terça-feira, junho 26, 2007

Prosseguem as Invasões Bárbaras

Foto Alaor Filho/AE
Deu no Estadão on-line de hoje, com esta chamada:
Doméstica reconhece adolescentes agressores

RIO - A empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, de 32 anos, reconheceu informalmente os cinco acusados pelo espancamento contra ela, na manhã de sábado, 23, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. A vítima disse que o único que não participou do ato de vandalismo foi o universitário Leonardo de Andrade, de 19 anos.
Sirlei reconheceu Rubens Arruda, de 19 anos; Felippe de Macedo Nery Neto, de 20 anos; Júlio Junqueira, de 21 anos; e Rodrigo Baçalo, de 21 anos, como os agressores. Todos devem ser indiciados por tentativa de latrocínio.
"Eles bateram várias vezes na cabeça da moça, ou seja, aceitaram o resultado-morte. Além disso, roubaram os pertences, como celular, carteira, que eram a única riqueza que ela possuía. Trata-se de uma tentativa de latrocínio", disse o titular da delegacia da Barra (16º DP), delegado Carlos Augusto Nogueira, que investiga o caso."
Achei interessante a qualificação "adolescentes" para homens de 19, 20 e 21 anos.
Em geral não é usada quando se trata de agressores da oura classe que não esta, cariocas moradores da barra da Tijuca, estudantes de Direito, filhos desse e daquele.
Daquele que disse para as câmeras: "São crianças que trabalham e estudam, não podem ficar presas!"
Disse ainda:"Eu já pedi desculpas".
Esses tipos vivem por ai, depois das tragédias, pedindo "desculpas", vejam bem, não é nem perdão.
Na cadeia, os "adolescentes" disseram que confundiram a domestica com uma prostituta... Claro, não haveria problema se fosse..
A opinião mais lucida foi a do pai da moça agredida. Ele disse que essa violência tem muito a ver com a forma como esses pais tratam os filhos, dando tudo o que querem, e não querendo saber dos seus passos. É isso aí.

segunda-feira, junho 25, 2007

Salve Jorge!


São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão. Estamos bem precisados dele, por isso, nunca é demais:

Oração a São Jorge ( ao som de Jorge Benjor)

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge
para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem,
tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam,
e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão,
facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino,
protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder,
seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas,
defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza,
e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

sábado, junho 23, 2007

O fantástico testamento de Darcy Ribeiro

Texto de Aziz Filho, não sei de quando, nem de onde, celebrando essa figura insubstituível, esse grande brasileiro

