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sexta-feira, setembro 27, 2013
sábado, setembro 14, 2013
Um poema para Luiz Gushiken
Eu estava me preparando para caminhar neste lindo sábado de sol em Poços de Caldas, quando soube. É tão bonito ver quantas pessoas o amavam. O amavam por causa da pessoa, e só por ser esta pessoa humana pôde ser amado pela atuação política. Porque o ser humano vem antes do ser político. Vejam, diz aqui a Tita Dias:
“Uma vida inteira acreditando na humanidade.
Uma vida inteira ampliando o sentido da palavra amor.
Valeu pelas opiniões, conselhos, ensinamentos e solidariedade que fizeram diferença pra valer nos rumos da minha vida. Na vida do país eu não preciso falar.”
Um beijo eterno para Luiz Gushiken. Abaixo vídeo que encontrei em comentário de Clovis Libanio, na página de Reiko Miura. E um poema que escrevi quarta-feira.
Um poema para Luiz Gushiken
Noite alta, madrugada de silêncios sem seriemas.
As seriemas não gritam agora, só debaixo do sol.
As seriemas não têm medo dos humanos.
E à noite dormem sossegadas.
Eu não.
Eu vejo a foto sorridente dele, cercado por amigas que também sorriem e pela mulher
Ele está morrendo.
Disse antes, quando podia falar, que não leva mágoas nem rancores
Minha amiga conta a ele que escrevi um texto lido na Fé Bahai, que é a sua trilha:
“A luz de uma lâmpada é boa, seja ela qual for”
Eu escrevi: Se existe uma luz, mas não é da lâmpada à qual nos acostumamos, não vamos apagar. Para nos livrar das trevas, a luz, qualquer luz.
Minha amiga perguntou se ele se lembrava de mim.
Ele moveu a cabeça dizendo sim, e sorriu.
.
Poços de Caldas, 11 de setembro de 2013
2H32m
quarta-feira, setembro 04, 2013
Republicando, de 2009: O árduo ofício do colunismo
Deu na Coluna do jornalista de O Globo Ancelmo Goes de domingo, 18 de abril de 2009
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Samba x bossa nova
De Ruy Castro sobre o abraço (registrado outro dia em foto aqui na coluna) que deu em José Ramos Tinhorão, com quem vive divergindo no embate bossa nova x samba:
— Aos que estranharam meu abraço no Tinhorão, arquiinimigo da bossa nova, explico: sou fã de Tinhorão como historiador da cultura popular brasileira. Concordo com tudo que ele diz... de 1900 para trás.
É que...
O movimento da bossa nova surgiu em 1958.
Ah, bom!
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Ruy Castro esteve no dia 14 na festa promovida pela Livraria Folha Seca em homenagem ao Tinhorão. Não ouvi exatamente o que o Tinhorão disse a ele-- estávamos em mesinhas na calçada, muito ruído--, mas acho que foi sobre não ter publicado algo importante no seu livro sobre Carmen Miranda, quando voltar a SP pergunto a ele. Parece que Castro não se referiu ao fato de o Bando da Lua não ter podido acompanhar Carmen nos EUA, em função de uma lei que preserva o mercado para músicos norte-americanos .(Eles são ciosos da defesa do seu mercado, tanto que, como sempre assinala Tinhorão, no disco gravado por Sinatra e Jobim, há composições de dois músicos norte-americanos- exigência do Sindicato local.)
Depois desse papo, ouvi Castro dizer que gosta muito de Tinhorão, e vice-versa. Pediu autógrafo dele e também tirou foto. Tinhorão comentou depois: "Eu sou o único a quem os desafetos ainda pedem autógrafo e tiram foto".
Não vi a foto que Ancelmo diz ter publicado, e creio que talvez Castro não tenha passado a ele o leve bate-boca com Tinhorão. Vejam vocês como é a vida jornalística e o árduo ofício do colunismo...
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Samba x bossa nova
De Ruy Castro sobre o abraço (registrado outro dia em foto aqui na coluna) que deu em José Ramos Tinhorão, com quem vive divergindo no embate bossa nova x samba:
— Aos que estranharam meu abraço no Tinhorão, arquiinimigo da bossa nova, explico: sou fã de Tinhorão como historiador da cultura popular brasileira. Concordo com tudo que ele diz... de 1900 para trás.
É que...
O movimento da bossa nova surgiu em 1958.
Ah, bom!
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Ruy Castro esteve no dia 14 na festa promovida pela Livraria Folha Seca em homenagem ao Tinhorão. Não ouvi exatamente o que o Tinhorão disse a ele-- estávamos em mesinhas na calçada, muito ruído--, mas acho que foi sobre não ter publicado algo importante no seu livro sobre Carmen Miranda, quando voltar a SP pergunto a ele. Parece que Castro não se referiu ao fato de o Bando da Lua não ter podido acompanhar Carmen nos EUA, em função de uma lei que preserva o mercado para músicos norte-americanos .(Eles são ciosos da defesa do seu mercado, tanto que, como sempre assinala Tinhorão, no disco gravado por Sinatra e Jobim, há composições de dois músicos norte-americanos- exigência do Sindicato local.)
Depois desse papo, ouvi Castro dizer que gosta muito de Tinhorão, e vice-versa. Pediu autógrafo dele e também tirou foto. Tinhorão comentou depois: "Eu sou o único a quem os desafetos ainda pedem autógrafo e tiram foto".
Não vi a foto que Ancelmo diz ter publicado, e creio que talvez Castro não tenha passado a ele o leve bate-boca com Tinhorão. Vejam vocês como é a vida jornalística e o árduo ofício do colunismo...
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