De Jornalistas & Companhia
"O Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio deve fornecer carteira de identidade de jornalista a Edir Macedo, fundador da Igreja Universal – esta foi a decisão do desembargador Fernando Marques, do TRF da 2ª Região, para o recurso por ele julgado. Macedo tenta obter esse documento há algum tempo. Ele tem um registro especial de jornalista colaborador e, anteriormente, o Sindicato negou-lhe a carteira sob o argumento de não haver o registro profissional. Macedo requereu na Justiça a habilitação, perdeu em primeira instância em 2001, entrou depois com um recurso no TRF. A decisão saiu em agosto de 2009. Quando o STF extinguiu a necessidade do diploma para exercício da profissão, o TRF acatou o pedido. O Sindicato foi informado agora em fevereiro e entrou com uma petição, na qual afirma que cumprirá a decisão, e informa as exigências para a expedição do documento, entre elas o registro profissional no Ministério do Trabalho. O Sindicato questiona o reconhecimento, pela Justiça, do registro de colaborador, que não existe na lei, e lembra que, sem necessidade do diploma, qualquer pessoa pode tirar o registro profissional. Não é mais necessário diploma, mas o registro ainda é necessário.
Procurada pelo J&Cia, a direção da Igreja Universal respondeu que não pretende comentar o assunto. Suzana Blass, presidente do Sindicato do Rio, marcou sua posição para o J&Cia. –
Como foi recebida essa decisão na diretoria do Sindicato?
Suzana Blass – Não faz sentido esse mandato segurança vir para o Sindicato do Rio. Quem substitui o Estado na concessão do documento de identidade é a Fenaj, os sindicatos são apenas um balcão receptor nos estados. Então, recomendamos que ele se dirija à Fenaj.
J&Cia – E o que o Sindicato vai fazer?
Suzana – A decisão judicial vai ter que ser cumprida, qualquer que seja. A diretoria se reuniu hoje [3ª.feira, 2/3], com os advogados, para avaliar as consequências de a primeira carteira de habilitação em diploma ser concedida a um empresário que fez carreira como líder religioso, e não como jornalista, e que sofre processos na Justiça.
J&Cia – Empresários também eram Roberto Marinho (OrganizaçõesGlobo) e Ary Carvalho (Grupo O Dia), e tinham registro...
Suzana – Eles sempre foram homens de jornal, e solicitaram seus registros no momento em que a lei passou a exigir o diploma, permitindo a concessão do registro a quem exercesse a profissão anteriormente. Já que a queda do diploma é irrevogável, é preciso haver critério: é preciso ter curso superior, ficha limpa na polícia. Quando se derrubou a necessidade do diploma, ninguém imaginou que qualquer pessoa pudesse solicitar o registro. E se amanhã um miliciano pede a carteira? [Refere-se às milícias que agem no Rio e são constantes nas páginas de Polícia.]
J&Cia – Como o Sindicato vê a decisão?
Suzana – É uma ironia que a TV Globo e a Folha de S.Paulo, os veículos que mais brigam com a Universal – dona da TV Record, principal concorrente da Globo, e da Folha Universal, o jornal de maior circulação na América Latina, embora não diário –, serem os que mais fizeram pressão para que caísse a exigência do diploma, destacando representantes da ANJ, como o diretor do Comitê de Relações Governamentais da entidade, Paulo Tonet Camargo, e da Abert para atuar junto ao Supremo. E vejam agora o Sindicato obrigado a cumprir a decisão judicial de dar o registro a um sócio dessa mesma Universal."
quarta-feira, março 03, 2010
O Mundo
Karnak e muita gente boa
De André Abujamra, que teve a quem puxar
O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano e italiana
O mundo filé milanesa
Tem coreano, japonês e japonesa
O mundo é uma salada russa
Tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
O açúcar é doce, o sal é salgado
O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente
Por que você me trata mal
Se eu te trato bem
Por que você me faz o mal
Se eu só te faço o bem
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de God
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de Ghandi
Só não falamos as mesmas línguas
De André Abujamra, que teve a quem puxar
O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano e italiana
O mundo filé milanesa
Tem coreano, japonês e japonesa
O mundo é uma salada russa
Tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
O açúcar é doce, o sal é salgado
O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente
Por que você me trata mal
Se eu te trato bem
Por que você me faz o mal
Se eu só te faço o bem
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de God
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de Ghandi
Só não falamos as mesmas línguas
Chico lê Álvaro de Campos: Dobrada à moda do Porto
Na Brasileira do Chiado, no bairro alto de Lisboa, o bar preferido de Fernando Pessoa, e onde está sua estátua, eternamente sentada a uma das mesas. E onde se pode tomar a Amarguinha, delicioso licor de amêndoas, entre outras coisas, é claro.
"Mas se eu pedi amor, por que me trouxeram Dobrada à Moda do Porto fria?
Nunca se pode comer frio. Mas veio frio".
"Mas se eu pedi amor, por que me trouxeram Dobrada à Moda do Porto fria?
Nunca se pode comer frio. Mas veio frio".