sexta-feira, agosto 06, 2010
Adoniran
AE - Agência Estado
O centenário de Adoniran Barbosa é comemorado hoje com diversos eventos espalhados pela cidade de São Paulo. Mas as gafes e injustiças envolvendo o compositor nascido em Valinhos, no interior de São Paulo, no dia 6 de agosto de 1910, já deram o ar de sua graça este ano. O sambódromo paulistano, no Anhembi, leva o nome de Adoniran, mas, no desfile carnavalesco, em fevereiro, nenhuma das 14 escolas do grupo especial rendeu homenagens ao maior sambista de sua terra.
Em entrevista em fevereiro, o jornalista e historiador Celso de Campos Jr., biógrafo de Adoniran, e Maria Helena Barbosa, filha do compositor, falaram da falta de patrocínio e incentivo para criar o museu Casa Adoniran Barbosa. Seis meses depois, a situação felizmente começa a evoluir. O material relativo ao compositor - como documentos pessoais, a famosa aliança feita com a corda do cavaquinho, de "Prova de Carinho", de fotografias, discos, partituras, roteiros raros de programas de rádio -, recuperado do Museu da Imagem e do Som (MIS), no fim de 2009, recebeu pela primeira vez tratamento de preservação feito por profissionais.
"Não adiantava apresentar o projeto de uma Casa Adoniran sem esse cuidado. Profissionais da Associação dos Arquivistas de São Paulo fizeram um trabalho que durou cerca de cinco meses, catalogando, organizando, separando por suportes adequados e acondicionando de forma correta todo o material. É uma espécie de inventário do que tem no acervo, um primeiro passo para a criação do museu", explica Campos Jr.
A curadoria do acervo não poderia estar em melhores mãos, ficando sob os cuidados do próprio Celso Campos Jr., que relançou este ano "Adoniran, Uma Biografia", trabalho mais completo já feito sobre vida e obra do sambista. O autor participa de um dos eventos mais interessantes em relação ao centenário daquele que por meio de seus sambas se tornou um dos maiores cronistas dos tipos, personagens e costumes da Pauliceia. Amanhã, na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, o jornalista e historiador participa do Autor na Praça, autografando a biografia no encontro que contará também com Sérgio Rubinato, sobrinho que entoará alguns dos clássicos do tio Adoniran. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Elizabeth,
ResponderExcluirUm Adoniran lírico, um dos seus mais belos sambas, depois de Saudosa Maloca, o meu preferido.
http://www.youtube.com/watch?v=W1kQDdnP1Vw
Beijos.
Simone
Linda
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