domingo, dezembro 27, 2009

Na varanda, com Canô

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Tantas vezes eu soltei fogueteImaginando que você já vinhaFicava cá no meu canto caladaOuvindo a barulheiraQue a saudade tinhaÉ como diz João Cabral de Mello NetoUm galo sozinho não tece uma manhãSenti na pele a mão do teu afetoQuando escutei o canto de acauãA brisa veio feito cana moleDoce, me roubou um beijoFlor de querer bemTanta lembrança este carinho trouxeUm beijo vale pelo que contém
Tantas vezes eu soltei fogueteImaginando que você já vinhaFicava cá no meu canto caladaOuvindo a barulheiraQue a saudade tinhaTirei a renda da nafitalinaForrei cama, cobri mesaE fiz uma cortinaVarri a casa com vassoura finaArmei a rede na varandaEnfeitada com boninaVocê chegou no amiudar do diaEu nunca mais senti tanta alegriaSe eu soubesse soltava fogueteAcendia uma fogueiraE enchia o céu de balãoNosso amor é tão bonito, tão sinceroFeito festa de São João

Um comentário:

Tania Mendes disse...

Emocionante! Lindissimo! Adorei!! Canô é '' a cara'' -- lembremos que ela ligou por Lula pedidndo desculpas pelo filho aloprado! é, aloprado e bobo, mas um puta poeta e um belissimo cantor! E beta vai ficar igualzinha a ela quando passar dos cem!!