sábado, agosto 30, 2008

1998



Lembrar é esquecer aos poucos, do contrário enlouqueceríamos, eu escrevi isso esses dias depois de vir do enterro de um amigo. No velório, passaram pessoas que são pedaços da minha vida.

Ao fim e ao cabo, somos todos pedaços uns da vida dos outros. Interdependentes e impermanentes.

Eu também escrevia que, talvez, a insana luta pelo poder seja uma maneira torta que o homem tem de tentar conquistar a imortalidade. Será?

Pôr no papel em letra, em desenho, metamorfosear a vida em traço e tipo é também uma tentativa de alcançar a imortalidade.


Melhor, muito melhor esta, embora também vã.



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