Sempre vou ler meu amigo Rui Sá, historiador, ex- sindicalista das grandes épocas, astrólogo, espiritualista. Encontro lá Baudelaire, que eu tanto li este ano e conheci mais, grande influência dos surrealistas. E a estes fui estudar por causa de Roberto Piva, poeta que se foi este ano, e que me envolveu de uma forma ineplicável. Ano de acontecimentos incríveis!
Sintonia de poetas e de amigos, existe coisa melhor? Reproduzo aqui o final der um texto recente do Rui e faço minhas as palavras dele:
"Voltar a Baudelaire, abrir as “Flores do Mal” e procurar:
Ô douleur! Ô douleur!
Les Temps mange la vie,
Et l’obscur Ennemi qui nos ronge le coeur,
Du sang qui nous perdons crôit e se fortifie!
Cento e cinquenta anos depois, o livro continua atualíssimo. Uma bela edição bilíngue foi feita pela Nova Fronteira, com tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira. A agitação sem meta, a impiedade da grande massa citadina, o tédio, a difusão dos jogos de azar e a drogadição, tudo isto já está lá, expresso de forma magistral.
(..) Qualquer esforço neste tempo sombrio tem grande mérito espiritual, é o que nos garante a doutrina védica ou a cristã, no livro das Revelações. Não importa se o objeto é uma comédia na TV, Baudelaire ou as diamantinas parábolas de Jesus, o importante é a atividade de Buddhi, a divina Sabedoria."
A todos boas festas e votos de um 2011 em paz interior e com saúde razoável"
Como ler romances, por Thomas C. Forster . Eu sempre fiz faço isso que ele recomenda, uso para a minha vida
“Uma lei para todos que leem: apropriem-se dos romances que estiverem lendo. (Poemas, também. Também contos, ensaios, peças de teatro – você entendeu.) Não quero dizer compre um exemplar, embora por razões auto evidentes e de interesse próprio, eu não seja contra isso. Quero dizer tomar posse psicológica e intelectual dessas obras. Torná-las suas. Você não é um aluno assustado pedindo mais mingau…. É uma pessoa adulta tendo uma conversa com outra. Que vocês dois nunca tenham se encontrado e que o outro possa estar morto é irrelevante. Ainda assim é uma conversa, um encontro de mentes e imaginações, e a sua importa tanto quanto a do escritor.” Do blog de Maria Jose Silveira
Rose Marie Muraro - física e economista, feminista histórica
Rose Marie Muraro - A palestra deve ter perto de dez anos, mas é bem atual
“Leia sem preconceito”. Esta frase apresentava o jornal Brasil Mulher, em fins da década de 1970, em um cartaz para ser afixado nas bancas de jornal. Tratava-se de um jornal alternativo, que tinha à frente Terezinha Zerbini, do Movimento Feminino pela Anistia, feito por jornalistas e militantes de esquerda, ex-presas políticas. O cartaz foi feito porque os jornaleiros não expunham o “Brasil Mulher”: o que seria aquilo? Um jornal falando de mulher, mas sem loiras e gostosas na capa? Muito esquisito. Não era um jornal que se dizia feminista, feminista era o "Nós Mulheres". Mas tratava dos mesmíssimos assuntos: aborto, falta de creche, violência doméstica, direitos reprodutivos, aborto e sexualidade, a vida das mulheres na periferia das urbes, no campo, falava de democracia - ainda estávamos na ditadura. Havia também alguns colaboradores homens. Um trecho do primeiro editorial do "Brasil Mulher", de 9 de outubro 1975. “Não desejamos nos amparar nas diferenças biológicas para desfrutar de pequenos favores masculinos, ao mesmo tempo que o Estado, constituído de forma masculina, deixa-nos um lugar só comparado ao que é destinado por incapacidade de participação ao débil mental. (...) Queremos falar dos problemas que são comuns a todas as mulheres do mundo. Queremos falar também das soluções encontradas aqui e em lugares distantes; no entanto queremos discuti-las em função de nossa realidade brasileira e latino-americana. (...) Queremos usar a inteligência, informação e conhecimentos em função da igualdade e, desde já a propomos, como equidade entre homens e mulheres de qualquer latitude."
