Após telefonema de uma amiga, que assistia pela TV Brasil uma entrevista com Octavio Frias Filho sobre um livro que, acho, ele publicou tempinho atrás, "Queda Livre", resolvi pesquisar do que se tratava. Ela também não tinha entendido. Fiquei mais em dúvida ainda.
E principalmente não entendemos porque a TV Brasil, que é do governo federal- infelizmente não pega aqui em casa-, faria tal entrevista. Alguém tem ideia? Cartas para a redação, que aqui a gente publica...
Do site da livraria Cultura:
Companhia das Letras
R$ 49,50
'Queda livre' compõe-se de sete textos que narram o que Otavio Frias Filho chama de 'investigações participativas' - mergulhos em experiências radicais ou, nas palavras do próprio autor, 'descidas até os círculos do inferno pessoal'. Nesses ensaios de risco, Frias conjuga a objetividade jornalística de cada investigação com uma voz narrativa extremamente pessoal, de distanciamento e humor cáustico. Entre suas experiências estão saltar de pára-quedas, tomar o chá alucinógeno da seita Santo Daime na Amazônia, viajar num submarino, participar como ator do teatro de José Celso Martinez Corrêa, peregrinar pelo caminho de Santiago, explorar o mundo do sexo transgressivo e aproximar-se do suicídio.
domingo, janeiro 31, 2010
sábado, janeiro 30, 2010
Futuros colegas e mais
Deu na coluna social
1-O presidente da RedeTV!, Amílcare Dalevo Jr., e sua mulher, Daniela Albuquerque, colam grau em jornalismo, na noite de hoje, na Universidade Anhembi Morumbi
(Monica Bergamo, Ilustrada, Curto Circuito/Folha de SP, 28/01/2010).
2-Deu na internet
Curso de jornalismo online
Curso Jornalismo 24 Horas
Curso 100% Online por Apenas R$40. Receba o seu Certificado em Casa!
Velocidade, tempo-real, hipertexto, interatividade, convergência de mídias...
Essas são as principais características e tendências do jornalismo na internet que você vai conhecer e dominar no Curso de Jornalismo On-line.
Vai também saber que é possível compatibilizá-las com a redação de um bom texto, correto, atraente, para conquistar a atenção do leitor e tornar-se um Cyber Repórter de sucesso.
* Também vai aprender a produzir uma publicação digital e a ganhar dinheiro no ramo de Jornalismo On-line;
Com o apoio de professores, com exemplos práticos e exercícios, este é um curso ideal tanto para quem quer completar sua formação de Jornalismo, como para quem ainda não se decidiu pela carreira e quer conhecer melhor esta profissão tão promissora.
Valor do curso completo:
R$ 40,00
SEM MENSALIDADES
Pré-Requisitos: Nenhum
Carga Horária: 45 horas
1-O presidente da RedeTV!, Amílcare Dalevo Jr., e sua mulher, Daniela Albuquerque, colam grau em jornalismo, na noite de hoje, na Universidade Anhembi Morumbi
(Monica Bergamo, Ilustrada, Curto Circuito/Folha de SP, 28/01/2010).
2-Deu na internet
Curso de jornalismo online
Curso Jornalismo 24 Horas
Curso 100% Online por Apenas R$40. Receba o seu Certificado em Casa!
Velocidade, tempo-real, hipertexto, interatividade, convergência de mídias...
Essas são as principais características e tendências do jornalismo na internet que você vai conhecer e dominar no Curso de Jornalismo On-line.
Vai também saber que é possível compatibilizá-las com a redação de um bom texto, correto, atraente, para conquistar a atenção do leitor e tornar-se um Cyber Repórter de sucesso.
* Também vai aprender a produzir uma publicação digital e a ganhar dinheiro no ramo de Jornalismo On-line;
Com o apoio de professores, com exemplos práticos e exercícios, este é um curso ideal tanto para quem quer completar sua formação de Jornalismo, como para quem ainda não se decidiu pela carreira e quer conhecer melhor esta profissão tão promissora.
Valor do curso completo:
R$ 40,00
SEM MENSALIDADES
Pré-Requisitos: Nenhum
Carga Horária: 45 horas
sexta-feira, janeiro 29, 2010
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Maiakóvski e os tempos difíceis
Os tempos estão duros
para o artista.
Mas, dizei-me,
anêmicos e anões, os grandes,
onde,
em que ocasião, escolheram
uma estrada batida?
General
da força humana
- Verbo -marche!
Que o tempo
cuspa balas
para trás, e o vento
no passado
só desfaça um maço de cabelos.
Para o júbilo
o planeta está imaturo.
É preciso
arrancar alegria
ao futuro.
Nesta vida
morrer não é difícil.
O difícil
é a vida e seu ofício.
(Trecho de A Serguei Iessiênin, poema de 1926
Tradução Haroldo de Campos)
para o artista.
Mas, dizei-me,
anêmicos e anões, os grandes,
onde,
em que ocasião, escolheram
uma estrada batida?
General
da força humana
- Verbo -marche!
Que o tempo
cuspa balas
para trás, e o vento
no passado
só desfaça um maço de cabelos.
Para o júbilo
o planeta está imaturo.
É preciso
arrancar alegria
ao futuro.
Nesta vida
morrer não é difícil.
O difícil
é a vida e seu ofício.
(Trecho de A Serguei Iessiênin, poema de 1926
Tradução Haroldo de Campos)
quarta-feira, janeiro 27, 2010
O poeta Roberto Piva está internado e precisa de ajuda
Acabo de ir ao blog do Bortolotto e leio isto aí embaixo.
Mas o que está acontecendo contra dramaturgos - Bortolotto, lembram, levou três tiros de assaltantes, ficou entre a vida e a morte e está se recuperando- poetas, jornalistas decentes?
Piva na enfermaria, meu amigo em Brasilia em outra, esperando até domigo por uma cirurgia de emergência no fêmur.
O mundo não trata bem os do Bem, especialmente o Brasil. Os artistas, sempre desamparados, meu amigo jornalista, que foi preso politico nos anos de chumbo, traz sequelas nas pernas da tortura na Cadeira do Dragão. Como Piva, ele não tem grana e nem plano de saúde.
Roberto Piva foi professor da escola pública. Suas obras completas estão reunidas em três volumes pela editora Globo: "Um Estrangeiro na Legião", "Mala na Mão & e Asas Pretas" e "Estranhos Sinais de Saturno". Recentemente, o livro "Paranoia" (1963) foi reeditado pelo Instituto Moreira Salles.
Quem puder ajudar o Piva, assino embaixo do que diz o Bortolotto.
"O grande poeta Roberto Piva está internado. Ele tá no HC. Piva não tem plano de saúde. Tá na enfermaria na companhia de outros pacientes. Alguns são evangélicos e rezam a noite inteira, ali onde tem também uma tv ligada (e com certeza não é na Tv Cultura e nem no People and Arts). Piva ainda deve permanecer no hospital por algumas semanas. E se tem uma coisa que eu aprendi com o meu acidente e minha convalescença é que vida no hospital é estação no inferno. Piva ainda deve passar por uma cirurgia da próstata e um cateterismo, segundo informa meu amigo Pinduca (o poeta Ademir Assunção) no blog dele. Piva tem 73 anos de poesia e vida experimental e sofre de Mal de Parkinson. Se me permitem, vou quase que parafrasear o poeta Allen Ginsberg em seu brilhante prefácio para a obra de Gregory Corso e dizer que Roberto Piva é talvez (na minha opinião ele é) o maior poeta brasileiro vivo e nesse momento está internado num hospital público em São Paulo precisando de auxílio. Todo tipo de auxílio é bem vindo. Quem puder ajudar com grana que ele vai precisar e não é pouco, depositem na conta que eu tô transcrevendo aí embaixo. Também peguei o número no blog do Pinduca que é altamente confíavel.
http://zonabranca.blog.uol.com.br/
Roberto Lopes Piva
Banco: Itau
Agência: 0036
Conta: 20592-0
CPF: 565.802.828/00 "
------------------------------
Postei aqui em março de 2009 esta poesia para Piva e Wesley Duke Lee, um poeta e um artista plástico maior deste país. Sempre foram amigos, e Wesley ilustrou com fotos o clássico "Paranóia", de Piva.
Por quem os sinos dobram?
Para Roberto Piva
e
Wesley Duke Lee
O poeta rebelde hoje esquenta ao sol das 11 horas
No Parque da Água Branca
Livro numa mão, firme
A outra, trêmula
O poeta da cidade - ácido, lírico, transverso
Mas ainda aprecia os rapazes
E acha que as moças, cada vez mais, estão parecidas com eles
Por isso, até começa a gostar delas
("Teu olhar maluco atravessa os relógios as fontes a tarde de São Paulo como um desejo espetacular tão dopado de coragem marfim de teu sorriso nascosto fra orizzonti perduti assim te quero: anjo ardente no abraço da Paisagem")
Seu amigo, o artista plástico do primeiro hapenning desta cidade
Não reconhece mais o mundo
Quando o visitei, anos atrás
Figura de brilhos e fulgores -
Mostrou-me uma mesa cheia de coisas empoeiradas:
Não permitia que a limpassem
“Para marcar a passagem do tempo”
Mostrou-me também um mural repleto de fotos da sua vida: “Para não me esquecer”
“Ele dói e brilha”, escrevi na matéria, emprestado verso de Veloso sobre o homem velho
Na parede a frase, quase no teto:
“Entusiasmo-Pleno de Deus”
Só hoje fui atrás da etmologia
Do Grego:entu: DEUS,
iasmo: Cheio
Pleno de entusiasmo o velho homem belo
Uma enfermeira o acompanha, ele sorri
São Paulo, 28 de fevereiro, noite alta
Mas o que está acontecendo contra dramaturgos - Bortolotto, lembram, levou três tiros de assaltantes, ficou entre a vida e a morte e está se recuperando- poetas, jornalistas decentes?
Piva na enfermaria, meu amigo em Brasilia em outra, esperando até domigo por uma cirurgia de emergência no fêmur.
O mundo não trata bem os do Bem, especialmente o Brasil. Os artistas, sempre desamparados, meu amigo jornalista, que foi preso politico nos anos de chumbo, traz sequelas nas pernas da tortura na Cadeira do Dragão. Como Piva, ele não tem grana e nem plano de saúde.
Roberto Piva foi professor da escola pública. Suas obras completas estão reunidas em três volumes pela editora Globo: "Um Estrangeiro na Legião", "Mala na Mão & e Asas Pretas" e "Estranhos Sinais de Saturno". Recentemente, o livro "Paranoia" (1963) foi reeditado pelo Instituto Moreira Salles.
Quem puder ajudar o Piva, assino embaixo do que diz o Bortolotto.
"O grande poeta Roberto Piva está internado. Ele tá no HC. Piva não tem plano de saúde. Tá na enfermaria na companhia de outros pacientes. Alguns são evangélicos e rezam a noite inteira, ali onde tem também uma tv ligada (e com certeza não é na Tv Cultura e nem no People and Arts). Piva ainda deve permanecer no hospital por algumas semanas. E se tem uma coisa que eu aprendi com o meu acidente e minha convalescença é que vida no hospital é estação no inferno. Piva ainda deve passar por uma cirurgia da próstata e um cateterismo, segundo informa meu amigo Pinduca (o poeta Ademir Assunção) no blog dele. Piva tem 73 anos de poesia e vida experimental e sofre de Mal de Parkinson. Se me permitem, vou quase que parafrasear o poeta Allen Ginsberg em seu brilhante prefácio para a obra de Gregory Corso e dizer que Roberto Piva é talvez (na minha opinião ele é) o maior poeta brasileiro vivo e nesse momento está internado num hospital público em São Paulo precisando de auxílio. Todo tipo de auxílio é bem vindo. Quem puder ajudar com grana que ele vai precisar e não é pouco, depositem na conta que eu tô transcrevendo aí embaixo. Também peguei o número no blog do Pinduca que é altamente confíavel.
http://zonabranca.blog.uol.com.br/
Roberto Lopes Piva
Banco: Itau
Agência: 0036
Conta: 20592-0
CPF: 565.802.828/00 "
------------------------------
Postei aqui em março de 2009 esta poesia para Piva e Wesley Duke Lee, um poeta e um artista plástico maior deste país. Sempre foram amigos, e Wesley ilustrou com fotos o clássico "Paranóia", de Piva.
