domingo, outubro 14, 2007

Cosmic blues



Viagens, ácidos, fumo, cavernas, sexo
geral:
utopias sem muros
humanidade a ferver no caldeirão quase mágico:
peregrinos nas praias, nos himalaias, em Katmandu
Paris, Berlim, Praga, São Paulo e Salvador
som imaginário, clube da esquina, pink
pedras a rolar

e metralhadoras apontadas para a tua cabeça

sonhos inacabados, pesadelos intermitentes

não quero mais tanta lembrança
só História

sábado, outubro 13, 2007

Tantas vidas









"Teatro é a arte do ator. Cinema é a arte do diretor e TV, a arte do anunciante. Não há dinheiro que me convença a fazer novela outra vez"








"Recebo quatro propostas por semana para estrelar comerciais", afirma. Mas, como dificilmente topam pagar o que ele pede, cerca de 50.000 reais, é raro vê-lo na telinha. Aliás, Autran quer distância da televisão. Em todos os sentidos. Não dá a menor bola para o aparelho de 29 polegadas que mantém em casa ("Nem me lembro da última vez em que liguei a tevê") e garante que não há dinheiro que o convença a voltar a trabalhar em novelas. "Só fiz papéis de débeis mentais".

"A verdadeira crença do Paulo era no ser humano e na arte", disse Karin Rodrigues, sua mulher.



Paulo Autran, Acima em "Terra em Transe", Glauber Rocha, 1967.Na outra foto, de Mário Rodrigues, em 2003.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Cúmplice de tortura presta concurso de professor titular de Medicina

Abaixo denúncia do Comitê contra a Tortura. Já enviei minha carta de protesto.
Que medicina e que ética um tipo desses poderá ensinar??????

A interpretação que prevalece no Brasil sobre a Lei da Anistia (Lei 6.683/1970) é a de que foram anistiados os presos, torturados, perseguidos e condenados durante a ditadura militar, bem como seus algozes, os que prenderam, torturaram e perseguiram, mas que nunca foram julgados e condenados.

Mas além de "anistiados", temos vistos estes personagens, aproveitando-se da falta de memória e de história do período militar, galgarem postos importantes no aparelho do Estado. É o que pode vir a acontecer em breve.

O médico Arildo de Toledo Viana, que assinou o laudo falso de suicídio do jornalista Vladimir Herzog, morto sob tortura no DOI-CODI em 25/10/1975, juntamente com Harry Shibata e Armando Canger Rodrigues, está para prestar concurso para Professor Titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Sua participação nesta ignominiosa farsa está documentada em inúmeros livros e textos sobre o período, dentre os quais citamos:

- Dos filhos deste solo, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio. São Paulo: Boitempo, 1999, p. 343;
- "Em nome da verdade", abaixo-assinado publicado no jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, em janeiro de 1976 (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=301JDB006;
- Direito à Memória e à Verdade. Brasília: Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos/Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, 2007, p. 408.

Conclamamos a todos aqueles que não querem que a juventude brasileira tenha como mestre alguém que colaborou ativamente com a tortura durante o regime militar, a enviarem seus protestos para:

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo
Rua Cesário Mota Jr. 61
Vila Buarque
Cep:01221-020
diretoria@fcmscsp.edu.br
ou
diretoria.medicina@fcmscsp.edu.br

COLETIVO CONTRA TORTURA
04/10/2007