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sábado, fevereiro 02, 2008
A Opção Obrigatória- Capitulo 2
Navegando, achei essa noticia, num site de comunicação que reproduzia nota da fonte abaixo.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas de S. Paulo
O jornalista, ex-assessor de imprensa do presidente Lula, Ricardo Kotscho lançou no dia primeiro de dezembro o livro Uma vida nova e feliz... sem poder, sem cargo, sem carteira assinada, sem crachá, sem secretária e sem sair do Brasil. A obra retrata a vida do jornalista entre os anos de 2005 e 2007, desde quando deixou o trabalho no governo e iniciou a sua vida profissional autônoma.
No livro, o jornalista constata como é possível ter qualidade de vida sem estar preso ao relógio e sem ter vínculo empregatício. Ele mesmo constatou isso depois de 40 anos de carreira com carteira assinada. No prefácio da obra, Mário Prata diz que o livro não é de auto-ajuda, mas de “alta ajuda” para todos os que querem conciliar trabalho com curtir a vida.
Escritor de mais 18 publicações, entre elas, Do Golpe ao Planalto - Uma Vida de Repórter, Kotscho pretende expor em seu novo livro como é a vida de um jornalista que trabalha por conta própria, faz a sua agenda, não sofre pressão de chefe, não precisa viajar e se distanciar de sua família.
Pois é, tempos atrás escrevi um artigo em resposta a outro onde Kotscho se regozijava da vida de jornalista autônomo. (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=364FDS006)
Eu observava que nossa categoria está sendo OBRIGADAa trabalhar como autoôma, sem registro, sem garantias, sem direitos, e isso não é motivo de louvação e sim de tristeza . RK respondeu por email que concordava comigo. Mas vejo que não- resolveu soltar um manual de ajuda , como se todos tivessem as mesmas condições de vida dele, a mesma situação profisisional, e pudessem se dar ao luxo de
" trabalhar por conta própria, fazer a sua agenda, não sofrer pressão de chefe, não precisar viajar e se distanciar de sua família".
Ora minha gente, que é isso????
Só para quem não sabe como é a vida de jornalista: constatações de RobertoHeloani, professor da Fundação Getúlio Vargas, da Universidade Estadual de Campinas e da Unimarcos (São Paulo), em tese de pós-doutorado pela Escola de Comunicações e Artes da USP --Mudanças no mundo do trabalho e impactos na qualidade de vida do jornalista.
De 22 jornalistas amostrados, nove trabalham de 41 a 50 horas semanais e oito até 60 horas. Apenas cinco têm jornada de até 40 horas na semana. A média de horas trabalhadas diariamente chega quase a 10 horas, muito superior à carga fixada por legislação (cinco horas) com permissão de mais duas extras.
Como eu já havia dito no meu artigo, os ares de Brasilia realmente tornam as pessoas muito fantasiosas, especialmente as que conviveram tão perto do poder, como RK.
E pior, o Sindicato dos Jornalistas dá essa noticia sem nenhum comentário e nenhuma vergonha na cara.
Alias, aquela entidade da rua Rego Freitas, que para nada serve, seria de muita utilidade se cerrasse para sempre suas portas.
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