Histórias das redações -7
Do Rogério Furtado, repórter de muita e muita estrada nas quebradas do jornalismo, e que hoje vive nos sertões das Minas Gerais. Labutou na Folha por um bom tempo.:
“Na Barão de Limeira acontecia de tudo. O jornal, por exemplo, "matou" um jogador de futebol "por constricção da vulva, algo dificilmente recuperável".
Um sujeito morou durante bom tempo (talvez anos, não sei) no banheiro da redação, até que fosse descoberto pelo Boris Casoy; um fotógrafo morreu dentro da Agência Folhas em consequência de um disparo acidental de revólver; um contínuo foi esmagado pelo velho elevador pantográfico que ficava perto da entrada da Agência Folhas... E por aí afora... Tudo isso passou despercebido para a maioria, em um contexto que me parece típico das redações: todo mundo fica acompanhando o que vai pelo mundo e não tem tempo (ou interesse) de olhar o que se passa "dentro de casa".”
É mesmo, Rogério.
Contam que nos Diários Associados, um senhor, durante anos, diariamente chegava, sentava, abria a mesa com aquela máquina de escrever dentro e se punha a trabalhar. Também recebia pessoas.
Todo o mundo achava que era um jornalista.
Mas não.
Descobriu-se, um dia, que ele apenas encontrara um escritório gratuito pra despachar.
Imagino quantas dessas histórias rolaram pelas varias redações, cadê o pessoal pra contar aqui?
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