Por quem os sinos dobram?
Para Roberto Piva
e
Wesley Duke Lee
O poeta rebelde hoje esquenta ao sol das 11 horas
No Parque da Água Branca
Livro numa mão, firme
A outra, trêmula
O poeta da cidade - ácido, lírico, transverso
Mas ainda aprecia os rapazes
E acha que as moças, cada vez mais, estão parecidas com eles
Por isso, até começa a gostar delas
("Teu olhar maluco atravessa os relógios as fontes a tarde de São Paulo como um desejo espetacular tão dopado de coragem marfim de teu sorriso nascosto fra orizzonti perduti assim te quero: anjo ardente no abraço da Paisagem")
Seu amigo, o artista plástico do primeiro hapenning desta cidade
Não reconhece mais o mundo
Quando o visitei, anos atrás
Figura de brilhos e fulgores -
Mostrou-me uma mesa cheia de coisas empoeiradas:
Não permitia que a limpassem
“Para marcar a passagem do tempo”
Mostrou-me também um mural repleto de fotos da sua vida: “Para não me esquecer”
“Ele dói e brilha”, escrevi na matéria, emprestado verso de Veloso sobre o homem velho
Na parede a frase, quase no teto:
“Entusiasmo-Pleno de Deus”
Só hoje fui atrás da etmologia
Do Grego:entu: DEUS,
iasmo: Cheio
Pleno de entusiasmo o velho homem belo
Uma enfermeira o acompanha, ele sorri
São Paulo, 28 de fevereiro, noite alta
terça-feira, janeiro 26, 2010
Brava gente
Exposição Brava Gente, do meu queridissimo Tide Hellmeister, chegando a Sampa, dia 30, na Caixa Cultural da Sé, depois de percorrer algumas capitais. Imperdivel para quem aprecia a beleza, a criatividade, o surrealismo, a grande arte da colagem e outras mais.
Brava Gente, um tributo de Tide Hellmeister
Certa vez perguntaram a Federico Fellini por que ele escolhia personagens e figurantes tão esdrúxulos para os seus filmes. Ele mesmo contou, em uma entrevista, quem fez a pergunta: uma senhora, dentro de um carro, usando um tapa-olho e com um mico no ombro.
Tide Hellmeister, um dos nossos mais importantes artistas, concordaria com Fellini, se lhe fizessem a mesma pergunta sobre os singulares personagens que compõem esta “Brava Gente”.
Somos todos nós, e de perto quem é “normal”?
Tide criou seus personagens a partir da observação do cotidiano, dos passageiros do metrô, do ônibus, dos caminhantes nas ruas. No estúdio, imaginava a história de cada um e recortava e colava e pintava seus rostos: tristes, bondosos, malandros, egoístas, avaros, generosos, abatidos, conformados, espertíssimos, tantos...
Todos com data de nascimento e de morte, as duas únicas certezas que a espécie humana possui, e a história que construíram para preencher esses espaços.
Pessoas humanas, demasiadamente humanas: Pedro, Cornélio, Julio Prosa de Jesus, Domingos, Theofilo, Gherard, Assumta, João, Benjamim, Eli Regina, Emilio, Nilo, Licurgo, Hipólito.
Pela primeira vez o homem da tesoura e do pincel, o artista gráfico que conquistou um lugar único, o homem para quem “tudo é colagem”, o artista das tantas faces, que se dizia “sem palavras”,usou da palavra: sentou e escreveu.
Montou o seu teatro com tesoura, papel, tinta e escrita, como sempre fez, aliás, mas desta vez, escreveu histórias.
Todas impregnadas de compaixão pelo semelhante, pelo irmão, por essa Brava Gente brasileira que agora é apresentada ao público sob forma de arte de grande qualidade, como sempre foi sua produção.
Logo agora, que ele avisou: “fui ali e volto já”.Nem precisa voltar, já que nunca partiu: a marca forte e bela de sua passagem sempre continuará entre nós.
Veja mais Tide em
Brava Gente, um tributo de Tide Hellmeister
Certa vez perguntaram a Federico Fellini por que ele escolhia personagens e figurantes tão esdrúxulos para os seus filmes. Ele mesmo contou, em uma entrevista, quem fez a pergunta: uma senhora, dentro de um carro, usando um tapa-olho e com um mico no ombro.
Tide Hellmeister, um dos nossos mais importantes artistas, concordaria com Fellini, se lhe fizessem a mesma pergunta sobre os singulares personagens que compõem esta “Brava Gente”.
Somos todos nós, e de perto quem é “normal”?
Tide criou seus personagens a partir da observação do cotidiano, dos passageiros do metrô, do ônibus, dos caminhantes nas ruas. No estúdio, imaginava a história de cada um e recortava e colava e pintava seus rostos: tristes, bondosos, malandros, egoístas, avaros, generosos, abatidos, conformados, espertíssimos, tantos...
Todos com data de nascimento e de morte, as duas únicas certezas que a espécie humana possui, e a história que construíram para preencher esses espaços.
Pessoas humanas, demasiadamente humanas: Pedro, Cornélio, Julio Prosa de Jesus, Domingos, Theofilo, Gherard, Assumta, João, Benjamim, Eli Regina, Emilio, Nilo, Licurgo, Hipólito.
Pela primeira vez o homem da tesoura e do pincel, o artista gráfico que conquistou um lugar único, o homem para quem “tudo é colagem”, o artista das tantas faces, que se dizia “sem palavras”,usou da palavra: sentou e escreveu.
Montou o seu teatro com tesoura, papel, tinta e escrita, como sempre fez, aliás, mas desta vez, escreveu histórias.
Todas impregnadas de compaixão pelo semelhante, pelo irmão, por essa Brava Gente brasileira que agora é apresentada ao público sob forma de arte de grande qualidade, como sempre foi sua produção.
Logo agora, que ele avisou: “fui ali e volto já”.Nem precisa voltar, já que nunca partiu: a marca forte e bela de sua passagem sempre continuará entre nós.
Veja mais Tide em
segunda-feira, janeiro 25, 2010
Paulicéia desvairada, desde sempre
Mário de Andrade, uma das perfeitas traduções desta cidade que já tanto amei, e hoje tento recuperar este amor, mas...
Quando eu morrer
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Ronda, do paulista Vanzolini, pelo baiano
E pelo magnifico carioca, com seus elásticos enrolados nas mãos...
Quando eu morrer
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade...
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade...
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
Ronda, do paulista Vanzolini, pelo baiano
E pelo magnifico carioca, com seus elásticos enrolados nas mãos...
domingo, janeiro 24, 2010
Homens que amam as mulheres
"As que simplesmente vemos nas ruas, as que se não saíssem transformariam todas as ruas em passagens sem vida"
Para o Capitão Pepe, um homem que sempre amou, ama e amará as mulheres, e que escreveu esse lindo comentário aqui embaixo no filme do Truffaut:
"E é possível deixar de amar as mulheres? Começa cedo, com as mães e não termina nunca. Morrerei desejando que, após queimado, minhas cinzas sejam usadas por uma fábrica de talco. Amamos as irmãs (biológicas e "adotadas"). Amamos as filhas (biológicas e "adotadas"). Amamos as amigas (eternas e passageiras), amamos pela vida inteira algumas amantes e por um instante, mas tórrido, as de um momento. Amamos as inalcançáveis nas telas, as que apenas passam. Nós amamos vocês quando as desejamos e quando não nos passa pela cabeça tê-las em uma cama. Nos as adoramos como corpos deliciosos, mas também as adoramos como seres maravilhosos"
Cap Pepe
Não sei se os homens hoje amam tanto as mulheres, com exceção do Captain, do moço aí embaixo, de alguns poucos que conheço. Paulo Francis, de quem eu não gostava, disse uma vez uma frase que nunca esqueci: "Eu sou do tempo em que os homens amavam as mulheres".
"Mais amor, por favor", diz a mais recente pichação nos muros paulistanos.
Homens, não tenham medo das mulheres. O que acontece hoje em dia de histórias desse tipo é incrível, correriam páginas interminaveis de internet com depoimentos das minas de todas as idades.
Não é o caso do intrépido Capitão Pepe, um dos últimos a viver pelo amor das mulheres. Nunca sei se é cria dos pagos do Rio Grande ou se apenas cresceu lá, há muitos anos é aquerenciado em São Paulo. Dia desses um amigo gaúcho fez uma incrivel canção para ele, falando de chinas e de redes. Sua história, já disse que vou escrever um dia, e ele permitiu, sem citar nomes, claro, muito menos o dele.
Mas será impossível reproduzi-la fielmente. O Capitão é único.
Oigale, my Captain, acho que essse homem sensível aqui embaixo traduz um pouco o seu sentimento sobre as mulheres inalcançáveis das telas. Ele, tão apaixonado pelas atrizes, casou com uma, namorou sabe lá quantas, páreo pra ti,talvez?Cantou tantas e mais Beatriz.
"Ela faz cinema" eu acho que é para a mulher dentro e fora da tela, que afinal não é preciso estar na tela grande pra fazer cinema, certo? Besos y gracias.
1- Ela faz cinema
2- As atrizes
Para o Capitão Pepe, um homem que sempre amou, ama e amará as mulheres, e que escreveu esse lindo comentário aqui embaixo no filme do Truffaut:
"E é possível deixar de amar as mulheres? Começa cedo, com as mães e não termina nunca. Morrerei desejando que, após queimado, minhas cinzas sejam usadas por uma fábrica de talco. Amamos as irmãs (biológicas e "adotadas"). Amamos as filhas (biológicas e "adotadas"). Amamos as amigas (eternas e passageiras), amamos pela vida inteira algumas amantes e por um instante, mas tórrido, as de um momento. Amamos as inalcançáveis nas telas, as que apenas passam. Nós amamos vocês quando as desejamos e quando não nos passa pela cabeça tê-las em uma cama. Nos as adoramos como corpos deliciosos, mas também as adoramos como seres maravilhosos"
Cap Pepe
Não sei se os homens hoje amam tanto as mulheres, com exceção do Captain, do moço aí embaixo, de alguns poucos que conheço. Paulo Francis, de quem eu não gostava, disse uma vez uma frase que nunca esqueci: "Eu sou do tempo em que os homens amavam as mulheres".
"Mais amor, por favor", diz a mais recente pichação nos muros paulistanos.
Homens, não tenham medo das mulheres. O que acontece hoje em dia de histórias desse tipo é incrível, correriam páginas interminaveis de internet com depoimentos das minas de todas as idades.
Não é o caso do intrépido Capitão Pepe, um dos últimos a viver pelo amor das mulheres. Nunca sei se é cria dos pagos do Rio Grande ou se apenas cresceu lá, há muitos anos é aquerenciado em São Paulo. Dia desses um amigo gaúcho fez uma incrivel canção para ele, falando de chinas e de redes. Sua história, já disse que vou escrever um dia, e ele permitiu, sem citar nomes, claro, muito menos o dele.
Mas será impossível reproduzi-la fielmente. O Capitão é único.
Oigale, my Captain, acho que essse homem sensível aqui embaixo traduz um pouco o seu sentimento sobre as mulheres inalcançáveis das telas. Ele, tão apaixonado pelas atrizes, casou com uma, namorou sabe lá quantas, páreo pra ti,talvez?Cantou tantas e mais Beatriz.
"Ela faz cinema" eu acho que é para a mulher dentro e fora da tela, que afinal não é preciso estar na tela grande pra fazer cinema, certo? Besos y gracias.
