Esta, das mais belas do nosso cancioneiro, me ocorre quando encontro amigos que fazem parte da minha vida há muito, desde a tenra adolescência.
Na costura da minha vida
Mais um ponto
No arremate do sorriso mais um nó
Nos reconheceríamos, se nunca mais tivéssemos nos visto.Temos a mesma cara.
Na costura de nossas vidas, tantos pontos, linhas e planos. Cerzidos invisíveis que deram tantas vezes em retalhos abandonados. Outras, em esplendorosas criações.
Sorrimos até chorar, choramos até sorrir.
Remédios para dormir, remédios para acordar, perdas, lutos, nascimentos. E lembramos de viagens pela América Latina. África. Europa.
Eu quero é destilar as emoções.
E quando o sol raiar desentendido
Eu vou ferir a vista no amanhã
E olharei para quem vai pro trabalho
Com os olhos feito os olhos de uma rã
Dois amigos, um meio assim procurando o eixo...