sábado, julho 11, 2009

Tinhorão, o legendário


José Ramos Tinhorão, esta figura. Deve sair antes do fim do ano a biografia que fiz dele, "Tinhorão, o legendário", para a coleção Imprensa em Pauta da Impresa Oficial do Estado de São Paulo. Historinhas deste polêmico jornalista e das redações pelas quais passou, desde os anos 50; Diário Carioca, Jornal do Brasil, entre tantas. Anos dourados , redações preciosas: Nelson Rodrigues, Janio de Freitas, Otto Maria Carpeaux... A orelha, aliás, é do Janio, um lindo texto afetivo sobre seu primeiro amigo numa redação, a do Diário Carioca.
Historiador da cultura, hoje com 28 livros publicados sobre cultura urbana. O livro traz alguns de seus artigos no Jornal do Brasil na década de 1970, e no Pasquim. Irreverente, briguento, fundamentado no materialismo dialético. Pode-se discordar dele, de seu nacionalismo radical, das suas brigas com o pessoal da Bossa Nova, e do rock e etc. Mas, como ele diz, para refutar, só escrevendo outro livro, e até hoje ninguem escreveu..
Todos os sábados está na Vila Buarque, na livraria Metido a Sebo, do velho amigo Marciano. Depois, vão todos à padaria da esquina, tomar uma, comer um petisco.
E junta gente, muitos jovens, de teatro, da pesquisa acadêmica, da música, para ouvir suas sempre interessantissimas histórias.
É preciso registrar as coisas, ele disse ainda hoje." Imagine que li que uma pesquisa no Japão revelou que muitos jovens desconhecem as bombas em Hiroshima e Nagasaki.!!!"
Outro dia ele leu outra: que muita gente aqui nem sabe quem é Chico Buarque.
Ah, memória, memória.
Estamos precisadissimos dela. Tinhorão é um de seus cultores, com o vastissimo acervo que colecionou vida afora e hoje está no ar, na internet, no Instituto Moreira Salles.

3 comentários:

Anônimo disse...

Linda e incansável Beth. Nota mil para seu blog e para suas pesquisas honestas, éticas e muito bem-vindas. Um super abraço.
Luzia Rodrigues

Sai Yam disse...

Até o fim do ano?!
Não ia ser agosto?

elizabeth disse...

Liu, eu já digo até o fim od ano porque nunca confio nas datas daquelal editora. E Luzia, um beijão.