1- Ela faz cinema
2- As atrizes
sábado, janeiro 23, 2010
sexta-feira, janeiro 22, 2010
Jornalismo e propaganda, tudo a ver
Dia desses me deparei com o site da Anhembi-Morumbi, anunciando um MBA,
Especialização em Comunicação Jornalística e Publicitária. Diz lá, cândida e impunemente:
"As barreiras que separam a publicidade do jornalismo estão cada vez mais tênues. Ao mesmo tempo, os processos de produção, edição, veiculação e consumo de conteúdos jornalísticos e publicitários passaram por intensa reconfiguração nos últimos anos, já que as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTICs) operam hoje em escala global.
Por isso, a especialização em Comunicação Jornalística e Publicitária foi desenvolvida para oferecer a possibilidade de situar o profissional nesse universo, ao mesmo tempo em que oferece suporte para a criação nesse campo
Diferenciais
Um curso inédito ao relacionar a discussão da convergência de dois temas em comunicação antagônicos em sua constituição: o jornalismo e a publicidade;
Programa
Módulo 1: Fundamentação Teórica
Convergência das mídias: Panorama de comunicaçãoLógica produtiva das empresas em ComunicaçãoPublicidade e Propaganda: convergências.Convergência das mídias e mercado de trabalho.Jornalismo e Publicidade: convergência "
A coordenadora é Mestre em Hospitalidade pela mesma universidade, seja lá o que isso signifique.
Ontem, li que Roberto Civita revelou que vai financiar, ainda este ano, a criação de uma escola de jornalismo em nível de pós-graduação, se bem entendi ( ou não) . A parceria está sendo montada com a Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Será destinada a jornalistas "no meio de sua vida profissional", com dez anos de experiência, para prepará-los para a segunda parte de suas carreiras. “"Vou dar dinheiro para esse curso, montar a escola, não só para o pessoal da Abril, mas para o Brasil inteiro", disse. Ele foi pessoalmente ver como fazem "as melhores escolas do mundo": "Peguei dois professores da ESPM e fomos para os Estados Unidos visitar as quatro melhores faculdades de Jornalismo de nível de pós-graduação. Fazer perguntas, ver como é estruturado, currículo, professores, quanto custa e quanto cobram, as bolsas, enfim, o funcionamento da escola. Conhecemos, pelo menos, 60, 70 pessoas, dos reitores até os professores e os alunos. O que aprendemos, tanto para o curso como para ajudar a pensar, foi extraordinário. E eu me diverti como não fazia havia muito tempo. Foi melhor do que tirar férias... Se conseguirmos, abriremos no segundo semestre de 2010 ou no primeiro de 2011. Vai se chamar Escola Superior de Jornalismo ou algo assim".
Ou algo assim. Também soube que o Curso Abril, até agora destinado a estudantes de jornalismo, anunciou que qualquer universitário de qualquer tipo de profissão pode concorrer a uma vaga no Curso e na redação, na esteira da decisão do STF sobre a extinção do diploma.
Não entendi. Com zilhões de faculdades de jornalismo em SãoPaulo e no Brasil, mais uma.
E seguindo a idéia brilhante da Anhembi. Por que Civita não emprega seu $$$$ numa doação para a USP, por exemplo, aperfeiçoar a combalida pós em jornalismo, incentivar a pesquisa, como seus pares norteamericanos fazem?
Gostei muito dos comentários em blogs, antecipando a futura composição do corpo docente e a grade curricular.
Grade
Relativismo ético I e II
Distorções epistemológicas I, II e III
Introdução à marcenaria (para poder fazer cara-de-pau)
Prestidigitação
Introdução ao sofisma
Panorama da metodologia goebbeliana
Análise histórica do III Reich
Línguas estrangeiras (portunhol e embromation de preferência)
Introdução às artes cênicas (para poder representar o papel de justiceiro indignado)
TCC deve ser uma resenha prática dos filmes “A montanha dos sete abutres (Ace in the hole)” e “Mera coincidência (Wag the dog)”.
Reitor: Roberto Civitta
Diretora de RH: Lúcia Hippolito
Coordenador: Euripedes Alcantara
Professor de Ética Profissional: Diogo Mainardi
Sociologia Política: Renaldo Azevedo
Professor Convidado: Boris Casoy
Professor Convidado: Carlos Alberto Sardenberg
Professor Convidado: José Neumane Pinto
Professor Convidado: Alexandre Garcia
Professor Convidado: Ives Gandra Martins
Professor Convidado: Merval Pereira
Professora Convidada: Dora Kramer
Professora Convidada: Miriam Leitão
Professora Convidada: Eliane Cantanhede
Professora Convidada: Luciana Lobo
Professor Convidado: Gilmar Mendes
Patrono: Daniel Dantas
Especialização em Comunicação Jornalística e Publicitária. Diz lá, cândida e impunemente:
"As barreiras que separam a publicidade do jornalismo estão cada vez mais tênues. Ao mesmo tempo, os processos de produção, edição, veiculação e consumo de conteúdos jornalísticos e publicitários passaram por intensa reconfiguração nos últimos anos, já que as Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTICs) operam hoje em escala global.
Por isso, a especialização em Comunicação Jornalística e Publicitária foi desenvolvida para oferecer a possibilidade de situar o profissional nesse universo, ao mesmo tempo em que oferece suporte para a criação nesse campo
Diferenciais
Um curso inédito ao relacionar a discussão da convergência de dois temas em comunicação antagônicos em sua constituição: o jornalismo e a publicidade;
Programa
Módulo 1: Fundamentação Teórica
Convergência das mídias: Panorama de comunicaçãoLógica produtiva das empresas em ComunicaçãoPublicidade e Propaganda: convergências.Convergência das mídias e mercado de trabalho.Jornalismo e Publicidade: convergência "
A coordenadora é Mestre em Hospitalidade pela mesma universidade, seja lá o que isso signifique.
Ontem, li que Roberto Civita revelou que vai financiar, ainda este ano, a criação de uma escola de jornalismo em nível de pós-graduação, se bem entendi ( ou não) . A parceria está sendo montada com a Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Será destinada a jornalistas "no meio de sua vida profissional", com dez anos de experiência, para prepará-los para a segunda parte de suas carreiras. “"Vou dar dinheiro para esse curso, montar a escola, não só para o pessoal da Abril, mas para o Brasil inteiro", disse. Ele foi pessoalmente ver como fazem "as melhores escolas do mundo": "Peguei dois professores da ESPM e fomos para os Estados Unidos visitar as quatro melhores faculdades de Jornalismo de nível de pós-graduação. Fazer perguntas, ver como é estruturado, currículo, professores, quanto custa e quanto cobram, as bolsas, enfim, o funcionamento da escola. Conhecemos, pelo menos, 60, 70 pessoas, dos reitores até os professores e os alunos. O que aprendemos, tanto para o curso como para ajudar a pensar, foi extraordinário. E eu me diverti como não fazia havia muito tempo. Foi melhor do que tirar férias... Se conseguirmos, abriremos no segundo semestre de 2010 ou no primeiro de 2011. Vai se chamar Escola Superior de Jornalismo ou algo assim".
Ou algo assim. Também soube que o Curso Abril, até agora destinado a estudantes de jornalismo, anunciou que qualquer universitário de qualquer tipo de profissão pode concorrer a uma vaga no Curso e na redação, na esteira da decisão do STF sobre a extinção do diploma.
Não entendi. Com zilhões de faculdades de jornalismo em SãoPaulo e no Brasil, mais uma.
E seguindo a idéia brilhante da Anhembi. Por que Civita não emprega seu $$$$ numa doação para a USP, por exemplo, aperfeiçoar a combalida pós em jornalismo, incentivar a pesquisa, como seus pares norteamericanos fazem?
Gostei muito dos comentários em blogs, antecipando a futura composição do corpo docente e a grade curricular.
Grade
Relativismo ético I e II
Distorções epistemológicas I, II e III
Introdução à marcenaria (para poder fazer cara-de-pau)
Prestidigitação
Introdução ao sofisma
Panorama da metodologia goebbeliana
Análise histórica do III Reich
Línguas estrangeiras (portunhol e embromation de preferência)
Introdução às artes cênicas (para poder representar o papel de justiceiro indignado)
TCC deve ser uma resenha prática dos filmes “A montanha dos sete abutres (Ace in the hole)” e “Mera coincidência (Wag the dog)”.
Reitor: Roberto Civitta
Diretora de RH: Lúcia Hippolito
Coordenador: Euripedes Alcantara
Professor de Ética Profissional: Diogo Mainardi
Sociologia Política: Renaldo Azevedo
Professor Convidado: Boris Casoy
Professor Convidado: Carlos Alberto Sardenberg
Professor Convidado: José Neumane Pinto
Professor Convidado: Alexandre Garcia
Professor Convidado: Ives Gandra Martins
Professor Convidado: Merval Pereira
Professora Convidada: Dora Kramer
Professora Convidada: Miriam Leitão
Professora Convidada: Eliane Cantanhede
Professora Convidada: Luciana Lobo
Professor Convidado: Gilmar Mendes
Patrono: Daniel Dantas
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Dia de São Sebastião do Rio de Janeiro
Trecho do texto de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, cidadão carioca, na contracapa de Urubu.
"Dia velho, as asas aquecidas, o Jereba mergulha na piscina. Pé de serra, fim de baixada onde começa a ladeira e os contrafortes azulam na distância, o Jereba sobe na chaminé do dia. Urubupeba. As rêmiges das asas púmbleas, prata velha fosca, dedos de mão apalpando o vento, adivinhado tendências. Urubu Mestre. As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de ar quente emergentes da ravina. Tolo papagaio, tola pipa boiando no ar, não-querente, não desejo navegante, à deriva, à bubuia - pois sim! - preguiçoso atento dormindo na perna do vento. Esse sabe o que há de vir. Aquário do céu.
Teu canto imita o vento. Hisss... As asas agora curtas, sobraçando trilhos de ar, pacote negro compacto, bico cravado no vento, velocidade feita letal, muro de azul aço abstrato - e adeus viola que o mundo é meu.
Nas lentes dos olhos, a águia oculta y entrabas e salias por las cordilleras sin pasaporte. Urubu procurador. Urubu Achador. Que sabes do alto o que se esconde no chão da mata virgem e dos muitos perfumes que sobem do mundo.
Eterno vigia de um tempo imperecível. Guardião de dois absurdos.
Nos vetustos paredões de pedra, esculpidos pela millennia, dorme de perfil um urubu.
A vida era por um momento.
Não era dada. Era emprestada.
Tudo é testamento".
And by the way, suppose I give you this rose and you give me a kiss
"Dia velho, as asas aquecidas, o Jereba mergulha na piscina. Pé de serra, fim de baixada onde começa a ladeira e os contrafortes azulam na distância, o Jereba sobe na chaminé do dia. Urubupeba. As rêmiges das asas púmbleas, prata velha fosca, dedos de mão apalpando o vento, adivinhado tendências. Urubu Mestre. As grandes asas expandidas cavalgam as bolhas de ar quente emergentes da ravina. Tolo papagaio, tola pipa boiando no ar, não-querente, não desejo navegante, à deriva, à bubuia - pois sim! - preguiçoso atento dormindo na perna do vento. Esse sabe o que há de vir. Aquário do céu.
Teu canto imita o vento. Hisss... As asas agora curtas, sobraçando trilhos de ar, pacote negro compacto, bico cravado no vento, velocidade feita letal, muro de azul aço abstrato - e adeus viola que o mundo é meu.
Nas lentes dos olhos, a águia oculta y entrabas e salias por las cordilleras sin pasaporte. Urubu procurador. Urubu Achador. Que sabes do alto o que se esconde no chão da mata virgem e dos muitos perfumes que sobem do mundo.
Eterno vigia de um tempo imperecível. Guardião de dois absurdos.
Nos vetustos paredões de pedra, esculpidos pela millennia, dorme de perfil um urubu.
A vida era por um momento.
Não era dada. Era emprestada.
Tudo é testamento".