Hoje o mundo mudou, tudo mudou. Mas a essência dos problemas da condição feminina continua a mesma, e a incompreensão sobre, aparentemente até aumentou. Com a afluência da sociedade de consumo, do culto ao corpo, tudo piorou. Entretanto, a mais difícil e longa das lutas continua, com uma nova geração de bravas (os) lutadoras (es). Enfrentando e renovando velhíssimas discussões – que já queríamos ultrapassadas no século 21, e colocando outras. Foram tantas as conquistas, e especialmente no século passado, que as filhas deste século, na maioria, nem se dão conta: já nasceram com muitas coisas mudadas para melhor. Mas muitas continuam a ser assassinadas por maridos, amantes, namorados que não se conformam com o fim das relações (vide famoso caso Pimenta Neves, homicida condenado e em liberdade), continuam os espancamentos, e a situação da mulher no Oriente Médio vai mal, e a disparidade salarial ,etc. Este blog, no ar desde março de 2006, muitas vezes fala sobre a condição feminina. E, como sua autora é jornalista, se detém em aspectos da profissão. Hoje, cerca de 50% das redações correspondem a funcionárias do sexo feminino. Portanto, muito mudou desde início dos 1970, quando mulheres ainda eram proibidas de trabalhar na redação do Estadão, por exemplo. Elas começaram a entrar, a se formar nas universidades, a mudar o perfil da profissão. Hoje, entretanto, a velha mídia impressa conta com muito menos de um terço de mulheres como colunistas dos assuntos considerados masculinos: política e economia. E atenção: aqui não digo que mulher no poder significa um mundo melhor. Depende, é claro, do nível de consciência e de ética da mulher. De que adiantam Tatchers num mundo como o nosso? Mulheres torturadoras do exército norte-americano no Iraque? Articulistas alinhadas ao pensamento arcaico? Mas é claro que mulheres com outro ponto de vista sobre a vida e sobre a sobrevivência da espécie, sobre o consumismo, sobre alternativas de gestão. Enfim, mulheres com uma nova consciência, aí sim, fazem a diferença. Então por que, no século 21, com tanto “progresso”, continuam poucas mulheres na política, na economia, na liderança dos movimentos mundiais? E nas Artes: na música erudita, nas bandas de rock e de blues, etc .etc. “Até o século 20, entendia-se por que não havia mulheres de destaque em todos os setores. Mas hoje?”, argumenta um amigo que se considera dos mais feministas. O papo veio a propósito da coletiva de Lula aos chamados “blogueiros progressistas” -- a nova e importante frente que tem contado pontos preciosos na defesa da liberdade de expressão e na denúncia da manipulação das notícias pela imprensa tradicional. Havia mais de uma dezena de blogueiros, foram convidadas quatro blogueiras e apenas uma compareceu via internet. Mas, comparecendo ou não, inicialmente, fiquei pensando: a proporção de 4 para 10 deve ser creditada , claro, à menor participação política da mulher também na Internet. Como comentou o grande Laerte, não sei se exatamente nessa entrevista linkada: “As pessoas estranham que tem pouca mulher na política e fazendo charge, cartum, humor de um modo geral. Isso tudo tem um motivo. Elas estão sendo ensinadas desde pequenas. Não tem nenhum motivo real que impeça elas de fazer qualquer coisa que um homem faz”.
