quarta-feira, março 10, 2010

Homens, mulheres e planetas


Por Cap. Pepe (o homem que ama as mulheres)


Artigo esclareceder e esperançoso sobre por que homens e mulheres vivem em planetas diferentes. Não concordo com tudo, especialmente no referente às lideranças feministas norte-americanas da década de 60- acho que elas foram radicais porque precisavam ser, num país daqueles, onde Panteras Negras precisaram, também, ser radicais. E a história da queima de soutiens, que ficou para a eternidade, na verdade é mal compreendida. Mas isso é conversa pra outro post específico.
Concordo com todo o resto deste ótimo texto, e muito mais importante, por vir de um homem.
Enjoy it, garotas y rapazes.

Sim. Viveremos eternamente em planetas diferentes. E jamais haverá justiça plena entre eles. As habitantes de um, eternamente terão mais peso para carregar que os habitantes do outro. A natureza é palavra feminina, mas tomou decisões irreversíveis que prejudicaram a mulher. A nós, deu uma glande que proporciona prazer até contra a vontade das mulheres. A vocês um clitóris que para dar prazer depende da habilidade, da capacidade e da preocupação dos homens com relação à parceira A nós deu a possibilidade de ligar o sexo ao poder, se quisermos até o poder discricionário e vil. Só nos podemos estuprar.
A nós deu a possibilidade de sermos desde crianças lúdicos com relação ao sexo. Antes mesmo de tomarmos consciência da sexualidade, o pênis é um brinquedo, com o qual miramos alvos, escrevemos nomes nas paredes, fazemos concursos de distâncias, de tamanhos. E essa possibilidade pode e talvez até tenda a se projetar no adulto, tornando mais fácil para o homem ver sempre o sexo como algo mais lúdico que a mulher.
Vocês menstruam, o que significa modificações hormonais que incidem sobre todo o corpo e comportamento. Vocês engravidam e aleitam , tornando-se mais vulneráveis, deformando o corpo e, junto com a vida ,gerando a responsabilidade de cuidar da cria. Para nós, participar dos cuidados é uma questão de escolha, de sensibilidade, de caráter. É mais fácil para nós tomarmos uma opção de abandono irresponsável que para vocês que geraram dentro do seu corpo
Tantas diferenças corporais e funcionais fatalmente gerariam diferenças no funcionamento das mentes. Por isso, acho que a natureza determinou que vivêssemos sempre em planetas diferentes
Mas esses PLANETAS DIFERENTES poderiam ser e quero crer um dia serão UM MUNDO SÓ. Sei que para o injustiçado, haver justiça amanhã ao alvorecer é muito tarde.
Mas acho que caminhamos muito, embora estejamos ainda muito longe. E caminhamos a despeito de carência de boas lideranças e de um início taticamente errado com as Friedans que se multiplicaram e se perpetuam em “’órgãos da defesa da mulher” que lutam contra o micro e nem sabem onde está o macro
Queimar soutiens é ter como alvo a natureza que criou os seios, obras- primas de beleza, fontes de prazer para o dois sexos e essenciais ao desenvolvimentos da vida. Tão marcantes para a espécie humana que a tornou a única entre os mamíferos a transformar o leite em um alimento para toda a vida. É opor-se à Lei de Newton, é contrariar o incontrariável, porque é a lei que rege o Universo.
E os atuais “’órgãos da defesa da mulher” saem vestindo o ridículo pensando que é armadura, e arremetem contra o micro como se fosse macro ao fazer tanta celeuma em torno de uma propaganda de cerveja. Assisti outro dia um programa de TV em que uma representante desse órgão era desmontada peça por peça (tem gente que não tem raciocínio, tem peças encaixadas mecanicamente) por Ana Lúcia Miranda, uma feminista desde que nasceu. Teria pena dela, se mais dó não tivesse das mulheres que dependem dela para serem defendidas
Foi uma marcha que começou com a vitória em uma batalha fundamental que não foi travada por nós, mas pela tecnologia ao dar à mulher o controle sobre a procriação. Desta vez, inusitadamente, foi possível romper uma barreira criada pela natureza que dificultava a luta pela igualdade.
Depois, essa marcha foi feita quase sem liderança, apesar de centenas de “lideres” que dela tentavam e persistem querendo se apossar. Essa marcha foi feita por milhões de Elizabeths e milhares de Zés. Está ainda incompleta, mas as barreiras institucionais, nós as derrubamos em quase todo o Ocidente. Verdade que nisso tivemos a ajuda de muitos “machistas”para os quais a liberdade da mulher (desde que não fosse a deles) era importante porque ampliava o campo de caça.
Ambos biologicamente nascemos no século XX. Mas culturalmente eu nasci no XIX. E juntos ajudamos ainda no meio do século XX a abrir as portas para o XXI. Éramos uma minoria absoluta lutando em um mundo que vivia ainda o tabu da virgindade, em que uma película era mais importante para um casamento que o vestido de noiva. Era um mundo em que fidelidade tinha que ser eterna e apenas da mulher. Era um mundo em que a própria mulher favorecia o opressor , permitindo e colaborando para que fossem divididas entre “puras”e “vagabundas”
Não quebramos isso apenas institucionalmente. Hoje, se um jovem ler nossos e-mails, nem saberá do que estamos falando por exemplo, na questão da virgindade. Em grande parte após rompermos as barreiras institucionais mudamos também o comportamento.
Essa é a arena de hoje e do futuro. Temos que transformar mentes. Não é uma batalha espetacular, cujos resultados apareçam de imediato, como as do passado. É diária, na maioria das vezes individual, com resultados difíceis de serem aferidos. Mas acredito firmemente na vitória. Em breve vou montar no meu pingo e galopar para fora deste mundo velho sem porteiras. Bem mais tarde você também partirá. Mas as Beths com sua “ira sagrada” contra as discriminações que persistem, ajudadas pelos Zés, continuarão. Até que tenhamos dois planetas em um mundo só
beijo

12 comentários:

Caseiro disse...