And by the way, suppose I give you this rose and you give me a kiss
Ministro pede esclarecimentos sobre PM em ato
No Estadão
Ministro questiona PMs em ato
●●●O ministro em exercício de Direitos Humanos,
Rogério Sottili, pediu esclarecimentos ao secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, sobre a presença de policiais militares em ato de apoio ao Programa de Direitos Humanos,realizado na semana passada na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Segundo Rose Nogueira,
Integrante do Grupo Tortura Nunca Mais e da
Diretoria do sindicato, dois policias chegaram a entrar no auditório onde se realizava o ato.“
Alegaram que cumpriam ordens superiores, mas não disseram de onde vinham”,
disse ela. O secretário paulista informou ontem,por meio de sua assessoria, que encaminhou o pedido de esclarecimento aos responsáveis
pela áreade segurança e aguarda as respostas. ● R.A.
Ministro questiona PMs em ato
●●●O ministro em exercício de Direitos Humanos,
Rogério Sottili, pediu esclarecimentos ao secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey, sobre a presença de policiais militares em ato de apoio ao Programa de Direitos Humanos,realizado na semana passada na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Segundo Rose Nogueira,
Integrante do Grupo Tortura Nunca Mais e da
Diretoria do sindicato, dois policias chegaram a entrar no auditório onde se realizava o ato.“
Alegaram que cumpriam ordens superiores, mas não disseram de onde vinham”,
disse ela. O secretário paulista informou ontem,por meio de sua assessoria, que encaminhou o pedido de esclarecimento aos responsáveis
pela áreade segurança e aguarda as respostas. ● R.A.
terça-feira, janeiro 19, 2010
PM no Sindicato dos Jornalistas: novos velhos tempos?
O Movimento Nacional de Direitos Humanos marcou a data de quinta-feira, 14 de janeiro, para a realização de atos em todo o país em defesa do PNDH-3, da criação Comissão da Verdade (e de suas atribuições), e do ministro Paulo Vannuchi. No Rio, no mesmo dia 14, a exibição do documentário de Silvio Tendler sobre Carlos Marighela e um debate relativo à Comissão da Verdade (PNDH 3 ), foram interrompidos pela polícia, que pediu para que o local fosse evacuado sob a falsa ameaça de uma bomba. Foi no auditório da Caixa Cultural, à Av. Almirante Barroso, 25. Saiu uma notinha de pé de página em O Globo.
Ainda no dia 14, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ( Rego Freitas, 530, sobreloja), transcorria o ato quando, segundo a diretora Rose Nogueira, “dois PMs entraram no auditório - invadindo mesmo - foram direto para um canto pequeno, onde fica o banheiro feminino. Corremos atrás, fotografamos e eles deram desculpas como "estamos procurando um amigo". Que amigo? Ficaram loucos? Eu estava na mesa, mas saí, fui atrás deles e um me disse: "só queremos participar da cerimônia". Respondi-lhe: "Então sente aí". Acabaram saindo e a repórter Lucia Rodrigues, da Caros Amigos, foi atrás.
Ainda no dia 14, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo ( Rego Freitas, 530, sobreloja), transcorria o ato quando, segundo a diretora Rose Nogueira, “dois PMs entraram no auditório - invadindo mesmo - foram direto para um canto pequeno, onde fica o banheiro feminino. Corremos atrás, fotografamos e eles deram desculpas como "estamos procurando um amigo". Que amigo? Ficaram loucos? Eu estava na mesa, mas saí, fui atrás deles e um me disse: "só queremos participar da cerimônia". Respondi-lhe: "Então sente aí". Acabaram saindo e a repórter Lucia Rodrigues, da Caros Amigos, foi atrás.
Segundo relato de Lucia Rodrigues, “o soldado Ricardo Lima disse que haviam recebido um e-mail solicitando a presença da PM no local. Perguntei quem havia passado esse e-mail. Ele respondeu que o sindicato havia solicitado”.
Ela não acreditou, insistiu “ para que ele entrasse em contato com o batalhão para saber quem de fato havia mandado a polícia para ali, ele começou a tentar contato pelo rádio. Como lá em cima não tinha sinal, ele disse se poderíamos descer e eu desci com eles. No saguão, mais dois soldados. O soldado J. Ferreira que comandava os outros militares ficou nervoso porque o Ricardo Lima tava tentando ligar para o batalhão a pedido meu.”
Ela não acreditou, insistiu “ para que ele entrasse em contato com o batalhão para saber quem de fato havia mandado a polícia para ali, ele começou a tentar contato pelo rádio. Como lá em cima não tinha sinal, ele disse se poderíamos descer e eu desci com eles. No saguão, mais dois soldados. O soldado J. Ferreira que comandava os outros militares ficou nervoso porque o Ricardo Lima tava tentando ligar para o batalhão a pedido meu.”
Ela começou a questionar o superior J. Ferrreira , quer epetiu o que o outro soldado havia dito. "Mandaram um e-mail solicitando a nossa presença.". Mais uma vez eu disse que essa informação era no minímo estranha .Questionei de quem partira a ordem para que eles viessem. "Mandaram a gente vir aqui dar apoio para vocês. A gente não tem acesso, cumpre ordens."
Lucia questionou o fato de eles estarem dentro de um prédio particular e terem entrado no sindicato sem serem convidados. “Ele reconheceu que realmente era estranho e essa era a primeira vez que isso estava acontecendo. Solicitei então que ele entrasse em contato com seu superior.
Ele ligou, falou com o tenente, mas a mesma história foi repetida. Solicitei então que o tenente viesse até a rua Rego Freitas para que me dissesse pessoalmente quem havia solicitado a presença da PM. Vieram o tenente Aurimar e o aspirante da PM Flávio. "É uma determinação para o patrulhamento da área. Eu não questionei a ordem", afirmou Aurimar. Eu solicitei então que ele entrasse em contato com o seu superior para saber quem solicitou a presença deles ali. Ele disse que era impossível saber porque quem poderia responder o meu questionamento havia saído às 19h.
Respondi que assim como nos plantões médicos os policiais que assumem o turno recebem as informações do turno anterior para saber o que está rolando. Solicitei portanto, que ele entrasse em contato com o superior de seu turno, porque obviamente essa informação exisitia. Ele começou a se irritar: "Não vou gastar meus créditos. Eu como militar não vou falar". Eu disse que não estava falando para ele ligar do seu celular, mas do seu rádio. Disse que essas informações deveriam estar no computador da PM e que se a corporação não estivesse informatizada, que em algum papel a informação deveria constar.
Respondi que assim como nos plantões médicos os policiais que assumem o turno recebem as informações do turno anterior para saber o que está rolando. Solicitei portanto, que ele entrasse em contato com o superior de seu turno, porque obviamente essa informação exisitia. Ele começou a se irritar: "Não vou gastar meus créditos. Eu como militar não vou falar". Eu disse que não estava falando para ele ligar do seu celular, mas do seu rádio. Disse que essas informações deveriam estar no computador da PM e que se a corporação não estivesse informatizada, que em algum papel a informação deveria constar.
Ele ficou mais bravo ainda. Disse que não ia mais conversar comigo e se dirigiu para o soldado afirmando: "Encerra o talão, vamos recolher". Disse que se eu quisesse mais informações que entrasse em contato com a PM (surreal, para dizer o mínimo). Pelo que os soldados haviam dito anteriomente eles pertencem ao 7º batalhão da PM, localizado na avenida Angélica, na zona oeste. Como eles haviam ido à tarde no sindicato e foram recebidos pelo diretor André, eles consideraram o André como o responsável pelo evento.
Depois conversei com o André que me contou que os recebeu em sua sala no Sindicato e inclusive deu o seu cartão para o PM que foi até o local. O André negou que o sindicato tenha solicitado a presença da PM. "O sargento veio perguntar se precisava de apoio. Foi na minha sala, dei meu cartão. Não tem e-mail nenhum", afirmou. Os quatro soldados que estiveram no prédio do Sindicato são: J. Ferreira, Ricardo Lima, Murilo e Vilares."
Segundo a jornalista Rose Nogueira, no ato na avenida Paulista, no dia 14, ao meio-dia, em frente ao escritório de representação do governo federal, “a PM interpelou nossos companheiros por duas vezes”. Um grande numero de PMs tambem foi visto, cerca de 19 horas do dia 14, na esquina da rua Rego Freitas, onde estava se realizando o ato.
Segundo a jornalista Rose Nogueira, no ato na avenida Paulista, no dia 14, ao meio-dia, em frente ao escritório de representação do governo federal, “a PM interpelou nossos companheiros por duas vezes”. Um grande numero de PMs tambem foi visto, cerca de 19 horas do dia 14, na esquina da rua Rego Freitas, onde estava se realizando o ato.
O Sindicato aguarda audiência com o Secretario de Segurança Pública de São Paulo.
segunda-feira, janeiro 18, 2010
Tuma gastou R$ 14 mil em hotel de cowboy
Do Congresso em Foco
E mandou a conta para o Senado.
O corregedor hospedou-se em resort de luxo em Barretos, durante a festa do Peão de Boiadeiro.
Conhecido como xerife do Senado, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) é um homem que não foge às origens. Fiel ao estilo que remete aos filmes de cowboy do velho oeste americano, Tuma passou os últimos dias de agosto num resort country que, segundo a propaganda, alia “conforto” e “rusticidade”, durante a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos (SP), a maior do gênero no país. Rápido no gatilho, o senador sacou a conta do bolso e a atirou para o contribuinte, que pagou R$ 14.127,00 pelos três dias de hospedagem no hotel sertanejo.
A nota fiscal, registrada com o número 51093 no Portal da Transparência do Senado, está incluída nos comprovantes dos R$ 20.945,70 ressarcidos ao senador apenas naquele mês para cobrir despesas com locomoção, hotel, restaurante, combustível e lubrificante. Só esse conjunto de despesa consumiu R$ 4,5 milhões dos R$ 10,7 milhões da chamada verba indenizatória, benefício mensal de R$ 15 mil a que têm direito os parlamentares para exercerem o mandato.
Corregedor da Casa há 15 anos, Romeu Tuma é responsável por comandar as investigações sobre os deslizes éticos dos senadores. O “xerife” Tuma, apelido que ganhou quando conduzia a Polícia Federal, confirma que se hospedou no resort country, mas diz que foi à cidade para trabalhar, e não para se divertir. “Sou uma espécie de padrinho da festa. Não fui por lazer. Foi uma atividade política. Tenho muita ligação com a cidade e a festa. Vou muito ao Hospital do Câncer de lá”, disse o senador ao Congresso em Foco.
domingo, janeiro 17, 2010
Jornalismo mauricinho
Este é o título que o ator e dramaturgo Mario Bortolotto deu ao seu post comentando a atuação da Folha de S. Paulo no seu caso. Como se lembram , ele foi baleado em um teatro na Praça Roosevelt em dezembro, quase morreu mas, duro na queda, está vivo e se recupera. Mário tem muitos amigos, que se preocuparam inclusive em não transformar em show o caso quando ele estava internado na Santa Casa, e isso é o que vale.
O jornalista chama a Praça Roosevelt de "submundo", e é onde funcionam companhias de teatro, que têm feito de tudo para, com sua arte, resgatar o lugar abandonado pelo poder público.
"Submundo é a redação da Folha", diz um comentarista do blog do Bortolotto.
Diz também que o prefeito e o governador estiveram no hospital, e que atenção especial da polícia está sendo dada ao caso. Bortoloto afirma que estava em coma quando da visitsa do governador, e que falou com o prefeito, mas não pediu nada, porque é um sujeito a quem os pais deram educação. "Que culpa eu tenho dessas visitas?" pergunta.
"Eu realmente estou um pouco estarrecido com o comportamento da Folha de São Paulo no que se refere ao trágico episódio que aconteceu comigo e que já é do conhecimento de todos (pelo menos dos que freqüentam esse blog). Uma pá de jornalistas ficou no meu pé assim que saí da UTI no afã de conseguirem a primeira declaração minha sobre o ocorrido. Eu me neguei a atender quem quer que fosse por vários motivos.
