sexta-feira, setembro 12, 2008

Longa é a arte



"Em homenagem ao poeta Paulo Leminski, Rubens Jardim cravou Herrar é Umano --transferência de um código verbal gasto para um código visual inovador", diz a legenda da foto no interessantíssimo site do poeta

http://www.rubensjardim.com

falando sobre os trabalhos apresentados na I Bienal Internacional de Poesia de Brasília, realizada de 3 a 7 de setembro.
Ele diz:

"Coloco aqui esta mensagem com o intuito de mostrar minha admiração pelos critérios democráticos que nortearam a realização da l Bienal Internacional de Poesia de Brasília. A minha participação é a prova mais cabal disso. Afinal, não pertenço a nenhum grupo, não me tornei celebridade em nenhuma área, não sou parente dos irmãos Campos, não tenho poesia traduzidas para o francês, não é meu hábito puxar o saco de ninguém, e nem recebi premiação em nenhum concurso. Sou apenas mais um poeta –já meio velho--mas incansável na luta honesta e diária com as palavras."

Rubens Jardim fez parte do movimento Catequese Poética, liderado pelo poeta catarinense Lindolf Bell.
http://www.lindolfbell.com.br/home.php
Belissimo site

Bell ia ao nosso colégio estadual, na zona norte de São Paulo, declamar, como declamava pelas ruas e viadutos.
Eu me lembro, eu me lembro:

"Eu sou da geração das crianças traídas"

Nós tínhamos um grupo chamado "Roda de Poesia", não sei se antes ou depois dele, e nos apresentávamos em colégios da região.
Uma roda, um violão, garotas e rapazes declamando seus poemas.
Preciso contar essa história melhor dia desses, porque tenho o roteiro de uma dessas apresentações, e poemas de uns e de outras.

Ao Rubens Jardim, que é um grande poeta, e trava sua" luta honesta e diária com as palavras", agradeço por me lembrar dessas coisas tão boas.

Não é fácil lutar com as palavras em qualquer tempo, nada fácil em tempos tão atravessados e oblíquos como estes.

Entro na página de Lindolf Bell, pontuada por poemas que faíscam e concordo:

"Nada é em vão, embora pareça o contrário".














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