Como disse ontem, Companheira, lamento apenas que as mulheres estejam se tornando cada vez mais parecidas com os homens ao incorporar suas piores características. Abundam mulheres com glande pelas esquinas planetárias. Bj

Elizabeth disse...

Alf, não discordarei, mas certamente não é a maioria. A maioria,como diz o IBGE recente,aqui no Brasil, é chefe de familia e dá nó em pingo dágua pra sustentar a casa, porque os fulanos se mandaram....
Entretanto, santo ninguem é. Conversando ontem com o proprio cap. Pepe, eu me lembrava de artigo que escrevi anos atrás para a revista do MST,sobre mulheres torturadoras do exercito americano em Abu Dabi. Ele lembrou das torturadoras da Alemanha nazista e também daquelas do Afeganistao, no século 19. Nem queira saber..

Entretanto, aqui falamos de pleno século 21, quando a coisa no minimo já devia estar mais à frente,apesar dos avanços apontados pelo cap. Mas ainda falta tanto... Quantas anonimas e anonimos terão de continuar lutando até chegarmos a UM MUNDO SÓ?
E Capitain, pára com isso. Nada de cavalgar pingo nenhum em breve pra nos deixar aqui sozinhas, nós que te amamos.

Tania Mendes disse...

Nós que amávamos e amamos tanto o capitão nem queremos pensar em ouvi-lo dizer que vai cavalgar um pingo e se mandar. Nem pensar. Precisamos de homens como ele, que além de amar as mulheres amam a vida, o amor e a revolução ( quem entender que entenda).

Elizabeth disse...

Yessss

Anônimo disse...

Calma meninas
Não é para amanhã cedo. Meu pingo está ainda solto no pasto em companhia de suas potrancas (só monto cavalos inteiros. Sou contra a castraçao. A natureza não é contra a morte dos animais para a alimentaçao. Mas o único predador que tira a viralidade da presa, é o bicho homem)
Ainda tenho que acabar de criar uma das minhas "filhas", ainda quero admirar mais mulheres, e a minha esposa que ja aguentou 39 anos (sem nunca ter se convencido que casou-se com o melhor marido do mundo) pode bem suportar mais alguns.
Falei genericamente no inevitavel. E quando chegar a hora, embora já não tenha idade para ter esperança de que seja com uma arma na mao e uma bala no peito, espero que seja um rápido galope. um corisco no pampa ou nas coxilhas, e não um decrépito e lento trote
Cap. pepe

Elizabeth disse...

não vou chorar, mesmo!
e a tua esposa, tornou-se santa nessa trajetória, e vai entrar no céu sem precisar de passaporte
k k
beijão

Anônimo disse...

É isso, Alteza. Sem lágrimas. Façam uma puta festa.Maior que a dos inimigos que estarão fazndo uma enorme comemoração

Tania Mendes disse...

39 anos??? Capitão, não tinha idéia de que já se passaram mais três décadas! Sou obrigada a discordar da Alteza ( aliás, este lorenzotti dela não será da nobreza italiana??), pq se vcs estão juntos há 4 décadas o mérito tbém é seu, não? Um homem que ama as mulheres não se tem todo dia, infelizmente...Mas não deixo de dar um grande crédito a sua ''esposa'' -- ela sabe que por trás do grande homem terá sempre uma grande mulher...Que ela suporte mais quatro décadas!

Elizabeth disse...

Mariatânia!!!!!!!!!!
Por TrÁS de um grande homem??
qúe isso companheira?????

é ao lado, e na maioria das vezes, à frente
k k k k k k
beijos

Anônimo disse...

Alteza, ALTEZA
Você conhece seu gado. Sabe qual seria a resposta. Em boa parte das vezes por baixo. Por cima só quando as costelas estao quebradas, ou o peito foi aberto
E mais nao vai por causa da maria Tania, que hoje está muito boazinha comigo. Mas vou mandar em email particular para ela com cópia para Carol
cap pepe

Elizabeth disse...

mas é cada atrevimento desse cap.

Anônimo disse...

Concordo com o texto. São universos diferentes e talvez por isso mesmo o masculino me encante tanto.
Penso que essa bandeira feminista que vive sendo defendida por aí é muito limitadora, castradora. Impõe regras que nem todas estamos dispostas a obedecer. Eu, por exemplo, não vejo problema algum em ser objeto de prazer sexual em jogo erótico adulto, de dominação, inclusive. Embora, cotidianamente, seja absolutamente senhora de minhas decisões, até para escolher a quem me submeter eroticamente.
E as feministas que me perdoem..., mas o prazer é fundamental!
Nana