Porque estava muito cansado (entendam que levei três tiros e ainda quebrei o braço esquerdo tendo que me submeter a duas cirurgias sendo que uma delas durou 9 horas – quer dizer, fiquei mesmo entre a vida e a morte e segundo me disseram, muito mais pra lá do que pra cá), entupido de remédios, o que me dificultava o pleno entendimento do que estava acontecendo e em terceiro lugar, não tinha o menor interesse que a imprensa fizesse um freak-show dessa história toda (muito dolorida pra minha família e pros meus amigos).
Não quero ser conhecido como o Dramaturgo que reagiu a um assalto e levou três tiros. Quero sim ser conhecido como o Dramaturgo que escreveu mais de 50 peças e que trabalha exaustivamente não só como escritor, mas também como diretor, ator, sonoplasta, iluminador, e que ainda encontra tempo pra cantar numa banda de rock. É pelo meu trabalho que quero ser lembrado quando estiver bebendo em algum boteco do céu, e não porque reagi a um assalto e levei três tiros.
Então não tinha o menor interesse de dar entrevista nenhuma. E evitei o máximo que pude. O jornalista Lucas Neves da Folha (Ilustrada) me procurou e eu disse pra ele esperar, que ia dar entrevista pra ele e pro Estadão no mesmo dia, sem procurar privilegiar nenhum dos dois. Afinal o Estadão tem dois jornalistas que são meus amigos e pra quem eu jamais recusaria qualquer declaração: Beth Néspoli que acompanha o meu trabalho com a maior atenção desde 1.997, inclusive às vezes fazendo críticas que eu discordo e com quem inclusive me sinto à vontade pra discutir essas criticas e o Jotabê Medeiros que é simplesmente meu amigo de juventude, de jogar futebol juntos e de namorar a melhor amiga da minha namorada. Pra vocês terem uma idéia, o Jotabê foi o primeiro cara que escreveu uma crítica de peça minha no jornal, isso quando ele era ainda estudante do curso de Comunicação Social na UEL (Universidade estadual de Londrina). Não tinha como negar entrevista pra nenhum deles.
Então combinei com o Lucas Neves que iria dar entrevista pra ele no mesmo dia que concedesse a entrevista pro Caderno 2. Esperei o Jotabê marcar o dia que ele queria, e ficou decidido que seria quarta-feira da próxima semana (dia 20/01). O Lucas se dizia pressionado pela editoria da Ilustrada que fazia questão de soltar a matéria primeiro e com exclusividade. Respondi que não tinha nada a ver com isso e que só daria a entrevista no mesmo dia do Estadão. Eu não tava interessado em dar entrevista. Ele é que tava a fim de me entrevistar.
Engraçado que quando a gente estréia alguma peça e precisa de divulgação, é o mó trampo pra conseguir uma matéria.
Aí se instaurou a fogueira das vaidades. Mauricio Stycer do Caderno Cotidiano da Folha me telefonou querendo uma entrevista. Bem, Me recusei, pedindo pra ele esperar e que talvez mais pra frente a gente pudesse conversar (eu já tava comprometido com o Lucas e o Jotabê e sequer conheço o Mauricio Stycer. Não via nenhum motivo pra dar entrevista pra ele, ainda mais na frente dos outros dois. Até concederia uma entrevista pra ele, desde que ele tivesse um pouco de paciência), o que deixou o Mauricio bem irritado.
Aí uma jornalista do Globo on line me ligou e conversou rapidamente comigo por telefone (não foi exatamente uma entrevista – respondi quatro perguntas informalmente pra ela por telefone). Foi o suficiente pro Mauricinho Stycer ficar ainda mais puto comigo (parece que ele não conseguiu falar comigo depois).
Foi aí que a Folha de São Paulo começou a me ferrar com todo o poder que eles detém. Primeiro soltaram uma matéria podre no dia 14 de janeiro (“Bortolotto faz de blog palco para falar de crime”), não assinada onde eles simplesmente copiaram trechos de textos que escrevi no blog. E qualquer estudante do primeiro ano de jornalismo sabe que excertos de um texto fora de contexto podem prejudicar e muito o real entendimento do pensamento do autor. Mas foi exatamente o que eles fizeram. No final da matéria escreveram: “Procurado pela Folha, Bortolotto não deu entrevista”.
Leia mais
O jornalista chama a Praça Roosevelt de "submundo", e é onde funcionam companhias de teatro, que têm feito de tudo para, com sua arte, resgatar o lugar abandonado pelo poder público.
"Submundo é a redação da Folha", diz um comentarista do blog do Bortolotto.
Diz também que o prefeito e o governador estiveram no hospital, e que atenção especial da polícia está sendo dada ao caso. Bortoloto afirma que estava em coma quando da visitsa do governador, e que falou com o prefeito, mas não pediu nada, porque é um sujeito a quem os pais deram educação. "Que culpa eu tenho dessas visitas?" pergunta.
"Eu realmente estou um pouco estarrecido com o comportamento da Folha de São Paulo no que se refere ao trágico episódio que aconteceu comigo e que já é do conhecimento de todos (pelo menos dos que freqüentam esse blog). Uma pá de jornalistas ficou no meu pé assim que saí da UTI no afã de conseguirem a primeira declaração minha sobre o ocorrido. Eu me neguei a atender quem quer que fosse por vários motivos.
Porque estava muito cansado (entendam que levei três tiros e ainda quebrei o braço esquerdo tendo que me submeter a duas cirurgias sendo que uma delas durou 9 horas – quer dizer, fiquei mesmo entre a vida e a morte e segundo me disseram, muito mais pra lá do que pra cá), entupido de remédios, o que me dificultava o pleno entendimento do que estava acontecendo e em terceiro lugar, não tinha o menor interesse que a imprensa fizesse um freak-show dessa história toda (muito dolorida pra minha família e pros meus amigos).
Não quero ser conhecido como o Dramaturgo que reagiu a um assalto e levou três tiros. Quero sim ser conhecido como o Dramaturgo que escreveu mais de 50 peças e que trabalha exaustivamente não só como escritor, mas também como diretor, ator, sonoplasta, iluminador, e que ainda encontra tempo pra cantar numa banda de rock. É pelo meu trabalho que quero ser lembrado quando estiver bebendo em algum boteco do céu, e não porque reagi a um assalto e levei três tiros.
Então não tinha o menor interesse de dar entrevista nenhuma. E evitei o máximo que pude. O jornalista Lucas Neves da Folha (Ilustrada) me procurou e eu disse pra ele esperar, que ia dar entrevista pra ele e pro Estadão no mesmo dia, sem procurar privilegiar nenhum dos dois. Afinal o Estadão tem dois jornalistas que são meus amigos e pra quem eu jamais recusaria qualquer declaração: Beth Néspoli que acompanha o meu trabalho com a maior atenção desde 1.997, inclusive às vezes fazendo críticas que eu discordo e com quem inclusive me sinto à vontade pra discutir essas criticas e o Jotabê Medeiros que é simplesmente meu amigo de juventude, de jogar futebol juntos e de namorar a melhor amiga da minha namorada. Pra vocês terem uma idéia, o Jotabê foi o primeiro cara que escreveu uma crítica de peça minha no jornal, isso quando ele era ainda estudante do curso de Comunicação Social na UEL (Universidade estadual de Londrina). Não tinha como negar entrevista pra nenhum deles.
Então combinei com o Lucas Neves que iria dar entrevista pra ele no mesmo dia que concedesse a entrevista pro Caderno 2. Esperei o Jotabê marcar o dia que ele queria, e ficou decidido que seria quarta-feira da próxima semana (dia 20/01). O Lucas se dizia pressionado pela editoria da Ilustrada que fazia questão de soltar a matéria primeiro e com exclusividade. Respondi que não tinha nada a ver com isso e que só daria a entrevista no mesmo dia do Estadão. Eu não tava interessado em dar entrevista. Ele é que tava a fim de me entrevistar.
Engraçado que quando a gente estréia alguma peça e precisa de divulgação, é o mó trampo pra conseguir uma matéria.
Aí se instaurou a fogueira das vaidades. Mauricio Stycer do Caderno Cotidiano da Folha me telefonou querendo uma entrevista. Bem, Me recusei, pedindo pra ele esperar e que talvez mais pra frente a gente pudesse conversar (eu já tava comprometido com o Lucas e o Jotabê e sequer conheço o Mauricio Stycer. Não via nenhum motivo pra dar entrevista pra ele, ainda mais na frente dos outros dois. Até concederia uma entrevista pra ele, desde que ele tivesse um pouco de paciência), o que deixou o Mauricio bem irritado.
Aí uma jornalista do Globo on line me ligou e conversou rapidamente comigo por telefone (não foi exatamente uma entrevista – respondi quatro perguntas informalmente pra ela por telefone). Foi o suficiente pro Mauricinho Stycer ficar ainda mais puto comigo (parece que ele não conseguiu falar comigo depois).
Foi aí que a Folha de São Paulo começou a me ferrar com todo o poder que eles detém. Primeiro soltaram uma matéria podre no dia 14 de janeiro (“Bortolotto faz de blog palco para falar de crime”), não assinada onde eles simplesmente copiaram trechos de textos que escrevi no blog. E qualquer estudante do primeiro ano de jornalismo sabe que excertos de um texto fora de contexto podem prejudicar e muito o real entendimento do pensamento do autor. Mas foi exatamente o que eles fizeram. No final da matéria escreveram: “Procurado pela Folha, Bortolotto não deu entrevista”.
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sábado, janeiro 16, 2010
"Nosso mal, para curar, precisa piorar"
Existir um país em condições de extrema miséria como o Haiti me pareceu sempre um atestado de falência da civilização ocidental.
Assim como muitos países da África, continente para o qual sempre me pareceu que há um plano de extinção programado há tempos, por parte dos poderosos do ocidente.
E tantos exemplos outros.
Ajuda humanitária, nada mais que um dever da espécie humana, sempre se verifica em tragédias. Mas as ditaduras por lá, que simplesmente devastaram as instituições, nunca foram combatidas pelos donos do mundo, sempre tão preocupados em defender a "democracia" quando há interesses econômicos em jogo.
"Nosso mal, para curar, precisa antes piorar"(...)
"Aqui é um lugar de desamor"(...)
"Ó escuro escuro escuro. Todos mergulham no escuro
Nos vazios espaços interestelares, no vazio que o vazio inunda,
Capitães, banqueiros, eminentes homens de letras,
Generosos mecenas das artes, estadistas e governantes,
Ilustres funcionários públicos, presidentes de vários comitês,
Magnatas da indústria e pequenos empreiteiros
todos mergulham no escuro"
( T.S. Elliot, Quatro Quartetos, 1943, tradução Ivan Junqueira)
Assim como muitos países da África, continente para o qual sempre me pareceu que há um plano de extinção programado há tempos, por parte dos poderosos do ocidente.
E tantos exemplos outros.
Ajuda humanitária, nada mais que um dever da espécie humana, sempre se verifica em tragédias. Mas as ditaduras por lá, que simplesmente devastaram as instituições, nunca foram combatidas pelos donos do mundo, sempre tão preocupados em defender a "democracia" quando há interesses econômicos em jogo.
"Nosso mal, para curar, precisa antes piorar"(...)
"Aqui é um lugar de desamor"(...)
"Ó escuro escuro escuro. Todos mergulham no escuro
Nos vazios espaços interestelares, no vazio que o vazio inunda,
Capitães, banqueiros, eminentes homens de letras,
Generosos mecenas das artes, estadistas e governantes,
Ilustres funcionários públicos, presidentes de vários comitês,
Magnatas da indústria e pequenos empreiteiros
todos mergulham no escuro"
( T.S. Elliot, Quatro Quartetos, 1943, tradução Ivan Junqueira)
sexta-feira, janeiro 15, 2010
hippolito e lolito ao cair da tarde (atualizado)
Essa rodou a internet hoje,blogs de norte a sul, sudeste , noroeste, etc. eu pesquisei.Mas para uma sexta vale a pena reprisar. Acho que o nosso Saci Pererê, salvo da inundação do Paraitinga, anda vazando áudios pelas emissoras de tevê (Casoy/ Band, cônsul do Haiti/ SBT) e fazendo da suas pra trazer a verdadeira personalidade de alguns "jornalistas" à tona.
