sexta-feira, maio 23, 2008

O legítimo rocambole de Lagoa Dourada




Vindo de São Joao Del Rey, paramos em Lagoa Dourada atrás do famoso, legitimo, original
Rocambole.
Fica na rua Miguel Youssef, 38 e tudo começou há 90 anos.
O casal Miguel Youssef, do Líbano,e sua esposa dona Dolores, lagoense, começaram a vender vários petiscos de fabricação própria, inclusive, o rocambole.
Eles experimentaram as receitas vindas da França. Daí, o início do sucesso, destacando-se o rocambole, pois Lagoa Dourada ia crescer e ganhar a Rodovia que liga São João Del Rei a Belo Horizonte, passando pelo centro da cidade.
A história do "Legítimo Rocambole" ganhou maior destaque na industrialização pelo filho Paulo Miguel do Líbano. O bolo ficou conhecido nacionalmente através da divulgação, já nas mãos do neto Ricardo Youssef do Líbano, com recheios variados como: doce de leite, chocolate, coco e goiabada. Em frente há outra confeitaria, mas dizem que o produto melhor é do Youssef mesmo.

E baratinho!
Além de ser enrolado na hora!
Ficamos pensdando na origem etmológica da palavra rocambole, e fui ver no dicionário: do francês rocambole, derivado do alemão Rockenbolle, século 19.

E aqui no nosso caldeirão , lá nas Minas, não é que o delicioso doce germano-francês foi adaptado pelo Migel Youssef, nascido no Libano, e que teve o nome de seu país anexado ao nome próoprio?
Como eu sempre digo, são essas coisas que nos salvam...

domingo, maio 18, 2008

Aqui Del Rey

Estive de 12 a 14 no II Coongresso de Letras, Artes e Cultura da Faculdade de Letras da Universidade Federal de São Joao Del Rey.
Quando me convidaram para participar de um dialogo tematico sobre o Suplemento Literario de Minas Gerais e o Suplemento Literario do Estadão, tema do meu livro, já adorei o nome do Congresso.
E só tive boas supresas: gente séria, pesquisadores de peso. Minicursos, workshops, diálogos, coisas as mais interessantes.
O mincursio sobre Clarice Lispector foi apenas um deles.
E outras boas surpesas que me emocionaram: ao meu lado, uma garota de nao mais de 18 anos vira pra mim e diz:
"Não posso imaginar a vida sem literatura"

E no dia da abertura, uma festa num salão, de repente um grupo de jovens começa a declamar poemas e textos de Machado de Assis.
Eles sao orientados por um professora neste projeto que leva a poesia e a literatura aos vários recantos da cidade.
Sim, nem tudo está perdido!




quinta-feira, maio 08, 2008

Limpeza social, mais uma e outra vez

Três moradores de rua são mortos a tiros em Vitória



CÍNTIA ACAYABA
da Agência Folha
Três moradores de rua foram mortos a tiros em Vitória na madrugada de anteontem. Para a prefeitura da capital capixaba e para a Polícia Civil, os crimes podem ter sido um ato de "limpeza social" praticado por pessoas insatisfeitas com a presença das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, os moradores de rua foram atacados enquanto dormiam sob a marquise de um prédio comercial no bairro Horto. O bairro é sobretudo residencial, mas há várias lojas na rua onde ocorreu o crime.
Foram mortos os mendigos Ercílio Novaes, 64, e João Alves Filho, 48, ex-técnico de enfermagem, e um catador de recicláveis identificado apenas como Adilson. Alves Filho chegou a acordar durante o ataque, mas foi atingido por quatro tiros e morreu no local. Ao todo, seis moradores de rua dormiam no local no momento do crime --um casal e outro homem conseguiram fugir. Ao menos uma testemunha teria presenciado o crime.
A Polícia Civil suspeita que apenas uma pessoa tenha atirado contra os homens. O delegado Orly Fraga Filho, responsável pelo caso, disse, por meio de assessoria, que a principal linha de investigação é que os moradores de rua tenham sido mortos porque supostamente incomodavam moradores e comerciantes da região.
Para a Secretaria da Assistência Social de Vitória, a hipótese mais provável para o crime é a de "limpeza social" e "higienização das ruas". A secretária Ana Maria Petronetto disse que a pasta já havia recebido denúncia sobre "risco de morte" dos moradores de rua.
"Já havia indícios de que essas pessoas poderiam morrer no local. Uma denúncia anônima dizia que as pessoas estariam correndo risco se permanecessem lá. Deixaram um recado para ter cuidado com violência na região", afirmou.
O prefeito João Coser (PT) disse na noite de ontem que não podia "especular" sobre as razões do crime e que a polícia está apurando o caso. "Registramos isso [hipótese de "limpeza social'] como uma preocupação da cidade. Como cidadão e cristão é inadmissível que isso possa estar ocorrendo em Vitória", afirmou.
Ana Maria Petronetto afirmou que vai acompanhar as investigações da Polícia Civil. "Estamos acionando o Conselho Municipal de Direitos Humanos porque trata-se de uma violação dos direitos humanos", disse.