Sendo a realidade espinhosa demais para meu grande caráter, - eu me encontrava, contudo, em casa de Madame, como grande pássaro azul cinza erguendo-se rumo às cantoneiras do forro e arrastando a asa nas sombras do anoitecer. Eu fui, ao pé do baldaquim sustentando suas jóias adoradas e suas obras primas físicas, um grande urso de gengivas violetas e pelo grisalho de desgosto, os olhos nos cristais e nas pratarias dos aparadores. Tudo se fez sombra e aquário ardente. Ao amanhecer – aurora batalhadora de junho, - corri pelos campos, asno, trombeteando e brandindo minha queixa, até que as Sabinas do subúrbio viessem se jogar em meu peitoral.
Muito bom, hein?
ResponderExcluirabraços
http://poesiasciberneticas.blogspot.com/2011/07/o-oraculo-de-rimbaud.html
mais que demais
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