Pra quem ainda não viu, vai lá.
A tentativa de comentário foi ar ar na noitinha de quarta, 13, pela CBN, a rádio que troca notícia. A sra Lucia Hippólito, uma das pontas de lança do chamado PIG, bem que tentou comentar o decreto do presidente Lula que cria a Comissão da Verdade. Mas a língua e o raciocínio enrolavam, até que o locutor Roberto Nonato, que ela chamou de Lolito, disse que a ligação estava ruim e ela concordou, "sim, o telefone tá piscando".
Devia ser uma happy hour bem calibrada na casa da eminente socióloga travestida de jornalista. Rolou de ela ter se embebedado un poquito, quizás?
kkkkkkkkkkkkkkk, e a gente rola de rir, inclusive Cloaca News mancheteia, otimista: "Globo passará a fazer teste do bafômetro em seus comentaristas"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Hoje, à mesma hora, entrou Lolito novamente chamando Hipólito, sobre o mesmo assunto.Desta vez foi nos conformes.
Como? Se ela não foi demitida?
Como? Se fôsse um contínuo bebendo em horário de trabalho, dançaria?
Como? Se não fosse uma funcionária com tantos serviços prestados, idem?
Ora, minha gente, cada pergunta difícil, o mundo e o jornalismo são mesmo assim, coisas da "natureza humana", né mess? Cheers!
No dia seguinte,hippolito explicou no seu blog que sofreu uma cólica intestinal de origem desconhecida.
Quanto tempo dura
Pra quem ainda não viu, vai lá.
A tentativa de comentário foi ar ar na noitinha de quarta, 13, pela CBN, a rádio que troca notícia. A sra Lucia Hippólito, uma das pontas de lança do chamado PIG, bem que tentou comentar o decreto do presidente Lula que cria a Comissão da Verdade. Mas a língua e o raciocínio enrolavam, até que o locutor Roberto Nonato, que ela chamou de Lolito, disse que a ligação estava ruim e ela concordou, "sim, o telefone tá piscando".
Devia ser uma happy hour bem calibrada na casa da eminente socióloga travestida de jornalista. Rolou de ela ter se embebedado un poquito, quizás?
kkkkkkkkkkkkkkk, e a gente rola de rir, inclusive Cloaca News mancheteia, otimista: "Globo passará a fazer teste do bafômetro em seus comentaristas"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Hoje, à mesma hora, entrou Lolito novamente chamando Hipólito, sobre o mesmo assunto.Desta vez foi nos conformes.
Como? Se ela não foi demitida?
Como? Se fôsse um contínuo bebendo em horário de trabalho, dançaria?
Como? Se não fosse uma funcionária com tantos serviços prestados, idem?
Ora, minha gente, cada pergunta difícil, o mundo e o jornalismo são mesmo assim, coisas da "natureza humana", né mess? Cheers!
No dia seguinte,hippolito explicou no seu blog que sofreu uma cólica intestinal de origem desconhecida.
Quanto tempo dura
Haiti
Carlos Barria/Reuters
"O épico e o trágico na história do Haiti", é exelente artigo de Jacob Gorender na revista Estudos Avançados, de 2004, onde resenha o livro Os Jacobinos Negros, de C.L.R James.
Alguns trechos:
"No início do século XIX, o Haiti era a colônia mais produtiva das Américas e a primeira a conquistar a Independência nacional, em 1804. Como explicar então que não tenha tido uma trajetória progressista, mas, ao contrário, se tornasse o país mais pobre do continente, talvez um dos mais pobres do mundo?"
"A ilha fora descoberta por Colombo, já na primeira viagem à América, e ele a denominou de Hispaniola. Os nativos foram completamente exterminados no processo da colonização européia. O meio milhão de escravos negros, que labutavam nas plantagens e nos engenhos, era dominado por trinta mil brancos, incluindo os proprietários e seus
auxiliares (feitores, técnicos, vigilantes etc.)'.
"As dificuldades do Haiti não se deveram, com o passar do tempo, somente ao domínio da agricultura de subsistência e à ausência de perspectivas econômicas mais elevadas. Deveram-se também, e não menos, à quarentena, que lhe impuseram até mesmo as nações latino-americanas recém-emancipadas. Quando exilado, Simon Bolivar encontrou abrigo no Haiti, onde recebeu de Pétion proteção, ajuda financeira, dinheiro, armas e até uma prensa tipográfica. No entanto, Simon Bolivar excluiu o Haiti dos países latino-americanos convidados à Conferência do Panamá, em 1826. O isolamento internacional acentuou o atraso e agravou as dificuldades históricas, após uma das mais heróicas lutas emancipadoras do hemisfério ocidental".
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Alguns trechos:
"No início do século XIX, o Haiti era a colônia mais produtiva das Américas e a primeira a conquistar a Independência nacional, em 1804. Como explicar então que não tenha tido uma trajetória progressista, mas, ao contrário, se tornasse o país mais pobre do continente, talvez um dos mais pobres do mundo?"
"A ilha fora descoberta por Colombo, já na primeira viagem à América, e ele a denominou de Hispaniola. Os nativos foram completamente exterminados no processo da colonização européia. O meio milhão de escravos negros, que labutavam nas plantagens e nos engenhos, era dominado por trinta mil brancos, incluindo os proprietários e seus
auxiliares (feitores, técnicos, vigilantes etc.)'.
"As dificuldades do Haiti não se deveram, com o passar do tempo, somente ao domínio da agricultura de subsistência e à ausência de perspectivas econômicas mais elevadas. Deveram-se também, e não menos, à quarentena, que lhe impuseram até mesmo as nações latino-americanas recém-emancipadas. Quando exilado, Simon Bolivar encontrou abrigo no Haiti, onde recebeu de Pétion proteção, ajuda financeira, dinheiro, armas e até uma prensa tipográfica. No entanto, Simon Bolivar excluiu o Haiti dos países latino-americanos convidados à Conferência do Panamá, em 1826. O isolamento internacional acentuou o atraso e agravou as dificuldades históricas, após uma das mais heróicas lutas emancipadoras do hemisfério ocidental".
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quinta-feira, janeiro 14, 2010
Em defesa da democracia, dos direitos humanos e da verdade
Este é um trecho de nota pública dilvulgada pelas entidades e militantes dos Direitos Humanos e da Democracia de São Paulo-SP, que se juntam ao Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), rede que reúne cerca de 400 organizações de direitos humanos de todo o Brasil, "para manifestar publicamente seu repúdio às muitas inverdades e posições contrárias ao III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), e seu apoio integral a este Programa lançado pelo Governo Federal no dia 21 de dezembro de 2009".
Existe um abaixo-assinado de adesão a esta posição em
http://www.petitiononline.com/pndh31/petition.html
Segue o trecho:
"Juntamente ao MNDH, ainda que explicitando alguns outros detalhes que envolvem a integralidade do PNDH 3, nós, organizações, movimentos e militantes de São Paulo, entendemos que as reações veiculadas pela grande mídia comercial, com origem, em sua maioria, nos mesmos setores conservadores de sempre, devem ser tomadas como expressão de que o Programa tocou em temas fundamentais e substantivos, que fazem com que caia a máscara anti-democrática destes setores.
Estas posições põem em evidência para toda a sociedade as posturas refratárias aos direitos humanos, ainda lamentavelmente tão disseminadas, e que se manifestam no patrimonialismo – que quer o Estado exclusivamente a serviço de interesses dos setores privados; no apego à propriedade privada – sem que seja cumprida a exigência constitucional de que ela cumpra sua função social;
no revanchismo de setores civis e militares – que insistem em ocultar a verdade sobre o período da ditadura militar e em inviabilizar a memória como bem público e direito individual e coletivo; na permanência da tortura – mesmo que condenada pela lei; na impunidade – que livra “colarinhos brancos” e condena “ladrões de margarina”; no patriarcalismo – que violenta crianças e adolescentes, e serve de alicerce para o machismo – que mantém a violência contra a mulher e sua submissão a uma ordem que lhes subtrai o direito de decisão sobre seu próprio corpo (como o direito ao aborto), lhes impõe salários sempre menores que os dos homens, ou a situações de violência em sua própria casa;
no racismo – que discrimina negros, indígenas, ciganos e outros grupos sociais; nas discriminações contra outras orientações sexuais que não sejam apenas a heterossexualidade (considerada o único padrão de “normalidade” em termos sexuais) – estigmatizando a homossexualidade (masculina ou feminina), a bissexualidade, os travestis ou transexuais, e todas as demais manifestações de homoafetividade – o que impede o reconhecimento dos casamentos, ligações e constituição de famílias fora das “normas” (atualizadas ou não) do velho patriarcado supostamente sempre heterossexual, monogâmico e monândrico; na falta de abertura para a liberdade e diversidade religiosa – que impede o cumprimento do preceito constitucional da laicidade do Estado; no elitismo – que se traduz na persistência da desigualdade em nosso País como uma das piores do mundo e, enfim, na criminalização da juventude e da pobreza, e na desmoralização e criminalização de movimentos sociais e de defensores de direitos humanos."
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Existe um abaixo-assinado de adesão a esta posição em
http://www.petitiononline.com/pndh31/petition.html
Segue o trecho:
"Juntamente ao MNDH, ainda que explicitando alguns outros detalhes que envolvem a integralidade do PNDH 3, nós, organizações, movimentos e militantes de São Paulo, entendemos que as reações veiculadas pela grande mídia comercial, com origem, em sua maioria, nos mesmos setores conservadores de sempre, devem ser tomadas como expressão de que o Programa tocou em temas fundamentais e substantivos, que fazem com que caia a máscara anti-democrática destes setores.
Estas posições põem em evidência para toda a sociedade as posturas refratárias aos direitos humanos, ainda lamentavelmente tão disseminadas, e que se manifestam no patrimonialismo – que quer o Estado exclusivamente a serviço de interesses dos setores privados; no apego à propriedade privada – sem que seja cumprida a exigência constitucional de que ela cumpra sua função social;
no revanchismo de setores civis e militares – que insistem em ocultar a verdade sobre o período da ditadura militar e em inviabilizar a memória como bem público e direito individual e coletivo; na permanência da tortura – mesmo que condenada pela lei; na impunidade – que livra “colarinhos brancos” e condena “ladrões de margarina”; no patriarcalismo – que violenta crianças e adolescentes, e serve de alicerce para o machismo – que mantém a violência contra a mulher e sua submissão a uma ordem que lhes subtrai o direito de decisão sobre seu próprio corpo (como o direito ao aborto), lhes impõe salários sempre menores que os dos homens, ou a situações de violência em sua própria casa;
no racismo – que discrimina negros, indígenas, ciganos e outros grupos sociais; nas discriminações contra outras orientações sexuais que não sejam apenas a heterossexualidade (considerada o único padrão de “normalidade” em termos sexuais) – estigmatizando a homossexualidade (masculina ou feminina), a bissexualidade, os travestis ou transexuais, e todas as demais manifestações de homoafetividade – o que impede o reconhecimento dos casamentos, ligações e constituição de famílias fora das “normas” (atualizadas ou não) do velho patriarcado supostamente sempre heterossexual, monogâmico e monândrico; na falta de abertura para a liberdade e diversidade religiosa – que impede o cumprimento do preceito constitucional da laicidade do Estado; no elitismo – que se traduz na persistência da desigualdade em nosso País como uma das piores do mundo e, enfim, na criminalização da juventude e da pobreza, e na desmoralização e criminalização de movimentos sociais e de defensores de direitos humanos."
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quarta-feira, janeiro 13, 2010
terça-feira, janeiro 12, 2010
Da série adeus às ilusões-1
Millor Fernandes, autointitulado o guru do Méier é um gênio, todos dizem. De longa permanência na imprensa, vasto e importante currículo, já gostei muito. Com o tempo, me cansei do machismo explícito, tão corrente na geração dele que ninguém reparava. Hoje o machismo continua corrente na sociedade, mas ao menos muitos (as) notam.
Há tempos não o acompanho.
