quarta-feira, agosto 25, 2010

Sentimental eu fico

Esta, das mais belas do nosso cancioneiro, me ocorre quando encontro amigos que fazem parte da minha vida há muito, desde a tenra adolescência.
Na costura da minha vida
Mais um ponto
No arremate do sorriso mais um nó


Nos reconheceríamos, se nunca mais tivéssemos nos visto.Temos a mesma cara.
Na costura de nossas vidas, tantos pontos, linhas e planos. Cerzidos invisíveis que deram tantas vezes em retalhos abandonados. Outras, em esplendorosas criações.
Sorrimos até chorar, choramos até sorrir.
Remédios para dormir, remédios para acordar, perdas, lutos, nascimentos. E lembramos de viagens pela América Latina. África. Europa.

Eu quero é destilar as emoções.

E quando o sol raiar desentendido
Eu vou ferir a vista no amanhã
E olharei para quem vai pro trabalho
Com os olhos feito os olhos de uma rã


Dois amigos, um meio assim procurando o eixo...

Antonio Candido fala sobre Florestan Fernandes



O professor Antônio Cândido fala sobre seu colega Florestan Fernandes durante homenagem ao sociólogo brasileiro, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do MST, no início de setembro de 2009.

Certa vez, falando comigo em pesquisa para o livro sobre o Suplemento Literário do Estadao, o professor Candido classificou como "ser de exceção" seu outro amigo de toda a vida, Décio de Almeida Prado. Eu acho que são seres de exceção eles todos, esses três amigos que orgulham o país.