Mas a coisa não era bem assim. Existem várias mulheres na blogosfera, e há muitos anos, com blogs feministas ou não, que participaram ativamente da campanha eleitoral, e pela esquerda. Estariam, então, incluídas no chamado rol dos “blogueiros progressistas”, de alguma forma. Eu estive na primeira reunião nacional desse movimento. Havia muitas mulheres participando, ouvindo, debatendo. Mas poucas tão famosas quando os jornalistas líderes da blogosfera. Ninguém está negando o papel importante deles na nova mídia. Apenas constatando que Laerte tem razão, que ainda há poucas liderando os vários setores da vida humana. Mas agora concluí: as que surgem e se firmam na internet, mesmo fazendo política, não a fazem da maneira tradicional. A política institucional- que está caindo de podre e pelas tabelas –não é a única via de gestão da humanidade. Acho que por isso essas mulheres blogueiras não foram convidadas para a coletiva histórica: não são consideradas blogueiras “políticas”. Eu mesma, que navego bastante, fiquei conhecendo vários interessantes blogs dessas mulheres agora. Política se faz de várias formas, e não apenas institucionalmente, nos partidos, graças aos deuses e deusas. Há movimentos, centenas de milhares deles espalhados pelo mundo: que, sim, pressionam os chamados representantes nas chamadas democracias representativas que tão pouco representam. Até agora, não pode ser de outra forma, mas quem disse que as coisas não podem mudar? E quem pode mudar todas as coisas? Recentemente fiz parte da banca de TCC (trabalho de conclusão de curso) de Jornalismo, na PUC-SP. A formanda Gabriela Moncau escreveu o excelente livro “A Segunda Luta- O feminismo e as organizações de esquerda no Brasil”. Que interroga por que, ainda no século 21, a questão é vista, ainda, pela esquerda, como uma luta secundária. Sempre houve grandes dificuldades, ao longo da História recente, na relação entre esquerda e movimento feminista. Mesmo, e especialmente, sendo suas representantes sempre alinhadas à esquerda. Torço para que o trabalho seja publicado, é bastante esclarecedor. Gabi contou que, quando entrevistou a feminista histórica Rose Marie Muraro, que vocês podem conhecer nos vídeos acima, e falou sobre o tema de sua pesquisa, ela exclamou: “Mas ainda está assim?!!” Pois é, ainda. Eu até tive vontade de dizer a Gabi, moça inteligente, militante bem intencionada da esquerda: ”Sai dessa, é uma luta muito inglória”. Mas, pensei, ainda bem que ela e milhares de Gabis existem e persistem pelo mundo afora, passando pra frente a eterna bandeira. Sorte da humanidade. Acompanhei uma extensa discussão pro e antifeminista em alguns blogs desde a semana passada. Os mal entendidos bem e mal intencionados, a incompreensão sobre o feminismo e suas várias correntes, agressões a feministas por serem agressivas e “radicais” -- de minha parte, eu sempre gostei dos radicais, vão à raiz e se não fossem os muitos radicais da grande História e da História cotidiana, estaríamos estacionados bem mais atrás do que estamos. Machistas masculinos e femininos em bloco contra feministas e contra homens que as defendem. Isso tudo significa que as discussões no campo do gênero estão bem mal na sociedade como um todo, e num recorte especial, naquele setor considerado mais esclarecido e politizado. Não é novidade. Novidade, é, sim, o assunto ser debatido amplamente pela internet. Se nos anos 70 estava restrito a pequenos jornais e à militância de grupos de esquerda, no século 21 começa a ocupar o espaço virtual, que é absolutamente mais amplo. Entretanto,a qualidade é outra. É melíflua a rede, no sentido de fluir, mas nela ninguém está obrigado a arrematar, concluir, avançar. Acho, por isso, um pensamento meio mágico falar-se em “construção do conhecimento” em blogs. Informação é uma coisa, conhecimento é outra.De qualquer forma, está posta uma discussão, e é nova na chamada “nova blogosfera”.
Por isso, não me aprece que se queira instaurar (como diziam no tempo da ditadura) a cizânia dentro do movimento dos meninos blogueiros progressistas com essa discussão. E, em conseqüência, que por trás dela haveria objetivos inconfessáveis e gente agindo nas sombras. O que existe, apenas, é um dado novo para muitos: o movimento feminista não morreu, não é anacrônico, superado, como querem muitos (as).Se assim fosse, não teria despertado tantas paixões. O objeto de sua luta persiste e insiste porque as causas igualmente persistem e insistem. A rede vem provar que nem os jornalistas detêm o domínio dos blogs, nem os acadêmicos. Ela é de todos, não é de ninguém.A internet não tem controle. Uma visão mais abrangente detectará que muitos outros blogs, feitos por mulheres, não necessariamente lidando com a política institucional, estão, sim, fazendo política, e das mais necessárias.