Também sempre admirei o fato de ele dizer que cobrava quanto queria por seu trabalho e nunca teve problemas de desemprego. Que sorte!
Tem grandes lances, tem estilo- embora um de seus bordões fosse “enfim um escritor sem estilo”, e tal. Há muito tempo não leio Veja, mas sei que ele ficou lá por anos.
Não entendi.
Ouvi dizer que saiu de lá e entrou com processo, pois a revista queria manter seu trabalho na edição online.
Acabo de saber que está no Twitter que, dizem, é uma resposta mais sofisticada e sensível às pessoas que têm pruridos com o Orkut, mais massivo e popular. Dei uma olhada e vi que, entre as pessoas e entidades que Millor segue, estão:
Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Lauro Jardim, Barbara Gancia, o site de Veja, William Bonner, CQC, Casseta& Planeta, Ancelmo Gois.
Então, finalmente, entendi.
Acabo de saber que está no Twitter que, dizem, é uma resposta mais sofisticada e sensível às pessoas que têm pruridos com o Orkut, mais massivo e popular. Dei uma olhada e vi que, entre as pessoas e entidades que Millor segue, estão:
Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Lauro Jardim, Barbara Gancia, o site de Veja, William Bonner, CQC, Casseta& Planeta, Ancelmo Gois.
Então, finalmente, entendi.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
O fim da civilização ocidental-1
Gostei muito da série de posts que alguns simpáticos blogs cariocas, como o Buteco do Edu, tem colocado com este título sugestivo. Adotei, e vou juntar duas notas do citado blog, embora não com esse título, mas achei apropíadissimo.
1-De O Globo, 24.12.2009
Jantar nas alturas
Jantar nas alturas
2-Da coluna de Ancelmo Gois, O Globo, 4.1.2010
domingo, janeiro 10, 2010
Gimme Shelter, outubro 2009
Mick, Fergie, Bono, Will.i.am
Oh, a storm is threat'ning Uma tempestade está ameaçando
My very life today Minha própria vida hoje
If I don't get some shelter Se eu não arrumar algum abrigo
Oh yeah, I'm gonna fade away Oh yeah, Vou esmorecer
Guerra, crianças, está a um tiro de distância
War, children, it's just a shot away Está a um tiro de distância
Oh, see the fire is sweepin' Ooh, veja o fogo varrendo
Our very street today A nossa rua hoje
Burns like a red coal carpet Queima como um tapete vermelho de carvão
Mad bull lost its way Touros enfurecidos que perderam sua direção
Guerra, crianças, está a um tiro de distância
War, children, it's just a shot away Está a um tiro de distância
Rape, murder! Estupro, assassinato!
It's just a shot away Está a um tiro de distância
The floods is threat'ning My very life today
Gimme, gimme shelter
Or I'm gonna fade away
War, children, it's just a shot away A enchente está ameaçando
It's just a shot away (4x) Minha própria vida hoje
Dê-me, dê-me abrigo
Ou vou esmorecer
I tell you love, sister, it's just a kiss away
Eu lhe digo amor, irmã
Está apenas a um beijo de distância
Um beijo de distância
E Bob Dylan
que tiraram do ar, dançou, direto autoral né? tá
Oh, a storm is threat'ning Uma tempestade está ameaçando
My very life today Minha própria vida hoje
If I don't get some shelter Se eu não arrumar algum abrigo
Oh yeah, I'm gonna fade away Oh yeah, Vou esmorecer
Guerra, crianças, está a um tiro de distância
War, children, it's just a shot away Está a um tiro de distância
Oh, see the fire is sweepin' Ooh, veja o fogo varrendo
Our very street today A nossa rua hoje
Burns like a red coal carpet Queima como um tapete vermelho de carvão
Mad bull lost its way Touros enfurecidos que perderam sua direção
Guerra, crianças, está a um tiro de distância
War, children, it's just a shot away Está a um tiro de distância
Rape, murder! Estupro, assassinato!
It's just a shot away Está a um tiro de distância
The floods is threat'ning My very life today
Gimme, gimme shelter
Or I'm gonna fade away
War, children, it's just a shot away A enchente está ameaçando
It's just a shot away (4x) Minha própria vida hoje
Dê-me, dê-me abrigo
Ou vou esmorecer
I tell you love, sister, it's just a kiss away
Eu lhe digo amor, irmã
Está apenas a um beijo de distância
Um beijo de distância
E Bob Dylan
que tiraram do ar, dançou, direto autoral né? tá
sábado, janeiro 09, 2010
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Modrian e a teoria
Piet Mondrian, The red tree,c.1909. Oil on canvas. 27 3/8" x 39". Gemeentemuseum, the Hague, Netherlands.
Eric Ponty
Uma maça não cai
da macieira
horizontal oposta
porque a lei da gravidade
determinou.
Uma maça cai
da macieira
porque estivesse
madura.
Um poema não se faz
da lei da gramatica
determina.
Um poema não se faz
poesia
porque o acadêmico
determina ou
linhas gerais do partido
do icto determinam
talvez estivesse
madura na concepção .
Eric Ponty
Uma maça não cai
da macieira
horizontal oposta
porque a lei da gravidade
determinou.
Uma maça cai
da macieira
porque estivesse
madura.
Um poema não se faz
da lei da gramatica
determina.
Um poema não se faz
poesia
porque o acadêmico
determina ou
linhas gerais do partido
do icto determinam
talvez estivesse
madura na concepção .
quinta-feira, janeiro 07, 2010
São Luiz do Paraitinga é um cenário de guerra
Do jornalista, geógrafo e amigo da cidade Mouzar Benedito
"Estive em São Luís do Paraitinga na segunda-feira, dia 4. É um cenário de guerra. Parece um filme daqueles catastróficos.
Fora as casas derrubadas, como se tivessem sido bombardeadas, havia muita gente pasma, depois de perder tudo o que tinha. Ninguém acreditava que a água podia subir tanto. De repente tiveram que sair depressa, com água no joelho, sem tempo de pegar nada. Era preciso subir o morro e ficar em lugar seguro. Muitos amigos ficaram com a roupa do corpo. Mas não tem faltado solidariedade. No tempo em que fiquei lá tentando entrar na cidade com amigos, levando roupas e alimentos, e a Defesa “Civil” impedindo, chegavam (e eram barradas) muitas pessoas de outras cidades, com sacolas de comida e roupa. De vez em quando chegava uma caminhonete com água, leite, material de limpeza etc. e também tinha que parar. Algumas coisas eram colocadas em caminhonetes de pessoas que podiam entrar na cidade e levadas para as pessoas.
O motivo da proibição de entrar lá nem a pé era que um poste ameaçava cair sobre a ponte – único meio de acesso atualmente – e atingir alguém. E também a parede de um casarão podia desabar logo depois da ponte. Estranho era que autoridades passavam direto por ali. Será que poste não cai em cabeça de autoridade?
Apesar de tudo, das perdas e do trauma, a população parece disposta a reconstruir a cidade e suas vidas. Mas é preciso identificar as causas de uma enchente tão volumosa. Em 1996 houve uma – até antes desta última, recordista – em que a água chegou até a praça, mas não destruiu nada. Depois, ficou-se sabendo que uma represa abriu as comportas sem avisar ninguém.
Agora, uma enchente dezenas de vezes maior, a imprensa não procura saber as causas, fica tudo por conta da chuva. Será que não houve sangramento de represas? Será que a monocultura do eucalipto não tem nada com isso? Lá, em vez de fazer curvas de nível, as plantações de eucalipto fazem uma rua morro abaixo, de maneira que a água que cai corre toda para baixo, levando barro e nutrientes da terra. E tem a ocupação exagerada de certas margens.
Finalmente quero dizer que ouvi muita gente e todos disseram a mesma coisa: é mentira que o governo do estado está presente lá desde o início. Os bombeiros chegaram muito tarde, com um único bote inflável motorizado, demoraram horas para inflar e depois perceberam que não levaram combustível. Fizeram só duas viagens, enquanto os rapazes do rafting tiravam as pessoas da enchente em botes a remos. Todos dizem que se não fossem eles – e portanto se dependesse do governo do estado – haveria umas 400 mortes.
Defesa Civil, bombeiros e militares, segundo disseram, têm cometido muitas trapalhadas. Ainda sobra ironia para alguns moradores dizerem quando eles se aproximam: “Lá vêm os Trapalhões”.
"Estive em São Luís do Paraitinga na segunda-feira, dia 4. É um cenário de guerra. Parece um filme daqueles catastróficos.
Fora as casas derrubadas, como se tivessem sido bombardeadas, havia muita gente pasma, depois de perder tudo o que tinha. Ninguém acreditava que a água podia subir tanto. De repente tiveram que sair depressa, com água no joelho, sem tempo de pegar nada. Era preciso subir o morro e ficar em lugar seguro. Muitos amigos ficaram com a roupa do corpo. Mas não tem faltado solidariedade. No tempo em que fiquei lá tentando entrar na cidade com amigos, levando roupas e alimentos, e a Defesa “Civil” impedindo, chegavam (e eram barradas) muitas pessoas de outras cidades, com sacolas de comida e roupa. De vez em quando chegava uma caminhonete com água, leite, material de limpeza etc. e também tinha que parar. Algumas coisas eram colocadas em caminhonetes de pessoas que podiam entrar na cidade e levadas para as pessoas.
O motivo da proibição de entrar lá nem a pé era que um poste ameaçava cair sobre a ponte – único meio de acesso atualmente – e atingir alguém. E também a parede de um casarão podia desabar logo depois da ponte. Estranho era que autoridades passavam direto por ali. Será que poste não cai em cabeça de autoridade?
Apesar de tudo, das perdas e do trauma, a população parece disposta a reconstruir a cidade e suas vidas. Mas é preciso identificar as causas de uma enchente tão volumosa. Em 1996 houve uma – até antes desta última, recordista – em que a água chegou até a praça, mas não destruiu nada. Depois, ficou-se sabendo que uma represa abriu as comportas sem avisar ninguém.
Agora, uma enchente dezenas de vezes maior, a imprensa não procura saber as causas, fica tudo por conta da chuva. Será que não houve sangramento de represas? Será que a monocultura do eucalipto não tem nada com isso? Lá, em vez de fazer curvas de nível, as plantações de eucalipto fazem uma rua morro abaixo, de maneira que a água que cai corre toda para baixo, levando barro e nutrientes da terra. E tem a ocupação exagerada de certas margens.
Finalmente quero dizer que ouvi muita gente e todos disseram a mesma coisa: é mentira que o governo do estado está presente lá desde o início. Os bombeiros chegaram muito tarde, com um único bote inflável motorizado, demoraram horas para inflar e depois perceberam que não levaram combustível. Fizeram só duas viagens, enquanto os rapazes do rafting tiravam as pessoas da enchente em botes a remos. Todos dizem que se não fossem eles – e portanto se dependesse do governo do estado – haveria umas 400 mortes.
Defesa Civil, bombeiros e militares, segundo disseram, têm cometido muitas trapalhadas. Ainda sobra ironia para alguns moradores dizerem quando eles se aproximam: “Lá vêm os Trapalhões”.
quarta-feira, janeiro 06, 2010
História: jornal na era do linotipo
Interessantissimos filmes sobre a confecção do Estadão. O primeiro, narrado por Guilherme de Almeida, "crítico social-cinematográphico" do jornal, de 1935.
Aqui, o jornal em 1941, anda tempo de linotipo, clichês, calandras, revisores: "Um bom jornal moderno deve sair sem erros". Pois é...
Aqui, o jornal em 1941, anda tempo de linotipo, clichês, calandras, revisores: "Um bom jornal moderno deve sair sem erros". Pois é...
terça-feira, janeiro 05, 2010
Jornalista proibe entrada de Sindicato
O Sindicato dos Garis e Varredores tentou entregar, no dia 4, uma carta de protesto ao Boris Casoy e à TV Bandeirantes.
Uma jornalista que se apresentou como Albertina e se disse chefe de redação não quis assinar o protocolo de recebimento.
