http://www.substantivoplural.com.br/ 11 de agosto de 2010 às 14:56 - Envie para o twitter “E para que ser poeta em tempos de penúria?” Trecho do poema longo “E PARA QUE SER POETA EM TEMPOS DE PENÚRIA?”, do escritor Fernando Monteiro, que será lançado amanhã, dia 12, às 10 horas, com exclusividade, por este SUBSTANTIVO PLURAL.
…
A pergunta de Piva – essa fissura – revela meramente o que ela revela, pois o cão do derradeiro livro não produziria um ganido, ao latir para tímpanos blindados pela incultura.
É claro que faltavam conforto, vinhos e rosas, sendo parcas as rendas do herdeiro de antigas terras sumidas com roseirais na bruma. E poucos os meios (mais do que os fins) para os longos fins de semana, o garoto da banca de revistas, a importada edição dos inéditos de Pier Paolo Pasolini.
Tudo tão verdadeiro quanto distante da essência de outras penúrias entre esquinas de garoas e galerias de arte em vernissages cujo rumor de cálices noturnos chega aos guardadores de carros como a música do paraíso de inalcançáveis perdizes.
http://www.substantivoplural.com.br/
ResponderExcluir11 de agosto de 2010 às 14:56 - Envie para o twitter
“E para que ser poeta em tempos de penúria?”
Trecho do poema longo “E PARA QUE SER POETA EM TEMPOS DE PENÚRIA?”, do escritor Fernando Monteiro, que será lançado amanhã, dia 12, às 10 horas, com exclusividade, por este SUBSTANTIVO PLURAL.
…
A pergunta de Piva – essa fissura –
revela meramente o que ela revela,
pois o cão do derradeiro livro
não produziria um ganido,
ao latir para tímpanos blindados
pela incultura.
É claro que faltavam conforto, vinhos
e rosas,
sendo parcas as rendas do herdeiro
de antigas terras sumidas
com roseirais na bruma.
E poucos os meios (mais do que os fins)
para os longos fins de semana,
o garoto da banca de revistas,
a importada edição dos inéditos
de Pier Paolo Pasolini.
Tudo tão verdadeiro quanto distante
da essência de outras penúrias
entre esquinas de garoas
e galerias de arte em vernissages
cujo rumor de cálices noturnos
chega aos guardadores de carros
como a música do paraíso
de inalcançáveis perdizes.
Para que ser poeta em tempos assim?