrubaram estruturas, dos que não tiveram medo das convenções, dos que inventaram e reinventaram.

EB - Alguma vez tentou a ficção? Por que sim ou por que não?
EL - Já escrevi alguns contos e pretendo fazer um livro. Porque criar é uma maravilha e porque, como diz Anais Nin, as pessoas escrevem "para criar um mundo no qual possam viver". Para a escritora francesa, trata-se de uma atividade absolutamente vital e eu concordo. "Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades ─ é a isso que eu chamo respirar."


EB - Agora que trocou São Paulo pela, digamos, pacata Poços de Caldas, terá mais tempo para escrever e, naturalmente, mais tranquilidade? Quais projetos de livros de ensaios você tem em mente? Já começou a trabalhar em algum deles?

EL - Uma cidade onde a gente se sente mais humano e cercado de humanos sempre favorece. No meu caso, pelo menos. Porque há escritores que só produzem instalados no olho do furacão. Estou fazando uma tese de doutorado em Literatura Brasileira pela Faculdade de Filosofia, Letra e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo sobre os poetas paulistas na década de 60, especialmente Roberto Piva, e mais a catequese Poetica de Bell e o Sermão do Viaduto, de Álvaro Alves de Faria, além de alguns independentes. Foi uma época culturalmente riquissima, como sabemos, de grandes transformações e de intensa experimentação artística. Isso me fascina. É minha intenção que a tese vire livro.

EB - Pretende seguir carreira acadêmica? Em que aspectos ela difere, a seu ver, do jornalismo?

EL- Não sei se seguirei carreria acadêmica, já estive na área durante algum tempo, mas na graduação e pós lato sensu em jornalismo. Certamente o objeto é bastante diferente da carreira jornalística, mas seus entraves, seus senões, não diferem. O lado bom é que sempre se pode discutir, pesquisar, trocar ideias, o que em redações não existe mais.

Já em 1803

“Penso sobre a ideia de estabelecer-se uma filial do Banco dos EUA em New Orleans. Esse banco é dos que mais claramente hostiliza mortalmente os princípios e a forma de nossa Constituição. Hoje, o país está forte e unido em torno da Constituição. Hoje, a nação dificilmente seria abalada por aquele banco.

Mas suponha que eventos ocorram, capazes de pôr em dúvida a competência de um governo republicano para enfrentar crise muito grave ou grave perigo, algo capaz de abalar a confiança do povo em seus funcionários públicos governantes. Para mim, nenhum governo estará jamais seguro, se se deixar prender em posição de vassalagem, submetido a autoridades privadas autoconstituídas, como são os bancos.

E que portentoso inimigo da nação e de nossa democracia seria esse Banco dos EUA, em tempos de guerra!

Por que, portanto, deveríamos admitir que uma instituição tão poderosa, tão hostil, continue a crescer e estenda seus tentáculos também sobre New Orleans?”

Carta de Thomas Jefferson a Albert Gallatin, 13/12/1803, The Writings of Thomas Jefferson, "Memorial Edition" (20 Vols., 1903-04) Vol. 10, pg. 437, em http://guides.lib.virginia.edu/TJ)

quinta-feira, novembro 17, 2011

Saga do fim do jornalismo impresso tupiniquim

http://www.comunique-se.com.br/Conteudo/NewsShow.asp?idnot=60201&Editoria=8&Op2=1&Op3=0&pid=239096&fnt=fntnl#.TsWOpNh1bTg.facebook
Após demitir 40 jornalistas, Folha publica matérias de freelancers

Silvana Chaves

Com 10% menos de funcionários em sua equipe, a Folha de São Paulo e a Folha.com têm veiculado desde segunda-feira (14) grande volume de matérias assinadas por freelancers.

No momento em que este texto era fechado, a Folha.com, por exemplo, contava com aproximadamente 23 matérias assinadas por escritores autônomos, sendo uma do dia 14 e outra do dia 15; 11 textos no dia 16 e dez nesta quinta-feira (17). Entre o dia 1° e o dia 13 de novembro, não havia nenhuma matéria assinada por colaboradores publicada no site.