Não autorizou que os diretores do Sindicato entrassem nas dependências da emissora.
Pior do que o âncora desrespeitando trabalhadores -- ele conhecemos bem e dele nada esperamos de melhor, embora sempre nos surpreendamos com barbáries - é saber que existem jornalistas como esta moça, cumprindo fielmente ordens superiores, proibindo a entrada de representantes sindicais, sequer recebendo a carta. Lembra aqueles tempos plúmbeos.
Jornalistas assim, conhecemos bem. Prestam o serviço, replicam a voz do dono, e um dia qualquer, quando não mais interessam, são tratados como os garis.
A história não é nova, mas sempre se repete.
Uma jornalista que se apresentou como Albertina e se disse chefe de redação não quis assinar o protocolo de recebimento.
Não autorizou que os diretores do Sindicato entrassem nas dependências da emissora.
Pior do que o âncora desrespeitando trabalhadores -- ele conhecemos bem e dele nada esperamos de melhor, embora sempre nos surpreendamos com barbáries - é saber que existem jornalistas como esta moça, cumprindo fielmente ordens superiores, proibindo a entrada de representantes sindicais, sequer recebendo a carta. Lembra aqueles tempos plúmbeos.
Jornalistas assim, conhecemos bem. Prestam o serviço, replicam a voz do dono, e um dia qualquer, quando não mais interessam, são tratados como os garis.
A história não é nova, mas sempre se repete.
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Os garis, Casoy e a internet
“Feliz Ano Novo, muita paz, muita saúde, muito trabalho”. Sorridentes, os dois garis, de sotaque nordestino, encerravam uma edição de telejornal da TV Bandeirantes, a mesma que exibe o aqui já comentado CQC, entre outras pérolas.
Sim, garis sorridentes, aqueles mesmos que viram notícia quando acham pastas de dinheiro e devolvem. Mas desta vez não acharam nada, só desejavam feliz ano novo.
Até agora tem 936 mil acessos no Youtube o vídeo em que o âncora Boris Casoy, acreditando estar em OFF, declara:
“Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho."
Seu colega de casa, Fabio Pannunzio, parte para a defesa e afirma em seu blog:
“O diálogo permite várias interpretações diferentes. Segundo a Vanessa Kalil, que é minha amiga querida e é também a editora-executiva do Jornal da Noite, o sentido verdadeiro não era o que foi abstraído pela opinião pública. O que ele estaria querendo dizer é que havia restado aos garis, que estão na base da pirâmide social, dar a mensagem de boas festas naquela edição do telejornal”. Diz ainda que a frase "do alto de suas vassouras" -- sequer foi pronunciada ( o que o áudio desmente. Há também risos de pessoas não identificadas).
O episódio parecer ser condenado pela maioria.
Fiquei pensando na força da internet, a única responsável pelo “pedido de desculpas” do âncora no ar, no dia seguinte. Até há pouco, comentários ofensivos, edições manipuladas, baixarias televisivas de toda espécie não permitiam resposta em tempo real ou em qualquer tempo. Mas cerca de 700 mil acessos de um vídeo em apenas dois dias são algo a se considerar.
Fiquei pensando também que o argumento da editora-executiva não se sustenta.Casoy estaria penalizado porque restou aos garis dar boas festas? Coitados, tão pobres e ainda tendo de cumprimentar??Não entendi.
Casoy estaria criticando a edição, pois preferiria que os votos fossem externados por seres acima na escala social? Ou talvez Pannunzio não tenha conseguido explicar à altura o raciocínio da editora-executiva?
Tudo dá no mesmo.Não há explicação outra além do que se viu e ouviu.
Pergunta uma comentarista do blog de Pannunzio: “Poderia então, você ou sua editora, explicar as risadas que se seguem ao diálogo?”
No blog do jornalista, entretanto, há alguma discordância entre os comentaristas, como o que se assina João, um cidadão, afirmando que tem mais de 60 anos, não deve satisfação a ninguém e é contra a hipocrisia:
”Na minha opinião ele deveria ter falado tudo que falou durante a apresentação do jornal, inclusive finalizando com a famosa frase “Isto é uma vergonha”. Onde já se viu, eu com a família reunida, comemorando a data e sou obrigado a ver garis desejando boas festas?”
Extrapolou o seu João, que ao menos é sincero com seus preconceitos em ON.
Mas o ano novo, o ano do Tigre no horóscopo chinês, que começou com trágicas enchentes, e com essa infeliz declaração, traz boas novas:daqui para a frente tem volta, tem resposta, tem feedback.E em tempo real.
Sim, garis sorridentes, aqueles mesmos que viram notícia quando acham pastas de dinheiro e devolvem. Mas desta vez não acharam nada, só desejavam feliz ano novo.
Até agora tem 936 mil acessos no Youtube o vídeo em que o âncora Boris Casoy, acreditando estar em OFF, declara:
“Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho."
Seu colega de casa, Fabio Pannunzio, parte para a defesa e afirma em seu blog:
“O diálogo permite várias interpretações diferentes. Segundo a Vanessa Kalil, que é minha amiga querida e é também a editora-executiva do Jornal da Noite, o sentido verdadeiro não era o que foi abstraído pela opinião pública. O que ele estaria querendo dizer é que havia restado aos garis, que estão na base da pirâmide social, dar a mensagem de boas festas naquela edição do telejornal”. Diz ainda que a frase "do alto de suas vassouras" -- sequer foi pronunciada ( o que o áudio desmente. Há também risos de pessoas não identificadas).
O episódio parecer ser condenado pela maioria.
Fiquei pensando na força da internet, a única responsável pelo “pedido de desculpas” do âncora no ar, no dia seguinte. Até há pouco, comentários ofensivos, edições manipuladas, baixarias televisivas de toda espécie não permitiam resposta em tempo real ou em qualquer tempo. Mas cerca de 700 mil acessos de um vídeo em apenas dois dias são algo a se considerar.
Fiquei pensando também que o argumento da editora-executiva não se sustenta.Casoy estaria penalizado porque restou aos garis dar boas festas? Coitados, tão pobres e ainda tendo de cumprimentar??Não entendi.
Casoy estaria criticando a edição, pois preferiria que os votos fossem externados por seres acima na escala social? Ou talvez Pannunzio não tenha conseguido explicar à altura o raciocínio da editora-executiva?
Tudo dá no mesmo.Não há explicação outra além do que se viu e ouviu.
Pergunta uma comentarista do blog de Pannunzio: “Poderia então, você ou sua editora, explicar as risadas que se seguem ao diálogo?”
No blog do jornalista, entretanto, há alguma discordância entre os comentaristas, como o que se assina João, um cidadão, afirmando que tem mais de 60 anos, não deve satisfação a ninguém e é contra a hipocrisia:
”Na minha opinião ele deveria ter falado tudo que falou durante a apresentação do jornal, inclusive finalizando com a famosa frase “Isto é uma vergonha”. Onde já se viu, eu com a família reunida, comemorando a data e sou obrigado a ver garis desejando boas festas?”
Extrapolou o seu João, que ao menos é sincero com seus preconceitos em ON.
Mas o ano novo, o ano do Tigre no horóscopo chinês, que começou com trágicas enchentes, e com essa infeliz declaração, traz boas novas:daqui para a frente tem volta, tem resposta, tem feedback.E em tempo real.
Ajuda para vítimas das enchentes
Pedido de ajuda para as vítimas de São Luiz do Paraitinga e Cunha (SP)
A Delegacia da JK em Taubate e a base da Policia Militar estão recebendo os donativos.
Água, fraldas e comida são essenciais neste momento.
Contamos com voces.
Maria Lúcia
Vale do Paraiba, Serras e Mar
As bases da Policia de São José dos Campos e Taubaté estão recebendo as doações para as vitimas desta tragedia que abalou o Vale:alimentos não perecíveis, água, colchões, roupas, lanternas, etc.
Os telefones para informações são 147 para quem está na cidade ou 3633-4544.
Quem não puder ir até o local pode ligar para o celular do plantão: 8119-5612 que eles buscam as doações.
Locais para doação:- Plantão da delegacia da JK- Rua Marquês de Rabicó, 33 - Gurilândia- Rua José Dantas, 266 - Pq Aeroporto - rua da igreja- Rua Monsenhor Miguel Martins, 361 - Vila Marli- Rua Padre Faria Fialho, 315 - Jd Maria Augusta
A Delegacia da JK em Taubate e a base da Policia Militar estão recebendo os donativos.
Água, fraldas e comida são essenciais neste momento.
Contamos com voces.
Maria Lúcia
Vale do Paraiba, Serras e Mar
As bases da Policia de São José dos Campos e Taubaté estão recebendo as doações para as vitimas desta tragedia que abalou o Vale:alimentos não perecíveis, água, colchões, roupas, lanternas, etc.
Os telefones para informações são 147 para quem está na cidade ou 3633-4544.
Quem não puder ir até o local pode ligar para o celular do plantão: 8119-5612 que eles buscam as doações.
Locais para doação:- Plantão da delegacia da JK- Rua Marquês de Rabicó, 33 - Gurilândia- Rua José Dantas, 266 - Pq Aeroporto - rua da igreja- Rua Monsenhor Miguel Martins, 361 - Vila Marli- Rua Padre Faria Fialho, 315 - Jd Maria Augusta
domingo, janeiro 03, 2010
São Luiz do Paraitinga
Desde ontem, sábado, 2, começaram a chegar notícias das chuvas em São Luiz do Paraitinga (SP).Uma cidade histórica , com 11 mil habitantes e o maior numero de prédios do século 19 tombados pelo Patrimônio.
É onde mais se celebra a cultura popular interiorana paulista e seus mitos, como o valoroso saci.
Ontem vimos o desabamento das torres de uma igreja, a cidade alagada, cerca de 4 mil pessoas desabrigadas na cidade e outras 5 mil foram para casa de parentes e abrigos improvisados.
O socorro estava sendo prestado pela própria polulação e por autoridades locais. Nada de governo do Estado. O governador, em seu twitter, despediu-se no dia 30 e foi para a Bahia.
"Estou na Bahia para passar o feriadão de Ano Novo com meus netos. Domingo, de volta a São Paulo. 9:17 PM Dec 30th, 2009 from web
Aqui, Rita/Gilda canta e dança uma rumba, Amado Mio: http://migre.me/eXWy. E canta Put the Blame on Mame: http://migre.me/eXWJ 9:24 PM Dec 30th, 2009 from web
Bom feriado a todos. 9:29 PM Dec 30th, 2009 from web "
Somente hoje à tarde, domingo, noticiou-se que o governador sobrevoou a cidade, deu uma coletiva à imprensa dizendo que vai ajudar na reconstrução.
O jornal O Estado de S. Paulo deu uma página inteira, ao lado da cobertura da tragédia em Angra dos Reis (RJ).
O jornal Folha de S. Paulo não deu nada, além de uma notinha dizendo que , devido ao transbordamento do rio Paraitinga, a rodovia Oswaldo Cruz foi fechada. Uma colunista falava mal do o governador do Rio, que não deu as caras na tragedia de Angra, mas nenhuma linha sobre o de SP.
Que os deuses nos protejam das águas de janeiro, fevereiro e março e de quantas mais houver que cairão sobre nós, porque a depender de autoridades estaduais, as populações ficarão mesmo é soterradas e sem teto.
2- Segundo Jefferson Mello, diretor da TV Comunitária local, a TV Cidade:
" José Serra veio ver a tragédia em São Luiz do Paraitinga e Cunha. De helicóptero olhou tudo de cima e não falou com uma viva alma. A Prefeita de São Luiz do Paraitinga esperava o Governador para juntos assinarem o Decreto de Calamidade Pública e afirmou “agora São Luiz do Paraitinga vai ficar nas mãos do Governo do Estado. Temos que reconstruir nossa cidade e isto só será possível com o Governo, sem ele nada podemos fazer ou esperar”. A Prefeita saiu frustrada, pois nem um aceno recebeu de Serra, nem um telefonema.. Passou pela tragédia como quem passa por cima de um lamaçal."