quarta-feira, janeiro 20, 2010

Dia de São Sebastião do Rio de Janeiro

Trecho do texto de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, cidadão carioca, na contracapa de Urubu.

"Dia velho, as asas aquecidas, o Jereba mergulha na piscina. Pé de serra, fim de baixada onde começa a ladeira e os contrafortes azulam na distância, o Jereba sobe na chaminé do dia. Urubupeba. As rêmiges das asas púmbleas, prata velha fosca, dedos de mão apalpando o vento, adivinhado tendências. Urubu Mestre. As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de ar quente emergentes da ravina. Tolo papagaio, tola pipa boiando no ar, não-querente, não desejo navegante, à deriva, à bubuia - pois sim! - preguiçoso atento dormindo na perna do vento. Esse sabe o que há de vir. Aquário do céu.
Teu canto imita o vento. Hisss... As asas agora curtas, sobraçando trilhos de ar, pacote negro compacto, bico cravado no vento, velocidade feita letal, muro de azul aço abstrato - e adeus viola que o mundo é meu.
Nas lentes dos olhos, a águia oculta y entrabas e salias por las cordilleras sin pasaporte. Urubu procurador. Urubu Achador. Que sabes do alto o que se esconde no chão da mata virgem e dos muitos perfumes que sobem do mundo.
Eterno vigia de um tempo imperecível. Guardião de dois absurdos.
Nos vetustos paredões de pedra, esculpidos pela millennia, dorme de perfil um urubu.
A vida era por um momento.
Não era dada. Era emprestada.
Tudo é testamento".



And by the way, suppose I give you this rose and you give me a kiss

Ministro pede esclarecimentos sobre PM em ato

No Estadão
Ministro questiona PMs em ato
●●●O ministro em exercício de Direitos Humanos,
Rogério Sottili, pediu esclarecimentos ao secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, sobre a presença de policiais militares em ato de apoio ao Programa de Direitos Humanos,realizado na semana passada na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Segundo Rose Nogueira,
Integrante do Grupo Tortura Nunca Mais e da
Diretoria do sindicato, dois policias chegaram a entrar no auditório onde se realizava o ato.“
Alegaram que cumpriam ordens superiores, mas não disseram de onde vinham”,
disse ela. O secretário paulista informou ontem,por meio de sua assessoria, que encaminhou o pedido de esclarecimento aos responsáveis
pela áreade segurança e aguarda as respostas. ● R.A.