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domingo, janeiro 13, 2013
Crônica, o que é?
Crônica, o que é?". Eis que Sérgio Augusto informa a definição dada pelo Velho Braga: "Se não é aguda, é crônica"
Do blog do Dodó macedo
sábado, janeiro 05, 2013
Amigos
Eu me sinto bem por ter amigos queridos , sensíveis, com alma poética, sendo ou não sendo. Amigos que vão vivendo nas quebradas do mundaréu, como dizia o Plinio Marcos, nadando contra a maré, caindo e levantando. Sou mesmo privilegiada pelos amigos que tenho. Um deles me mandou pelo correio um livro, como ele diz, que precisava ser escrito. Um balanço existencial. Disse : "esqueça o valor literário, julgue apenas como o coração".
Esse amigo maravilhoso, da vida inteira, é difícil descrever em palavras: um personagem. As passagens importantes de sua vida sempre foram marcadas por belos textos.Ator, publicitário, jornalista, tantas coisas. Uma vez, descobriu crianças que moravam dentro de um buraco na parede (!!!) no Anhangabaú. Fotografou e fez um texto inesquecivel , guardado comigo sempre. Fala de seu pai, incrível sedutor cheio de mumunhas "que me ensinou que ter sonhos é muito mais importante do que ter dinheiro". De sua mãe, que eu conheci, mulher de fibra aquela. De sua avó analfabeta "que me ensinou quase tudo na vida, menos andar de bicicleta".Quinze viagens que precisa fazer antes de morrer. As celebridades que adora- especialmente Alain Delon. O dialogo visual com uma lagartixa...Reclama, lembrando Pessoa, que todos os seus amigos são gente tão normal, só ele leva porrada? ( ah, se soubesse, meu amigo). Fala dos amigos mortos, e de sua prisão, por ter roubado remédio para sua mãe e...um livro. Teve a cabeça raspada, foi algemado e conviveu com companheiros de cela com quem riu e chorou e conheceu uma solidariedade difícil aqui fora. Um deles não conseguiu entender por que meu amigo tinha roubado um livro: "Prá vender?" Não, respondeu meu amigo, pra eu ler. "Nossa, é mesmo???? Ah, eu nunca consegui ler um inteiro", respondeu.
Conta o Edson:
"Fui preso porque não tinha dinheiro, por isso acabei roubando.Brecht tem uma peça que diz que o capitalismo perdoa todos os crimes menos o de não ter dinheiro". E lembrou Jean Valjan, de "Os miseráveis", destruído por ter roubado um pedaço de pão"
Ri e chorei como balanço existencial do querido amigo.Porque a vida é assim, imita um filme de quinta categoria segundo Woody Allen, e eu concordo.
Aqui, um dos poemas do Edson. A compaixão me lembrou o Kerouac.
"Fodidos, sim.Mas privilegiados
Os que têm cáries mesmo sem ter dentes
Os doentes da cabeça aos pés
Os zés manés
Os apenas zés
Os que amam e não são amados
Os ferrados no emprego e nas filas do supermercado
Os pobres coitados
Os sem-tênis
Os sem-pênis
Os sempre sós
Os , enfim,que apesar de todos os nós e os ohs!
são os que o mundo tem de melhor
Porque são aquilo que nós
nós que temos tudo
nunca saberemos ser ou ter"
segunda-feira, dezembro 24, 2012
quinta-feira, dezembro 20, 2012
quarta-feira, dezembro 12, 2012
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Um poema meu na Catedral de Brasilia
Estreito
Na estrada da capital federal
plano planalto
a vasta visão da verdura
No centro da capital federal
Na catedral
Estreito coração, miudinho piso
Paro atrás da estátua
A me esconder de tudo o que é não
Um fino fio, uma muralha
Uma ode de medo ou de amor
Vamos viver, vamos morrer
Sem saber.
Niemeyer
Projeto da catedral
“Outra novidade, da Catedral de Brasília, é a nave rebaixada de três metros do nível do piso do terreno. A entrada em rampa, leva, deliberadamente, a percorrer um espaço de sombra antes dos fieis atingirem a nave, o que acentua, pelo contraste, os efeitos da luz procurados. Em volta da nave rebaixada em três metros, as capelas e ainda as ligações com as salas e serviços anexos à Catedral, e o Batistério, localizado, como primitivamente, fora do templo. “
http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=431
domingo, novembro 25, 2012
sábado, novembro 24, 2012
quarta-feira, novembro 21, 2012
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