De uma entrevista com Roberto Piva:
FW - Num dos últimos poemas do Paranóia, você diz: "eu quero a destruição de tudo o que é frágil"...
RP - Mas sabemos que não é nada frágil aquilo cuja destruição eu desejo. A poesia é que é frágil, é uma forma de abrir brechas na realidade; como o Baudelaire, o Artaud, o Gottfried Benn e o Georg Trakl abriram. Mas não impediram Auschwitz. O poeta não existe para impedir essas coisas. O poeta existe para impedir que as pessoas parem de sonhar.
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Do jornalista e escritor Ronaldo Antonelli
O poeta existe para que algo não precise responder a pergunta "para quê?".
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