Foi na Avenida Paulista. A Freetura Produções fez a foto e o texto.
"Excelente atuação da Polícia Militar, sob o comando do prefeito Kassab. Parabéns! Vejam este marginal fortemente armado com uma guitarra STRATOCASTER equipada com um HUMBUCKER e dois singles e um mini amplificador de 10 watts de potência! Ele andava pela Avenida Paulista espalhando cultura e boa música, centenas de pessoas foram obrigadas a abrir um sorriso mediante as notas musicais e expressões praticadas por este verdadeiro meliante! Mas a polícia agiu rapidamente e com muita perícia. Deram uma resposta rápida à sociedade! Com um golpe certeiro e sem disparar nenhum tiro, a nossa eficiente polícia conseguiu imobilizar e desarmar esta verdadeira ameaça que rondava as ruas de São Paulo. Eu acho que os policiais e o prefeito Kassab deveriam ser homenageados por essa eficiência toda! E gostaria que, vocês, seguidores da Freetura Produções, fossem os primeiros a prestar estas homenagens".
“Há trezentos anos, pelo menos, a ditadura da utilidade é unha e carne com o lucrocentrismo de toda essa nossa civilização. E o princípio da utilidade corrompe todos os setores da vida, nos fazendo crer que a própria vida tem que dar lucro. Vida é o dom dos deuses, para ser saboreada intensamente até que a bomba de nêutrons ou o vazamento da usina nuclear nos separe deste pedaço de carne pulsante, único bem de que temos certeza.” (Paulo Leminski)
Do blog do Mario Bortolloto, um desabafo que eu e muita gente assina embaixo. Mundo idiota, asseptico, metido a politicamente correto, medicalizado e paradoxalmente, um mundo onde ocorrem as piores sujeiras que se tem notícia na história, concordam? Contei pro Pedrão Martinelli, alem de grande reporter fotográfico brasileiro, grande gourmet, que sempre critica as coisas pela mesma via, e ele disse: "E os chapeiros das padocas fazendo sanduba de luva e aquelas toucas que não respiram, feitas de material sintético, petróleo? Ontem fui comer um sanduba na minha padaria aqui do lado e o cara estava sem luva. Acho que tá começando uma revolução. Eu vou apoiar."
Depois leio no mesmo blog do Bortolotto que o prefeito de Londrina, terra dele, proibiu bancas de revista na cidade, porque os bandidos se escondem atrás delas.É pra rir?
"Primeiro proibiram os vinagretes. Já fiquei injuriado com isso. Como é possível comer um autêntico pastel de feira sem vinagrete? Alegaram que não era higiênico. Puta que pariu. Eu como churrasco grego há séculos, e não abro mão do suco "di balde", sim, porque é assim que aquele suco vem, num balde que o cara despeja lá dentro. Já vi várias vezes eles fazerem isso. E vou dizer pra vocês: nunca passei mal. Já comi carne de carneiro em uma cantina tradicional do Bixiga e frequentei o Vespasiano durante três dias. Ontem resolvi fazer um dos troços que mais gosto de fazer quando estou em Londrina. Comer cachorro quente. É sem dúvida o melhor cachorro quente do país. Chamei minha filha e fomos lá desfrutar desse prazer inenarrável e insubstituivel. Mas não tem mais bisnaga, caralho. Tão ligados nas bisnagas de maionese, catchup e mostarda? Não existem mais. Segundo a prefeitura, elas são anti-higiênicas. Então agora a gente não pode mais fazer toda aquela meleca maravilhosa. Dependemos dos malditos sachês que nem sempre a gente consegue abrir, e se nossas mãos estiverem suadas, pode esquecer. Já havia abandonado o pastel. Agora estou dizendo adeus também aos dogs de Londrina. Querem acabar com todo o nosso prazer. E não é de hoje. Isso está acontecendo aos poucos e sorrateiramente. Logo só iremos fazer o que eles querem, e do jeito que eles querem. Mundo chato pra caralho".
Este é o endereço do abaixo-assinado que pede o fim da perseguição ao WikiLeaks, com este texto.
