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domingo, novembro 29, 2009
O bicentenário de Francisco de Paula Brito
No Jornal do Brasil de sábado (28) . Rodrigo Ferrari, dono da simpática livraria Folha Seca, na rua do Ouvidor, Rio de Janeiro, escreveu um artigo sobre "bicentenário de uma figura esquecida na história do Rio, personagem marcante na cena carioca de meados do século 19. Poeta, tipógrafo, livreiro, editor, jornalista e dono de jornal, comerciante, impressor, tradutor, compositor, dramaturgo, Paula Brito marcou seu tempo não só por tudo isso, mas principalmente por criar em seu estabelecimento um espaço de sociabilidade que o transformou num dos mais importantes agentes de mediação cultural da sociedade de então."
Francisco de Paula Brito.
Na próxima quarta, 2 de dezembro, comemora-se o bicentenário do tipóprafo, editor e abolicionista, e a Livraria dedicou o ano a homenageá-lo. Já falei aqui sobre ele quando descobri a livraria .
Vai um trechinho do artigo do Rodrigo, leia mais aqui
"Foi nesse ano mesmo de 1853 que Paula Brito compôs os versos de um lundum que seria cantado aos quatro ventos não só na cidade do Rio, mas também no interior da província e arredores. Tratava-se de A marrequinha de iaiá, buliçosa composição propositadamente libidinosa e matreira, parceria com Francisco Manuel da Silva, autor de um hino destinado a festas da independência que mais tarde se transformaria em nosso Hino Nacional.
Isso tudo fez José Ramos Tinhorão escrever um belo artigo na Revista Cultura, número 28 de 1978, onde afirma textualmente que foi na loja de Paula Brito que surgiu a canção popular de parceria, isso entendido como letra e música sendo produzidas conjuntamente. Isso só foi possível pelo encontro que ali se dava dos poetas da geração romântica com os músicos populares frequentadores da casa. Para Tinhorão, Paula Brito assumiu brilhantemente o papel de mediador entre a cultura popular e a da elite nos anos de transição para o Segundo Império.
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