a verdadeira história da greve dos jornalistas de 1979:
primeira chamada
Beware of darkness, a belíssima canção imortalizada por George Harrison no Concerto por Bangladesh, em 1971, me ocorre, a propósito da eleição do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e de outras coisas.
"Cuidado com os líderes gananciosos
Eles levarão vocês onde vocês não deveriam ir
Eles só querem crescer"
Este blog voltará ao assunto muitas vezes, a partir de agora.
Acabo de saber que uma vergonhosa edição especial do jornal Unidade, daquela entidade, sobre os 30 anos da greve de 1979, não cumpriu o preceito básico do jornalismo que é ouvir os dois lados. Ouviu praticamente um, e os donos de jornais e seus representantes.
Não entrevistou o então presidente Davi de Moraes, tampouco sua diretoria.
Aliás, Davi foi entrevistado, mas nada foi publicado.
Um dos mais dignos e corretos homens e jornalistas que já conheci - e esses dias tenho me encontrado com outros companheiros que lembraram, por coincidência, a importância de sua participação naqueles idos e duros anos de reerguimento do movimento sindical brasileiro e de redemocratização do país -- foi relegado ao esquecimento por aqueles que tentam apagar a História e reescrevê-la ao seu gosto.
"A verdade emerge", me lembrou dia desses o jornalista Paulo Nogueira -- citando o então editor do Washington Post na época do escândalo de Watergate --, sobre outro episódio mal contado, a noite da morte de Wladimir Herzog e o que aconteceu naquele Sindicato. Tema, aliás, que também será abordado aqui, em breve.
Não se pode enganar a todos o tempo todo.
Trinta anos já é o tempo necessário para o distanciamento histórico e para que a falta de vergonha seja exposta publicamente.
Este blog publicará, em maio, depoimentos que contarão a verdadeira história da greve dos jornalistas de 1979.
Enquanto isso ouçam, meditem e leiam George Harrison, aqui com Leon Russel
Atualizada em 26 de março, com a tradução da letra
Watch out now,
Take care beware of falling swingers
Dropping all around you,
The pain that often mingles in your fingertips
Beware of darkness
Watch out now,
Take care beware the thoughts that linger
Winding up inside your head
The hopelessness around you
In the dead of night
Beware of sadness
It can hit you, it can hurt you -
Make you sore and what is more,
That is not what you are here for
Watch out now, take care,
Beware of soft shoe shufflers
Dancing down the sidewalks,
As each unconscious sufferer
Wanders aimlessly,
Beware of MAYA
Watch out now, take care,
Beware of greedy leaders
They’ll take you where you should not go,
While Weeping Atlas Cedars
They just want to grow
Beware of darkness
Tradução do jornalista, escritor, poeta, roqueiro e meu amigo Ronaldo Antonelli
Atenção agora!
Toma cautela com os volúveis que caem
Pingando em volta de ti,
A dor que em geral se mistura à ponta de teus dedos,
Cuidado com a escuridão!
Atenção agora!
Toma cautela com os pensamentos que persistem
Retorcendo-se por dentro da cabeça,
O desespero que te cerca no fim da noite.
Cuidado com a tristeza!
Ela pode te atingir, pode te ferir,
Te deixando dolorido e, o que é pior,
Não é para isso que estás aqui...
Atenção agora!
Toma cautela com os trapaceiros que pisam macio,
Dançando pelas calçadas.
Como cada um dos sofredores inconscientes que perambulam sem destino,
Cuidado com Maya!
Atenção agora!
Toma cautela com os líderes gananciosos
Que te levam aonde não deves ir,
Como os ramos dos chorões nos jardins
Eles só querem continuar crescendo,
Cuidado com a escuridão!
se a atual diretoria dos jornalistas, além de ouvir quem deixou de ouvir, ouvisse a maior liderança dos trabalhadores na época - não por acaso hoje presidente da república - sobre a atuação de David de Moraes, ficariam com a cara no chão. Isto é, se tivessem vergonha na cara...
ResponderExcluirmais uma coisa: eu fui uma dessas pessoas que - nada é por coindicência, como você mesmo fala, Beth - te falou, na semana passada, do Davi. E lembrando o que eu te contava, sobre a tentativa de alguns sindicalistas bancários de apagar a história para reescreve-la do jeito que eles querem, repito: a história não aceita borracha. Ou, como te disse de outra maneira o querido PT, o Paulo Nogueira, "a verdade emerge". bjo.
ResponderExcluirA verdade dói. Será que tira votos tb?
ResponderExcluirTita, é uma grande frase essa: a História não aceita borracha, por mais que tentem. Edu, espero que sim.
ResponderExcluirAinda não vi a edição do Unidade, não sou sócia daquilo há anos, desliguei-me oficialmente, com carta assinada. Mas um amigo ficou de me mandar. E pelo que ele diz, a coisa é bem pior do que publiquei acima. Voltarei.
And now the end is near
ResponderExcluirSo I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case of which I'm certain
I've lived a life that's full
I've travelled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I planned each charted course
Each careful step along the byway
Oh, and more, much more than this
I did it my way
Yes, there were times, I'm sure you know
When I bit off more than I could chew
But through it all when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all and I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fails, my share of losing
And now as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh, no, no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got
If not himself, then he has not
To say the words he truly feels
And not the words of the one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way
The record shows I took the blows
And did it my way
Vc sabia que MY WAY é uma versão para inglês que nada tem a ver com a original, em francês?
ResponderExcluirComme d'habitude
Je me lève
Et je te bouscule
Tu n'te réveilles pas
Comme d'habitude
Sur toi
Je remonte le drap
J'ai peur que tu aies froid
Comme d'habitude
Ma main
Caresse tes cheveux
Presque malgré moi
Comme d'habitude
Mais toi
Tu me tournes le dos
Comme d'habitude
Alors
Je m'habille très vite
Je sors de la chambre
Comme d'habitude
Tout seul
Je bois mon café
Je suis en retard
Comme d'habitude
Sans bruit
Je quitte la maison
Tout est gris dehors
Comme d'habitude
J'ai froid
Je relève mon col
Comme d'habitude
Comme d'habitude
Toute la journée
Je vais jouer
A faire semblant
Comme d'habitude
Je vais sourire
Comme d'habitude
Je vais même rire
Comme d'habitude
Enfin je vais vivre
Comme d'habitude
Et puis
Le jour s'en ira
Moi je reviendrai
Comme d'habitude
Toi
Tu seras sortie
Pas encore rentrée
Comme d'habitude
Tout seul
J'irai me coucher
Dans ce grand lit froid
Comme d'habitude
Mes larmes
Je les cacherai
Comme d'habitude
Mais comme d'habitude
Même la nuit
Je vais jouer
A faire semblant
Comme d'habitude
Tu rentreras
Comme d'habitude
Je t'attendrai
Comme d'habitude
Tu me souriras
Comme d'habitude
Comme d'habitude
Tu te déshabilleras
Oui comme d'habitude
Tu te coucheras
Oui comme d'habitude
On s'embrassera
Comme d'habitude
Comme d'habitude
On fera semblant
Comme d'habitude
On fera l'amour
Oui comme d'habitude
On fera semblant
Comme d'habitude