No momento, tem mais de 310 mil assinaturas. É incrivel como aumentam, e vêm de todo o mundo.
A campanha agressiva de intimidação contra o WikiLeaks é errada, perigosa e compromete o Estado de Direito. Políticos importantes dos EUA chegaram ao extremo de chamar o WikiLeaks de uma organização terrorista, sugerindo o assassinato da sua equipe e pedindo para empresas boicotarem o site. O futuro da liberdade de imprensa e Internet está em jogo. Vamos nos manifestar urgentemente para garantir que governos e empresas ajam com cautela e por vias legais, sem escalar a briga. Assine a petição contra a perseguição -- vamos conseguir 1 milhão de vozes esta semana!
Poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por natureza; exercício espiritual, é um método de libertação interior. A poesia revela este mundo; cria outro. Pão dos eleitos; alimento maldito. Isola, une. Convite à viagem; regresso à terra natal. Inspiração, respiração, exercício muscular. Súplica ao vazio, diálogo com a ausência e pelo desespero. Oração, litania, epifania, presença. Exorcismo, conjuro, magia. Sublimação, compensação, condensação do inconsciente. Expressão histórica de raças, nações, classes. Nega a história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem. Experiência, sentimento, emoção, intuição, pensamento não-dirigido. Filha do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem primitiva. Obediência às regras; criação de outras. Imitação dos antigos, cópia do real, cópia de uma cópia da Ideia. Loucura, êxtase, logos. Regresso à infância, coito, nostalgia do paraíso, do inferno, do limbo. Jogo, trabalho, atividade ascética. Confissão. Experiência inata. Visão, música, símbolo. Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do mundo, e métricas e rimas são apenas correspondências, ecos, da harmonia universal. Ensinamento, moral, exemplo, revelação, dança, diálogo, monólogo. Voz do povo, língua dos escolhidos, palavra do solitário. Pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida, falada, pintada, escrita, ostenta todas as faces, embora exista quem afirme que não tem nenhuma: o poema é uma máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra humana! do Blog de Rubens Jardim
Estes versos do grande poeta português, que se suicidou aos 26, grande amigo de Pessoa -- que lhe dedicou um belissimo poema, sobre a amizade --, parei para ler, encantada, numa estação de metrô, não me lembro qual.
As pessoas correndo, será que alguém , como eu, pára pra ler poesia em meio aos desvãos da metrópole?Acho que sim.
A inominável construtora, nao satisfeita por enlouquecer os moradores da rua Caiowáa o dia inteiro, à noite faz descarregamento de materiais, em enormes - e naturalmente barulhentos- caminhões. Colocarei aqui, todos os dias, os acontecimentos, porque a pesquisa Exto no Google está ficando ótima, como todos esses posts de reclamações.
Ou quarta ou quinta-feira, os caminhões de cimento da Engemax, a serviço da Construtora Exto, chegam às 7h30 da manha e só saem quando sabe Deus. Enquanto isso, o barulho é infernal.
E às 17h50, quando já foram embora os ene caminhões da Engemax, e a vizinhança pensa que mais um tormento acabou, ao menos hoje, o outro caminhão, acoplado aos iniciais, inicia seus roncos acho que para expulsar o resto de cimento e , assim, aproveita a Exto para enlamear a rua, que depois, será lavada mal e porcamente.
A baderna terminou às 19 horas, exatamente 9 horas e meia depois que começou.
Outro problema é o trânsito, em rua de mão dupla, atravancado várias vezes por um segundo caminhão, esperando o primeiro sair.
Como é terra de ninguém, nem CET, nem qualquer fiscalização da assim chamada prefeitura paulistana jamais apareceu.
Na era da nanotecnologia, da engenharia genética, da reprodução assistida, da comunicação instantânea, é impossível que não se tenha chegado a uma nova solução para substituir antediluvianos caminhões misturadores de cimento e o processo de transfusão para a obra. Certamente em outros países isso já mudou. Quem sabe aqui mesmo, mas deve ser mais caro...
Mas é de se pensar em uma ação judicial contra a Exto, por obstrução do direito ao trabalho e ao estudo. Bom, agora vou trabalhar...