Comentário do poeta João Carlos Pompeu no portal do Nassif, onde também postei noticia sobre o espetaculo pelo Piva neste sábado, aí embaixo. Os três volumes com suas poesias completas (lançados recentemente pela editora Globo), a nova edição de Paranóia (Instituto Moreira Salles) e Roberto Piva – entrevistas (Azougue Editorial), estarão à venda, com a renda totalmente revertida para ele.
"Nós temos direitos diferentes dos das pessoas normais, pois temos necessidades diferentes que nos colocam acima - é preciso dizer e acreditar - da moral delas. Seu dever é o de nunca se consumir no sacrifício. Seu dever real é o de salvar o teu sonho. A Beleza, tem, ela também, direitos dolorosos, que criam no entanto os mais belos esforços da alma. Todo obstáculo ultrapassado marca um incremento de nossa vontade, produz a renovação necessária e progressiva de nossa aspiração. Obtém o fogo sagrado de tudo o que pode exaltar tua inteligência. Tente provocá-los, perpetuá-los, esses estimulantes fecundos, pois somente eles podem levar a inteligência a seu poder criador máximo. É por isso que devemos lutar. Podemos nos fechar no círculo de uma moral estreita? Afirme-se e supere-se sempre. O homem que não sabe extrair de sua energia novos desejos, e quase um novo indivíduo, destinado a sempre demolir tudo o que sobrou de velho e podre, para afirmar-se, não é um homem, é um burguês, um merceeiro, o que você quiser."
Extraído de carta do jovem Modigliani ao amigo Oscar Ghiglia, do livro Modigliani de Christian Parisot