Do filme de Win Wenders, Asas do Desejo
Quando comecei a construir esta Babel, não imaginava como seria.
Fui ver a data do primeiro post, é de 26 de março de 2006, quase quatro anos. E só meu deu alegrias. Se o dia está difícil, se o mundo não gira bem, se a vida engana, eu me refugio na torre, com meus amigos. Os que conheço, os que não conheço, mas passam por aqui, às vezes dão alô, às vezes comentam, sempre visitam.
Música, poemas, pensamentos, notícia aqui, outra ali,descalabro lá, Babel é do mundo, pertencemos à Babel.
Silenciosa, como são todos os blogs, se não acionamos os sons.
Noite alta, às vezes -- até já escrevi um poema sobre isso -- eu sei que meus amigos estão comigo, os do mundo, os daqui. É só clicar no blog deles.
E me conforta, como há pouco. Passei no Atire do Dramaturgo, do Mario Bortolotto, que nem conheço pessoalmente. E lá está ele, se recuperando dos três tiros, estreando uma peça, postando poesia.Poesia, minha gente! Poesia! Tão necessária.
E falando em poesia, meu sempre querido e primeiro site em que entrei, Jornal de Poesia, abrigo seguro da lusofonia poética.
Meu amigo Tide Hellmeister, que disse que foi, mas volta já, também está aqui, com a bela expô Brava Gente. E o Jesus Carlos, bravo repórter fotográfico, com seu Fotografia, Cachaça e Política, entrando pelos desvãos da cidade que não saem nos jornalões.
E o Pedrão? Pedro Martinelli, companheiro da melhor redação que trabalhei, amigo de tantos anos, contando, comentando e mostrando belezas do recôndito do país, e também suas mazelas: o que fizeram da Amazônia. E as comidas, e a arte de fotografar, pé na estrada.
O Edu, no É Tudo Política, solerte repórter, que tem como lema : “Jamais faltará assunto a um repórter que se disponha a sujar os sapatos na poeira e na lama, onde muitas vezes se esconde a notícia”. E que vai ter grandes novidades em breve, parabéns Edu!
O Chiroque, lá do Peru, militante eterno da causa da educação, que conheci aqui em Sampa, quando menina. Arkan, na França, escritor e professor, amigo também de tantas estradas.
O Gregório Macedo, fino amigo do Piauí, ligado nas artes gráficas. O poeta Eric Ponty, lá de São João Del Rey, militante da métrica em tempos não tão precisos. Jô Fevereiro, mestre do traço, colega de colégio, olha só, nosso Cedom de eternas saudades. E o De cara no muro, do Alf, sempre com dicas de coisas boas. Alf, que tenta me convencer que o Mal venceu...
Ah, e o Pictura Pixel, do Claudio Versiani, grande fotógrafo do mundo, lá na adorável Barcelona?
São alguns , esses que linko aí abaixo, que visito sempre. E sem esquecer do seu Cloaca News, que atingiu hoje 1 milhão de acessos (!!!), com a importante e necessária missão de “desmascarar a máfia midiática que infesta nosso país”.
Amigos virtuais ou não, são todos velhos amigos.
Pedrão Martinelli tem uma seção no seu blog chamada “Esses anjos da guarda”, em que nos mostra rostos dos brasileiros. Acho que serve bem para o que sinto em relação ao convívio com os (as) queridos (as) amigos (as) aqui desta Babel. Amigos, o sal da Terra. E da Torre.
Sim, eu sou uma sentimental.