Deu na Radioagencia Noticias do Planalto
Brasilia- Depois que o Ministério Público e o Ministério da Justiça denunciaram e criticaram os abusos cometidos pelos bancos, em cobranças de tarifas, taxas de juros altíssimas, e a omissão do Banco Central em relação ao assunto, os banqueiros acharam uma maneira de fugir das exigências do Código do Consumidor. No último dia 29, a Comissão de Defesa do Consumidor do Senado aprovou um projeto em que as regras pró-consumidor não podem ser aplicadas em juros bancários. Ou seja, as leis do Código do Consumidor em algumas ocasiões, não valem para os bancos. Nesta semana, o projeto passará por uma segunda votação.
Nos últimos anos, os bancos têm utilizado a tática de se apoiarem no Senado para defender seus interesses. Para se ter uma idéia, os bancos Bradesco, Itaú e Unibanco, doaram aproximadamente R$ 6 milhões para parlamentares nas duas últimas eleições (2004 e 2006).
No atual quadro do Senado, existem 23 senadores que tiveram suas campanhas patrocinadas pelos bancos. As doações bancárias não estão ligadas às relações partidárias e sim, à relação de força que o beneficiado exerce sobre o Senado. Por exemplo, Aloizio Mercadante (PT-SP), Arthur Virgílio (PSDB) e Roseana Sarney (PMDB-MA), foram alguns dos que receberam dinheiro dos bancos em suas campanhas. Eles estão divididos no Senado como “bancada do Bradesco” e “bancada do Itaú”.
De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral, o custo médio de uma campanha para eleger um senador é de aproximadamente R$1,3 milhão.