O poeta Eric Ponty, lá de São João del Rei, um cultor da métrica em tempos sem prumo, me dedicou esta poesia, com rimas internas e externas, trabalho de olho, ouvido, insistência e cordis.
Obrigada Eric.
Coração de menina, límpido a destina
Apenas o carpido, o tom róseo movia,
ficamos a observar da ilesa campina,
coração de menina, límpido a destina.
Da senhora abatida, à mão se contamina,
de entretons luzidios dos sons desta rotina,
do campo não furtava à fúcsia luz da sina.
Trazer-nos esta luz da flor que nos ensina,
oração imo acaso, ela, desta vida assina,
de quando ofereceu-nos dor aflita à mina.
(*) falo das dores da vida e o que ela provoca em nós, por isso senhora abatida
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