Leia também: Passaralho: Folha de São Paulo demite cerca de 40 jornalistas

A maioria dos conteúdos se concentrava nas editorias de 'Cotidiano' e 'Ilustrada', as mais atingidas pelas dispensas da última sexta-feira (11).

Prêmio Esso
Em meio às demissões, três jornalistas da sucursal da Folha de São Paulo em Brasília - Andreza Matais, José Ernesto Credendio e Catia Seabra – permaneceram na empresa e foram premiados com o “Prêmio Esso de Jornalismo 2011” pela produção da reportagem “O patrimônio e as consultorias que derrubaram Pallocci”, publicada pelo jornal.

quarta-feira, novembro 16, 2011

terça-feira, novembro 15, 2011

quarta-feira, novembro 09, 2011

Zumbis do bordel da Casa Grande

Cajuina

Torquato Neto

Torquato Pereira de Araújo Neto (Teresina, 9 de novembro de 1944 — Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1972) foi um poeta, jornalista, letrista de música popular, experimentador da contracultura brasileiro.


terça-feira, novembro 08, 2011

make a wish

É sempre bom lembrar

Florença, 1951


© Foto de Ruth Orkin. American Girl in Italy. Florença, 1951.
Informações de Fernando Rabelo


Esta imagem foi feita pela fotógrafa norte-americana Ruth Orkin em 1951. Orkin foi à Florença realizar um trabalho para a revista Life. A foto fez parte de uma série originalmente intitulada “Não tenha medo de viajar sozinha” sobre as mulheres que viajavam sozinhas na Europa após a guerra. Orkin fotografou a estudante de arte norte-americana Ninalee Craig fazendo compras nos mercados, nas ruas, em um veículo e flertando em um café. O fato curioso é o que a retratada diz sobre essa célebre fotografia: “Eu me cobri com meu xale como forma de proteção, eu estava caminhando por um mar de homens, eu estava curtindo cada minuto. Eram italianos e italianos me amam”. Ruth Orkin morreu de câncer em 1985 aos 63 anos de idade.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Chico Buarque, queremos! e Wilson das Neves



Grande roteiro, Sou eu e depois Tereza da Praia

domingo, novembro 06, 2011

O rap do Chico pro Criolo Doido

Leonard Cohen, queremos Leonard Cohen

O Cálice , de Chico Buarque ao Criolo Doido

Na estreia do seu show em Belô, Chico Buarque respondeu com um rap ao "Calice", do Criolo Doido, Kleber Cavalcante Gomes (1975).

Os versos de Chico relembram o dia em que ele ouviu uma música que "parece aquela cantiga antiga minha e do Gil". E segue:

"Era como se o camarada dissesse: 'Bem-vindo ao clube, Chicão, bem-vindo ao clube". Valeu, Criolo Doido! Evoé, jovem artista. Palmas pro refrão do rapper paulista."
...
Evoé Criolo Doido, autor da tambem maravilhosa "Não existe amor em SP"
Evoé sempre Chico Buarque.

Quizas


sexta-feira, novembro 04, 2011

"Invasões Bárbaras" ou "a história da humanidade é uma história de horror"

O filme do canadense Denys Arcand, de 2003, sobre a amizade, o amor, a morte e o mundo bárbaro em que vivemos.




A trilha, por Françoise Hardy



Marsicano

quinta-feira, novembro 03, 2011

Janis Joplin in jail

Janis Joplin foi presa em novembro de 1969 na Florida acusada de dizer obcenidades a policiais durante o concerto de Tampa. As acusações foram desconsideradas depois de parecer segundo o qual ações da cantora foram um exercício de livre discurso.
Do site http://www.thesmokinggun.com/mugshots/celebrities

quarta-feira, novembro 02, 2011