Vinte hectares de capim verde, garantia de que nunca mais puxará carroça ou usará sela, liberdade para correr, relinchar ou dormir quando o instinto mandar. O que mais pode um cavalo querer? Para o manga-larga Preto, único animal do sítio Tira-Teima, em Maricá, a 100 quilômetros do Rio, a vida mansa começou há três anos e não tem prazo para acabar. Foi um presente deixado pelo senador Darcy Ribeiro antes de morrer de câncer, em fevereiro de 1997. "Meu cavalo preto fica aposentado, com direito de comer o capim que achar até o fim da vida", escreveu o mais efusivo antropólogo que o Brasil já conheceu, numa carta que gostaria de ver anexada ao testamento que registrou em 1995. Ministro, vice-governador, acadêmico, educador, sociólogo, etnólogo e imperador da Festa do Divino em Montes Claros, o criador de "fazimentos" ousados como o sambódromo não pára de criar surpresas. A última delas virou problema para o juiz Mário Gonçalves, da 7ª Vara de Órfãos e Sucessões do Rio. Responsável pelo inventário de Darcy, que não tinha filhos, o juiz está em dificuldades para bater o martelo sobre a partilha dos bens.Os beneficiários do testamento estão preparados para uma espera ainda maior. Um deles é o médico Frederico Ribeiro, sobrinho mais velho, que herdou um presente de grego. Darcy deixou para ele sua parte na casa onde nasceu, em Montes Claros, Minas. Mas sob uma condição: "... que desmonte a velha casa existente no local e a remonte no sítio pertencente ao seu pai, Mário Ribeiro."
A casa, modesta, fica no centro da cidade e hoje abriga uma instituição de apoio a menores carentes. É feita de adobe moldado por uma armação de madeiras. "Foi uma sacanagem dele com o Fred, para criar problema mesmo", conta o sociólogo Paulo Ribeiro, irmão de Frederico. A justificativa de Darcy para insistir na inusitada cláusula é outra piada: "Ele queria a casa no sítio para seu fantasma assustar os visitantes homens e adular as mulheres", recorda Paulo.Homem fede - A implicância com os homens e a paixão pelas mulheres, algumas das incontáveis manias de Darcy, são evidentes no testamento. Paulo, o parente mais querido, foi o único herdeiro masculino, já que não se pode classificar Frederico como herdeiro. Paulo recebeu uma casa no sítio Tira-Teima, onde reina o cavalo Preto. Além do sobrinho e da Fundação, só há mulheres no testamento. "Ele dizia que não deixaria nada para os homens porque homem fede muito", diz Paulo. "A loucura dele pelas mulheres não é folclore. Ganhar uma moça de 20 e poucos anos, mesmo já velho, era fácil.
Ele era danado", atesta a amiga Tatiana Memória, vice-presidente executiva da fundação, de 72 anos. Ela recebeu de Darcy o usufruto vitalício do coqueiral do sítio de Maricá. "Fiquei brava porque não entendo disso nem tenho dinheiro para manter o sítio. Ele fez uma carta tirando o maldito usufruto, mas não registrou no cartório", diz.O professor usava o cavalo para passear de charrete em Maricá - sempre ao lado de mulheres, claro. "Ele dizia que o cavalo jamais voltaria a ser escravo de ninguém", conta o caseiro Marcos Antônio da Costa. Marcos cuida do sítio desde 1989 e, por ser homem, ficou fora do testamento. "Mas eu herdei uma grande lição de vida. Ele me dizia que viver com profundidade vale muito mais do que qualquer imóvel", contenta-se.Maricá foi o cenário de uma das maiores travessuras de Darcy. Em 1995, ele enlouqueceu os médicos do Hospital Samaritano, no Rio, ao fugir da UTI. Depois de 21 dias de internação para se tratar do câncer, ele deixou o hospital para se esconder em sua casa em formato de oca indígena na praia de Maricá, projetada por Oscar Niemeyer. "No hospital só tinha gente querendo morrer, eu quero viver", justificou. Acabou vivendo mais dois anos, até ser vencido pela "bolinha maligna", como ele definiu o câncer que já lhe tirara um pulmão em 1974.
A casa da praia ficou para a cunhada Jaci, casada com Mário Ribeiro, único irmão do senador. A exigência: após a morte da cunhada, deve ser transferida para suas quatro filhas. Os quatro filhos homens não ficam nem com um tijolo. "Isso não tem valor legal porque os oito filhos são herdeiros", observa o sobrinho preferido. Darcy ainda tinha em Maricá um sobrado com quatro pequenos apartamentos. As herdeiras são quatro de suas melhores amigas: Theresa Teixeira, Maria de Nazareth Gama e Silva, Gisele Moreira e Irene Ferraz. Tatiana Memória garante que, entre as quatro, apenas uma foi namorada de Darcy, mas não revela qual.Theresa Teixeira, sua chefe de gabinete em Brasília, responde a processo por apropriação indébita por ter retirado R$ 146 mil da conta de Darcy, no dia de sua morte. Ela apresentou uma carta assinada pelo senador autorizando o saque, mas a carta está em perícia a pedido da Justiça. Mais uma confusão.Os bens mais valiosos de Darcy foram deixados para a fundação administrada por Tatiana Memória: um apartamento na praia de Copacabana, os livros, arquivos, obras de arte e o equivalente a R$ 470 mil depositados na Suíça, fruto da venda de seus livros na Europa e de um fundo de garantia que recebeu da OEA. Cerca de R$ 240 mil já foram usados por Tatiana para comprar a atual sede da Fundação Darcy Ribeiro, um casarão em Santa Teresa, no Rio.
O advogado Wilson Mirza, que acompanhou Darcy desde os tempos do exílio, é o testamenteiro, responsável por zelar pelo cumprimento das vontades do amigo. Ele se lembra da descontração que tomou conta do apartamento de Darcy quando ele ditou seu testamento. O clima era de velório e os amigos não escondiam a consternação pelo fato de, pela primeira vez, Darcy admitir a hipótese da morte. "Ele sentiu o peso e foi logo dizendo: 'Vocês não fiquem aí com essas caras fúnebres porque eu não vou morrer ainda, tenho de escrever um livro antes.' Era um homem muito diferente", recorda Mirza. Darcy só perderia a luta contra o câncer dois anos depois. Nesse período, escreveu não apenas um, mas quatro livros. Sobrou tempo para escrever um livro de poesia: Eros e Tanatos, pela Record. Se são poemas eróticos? "Eróticos demais. Eu quase não publiquei, mas os poetas que consultei me convenceram a publicar. Darcy virou poeta no finzinho da vida", diz Tatiana.
A fiel escudeira de Darcy no projeto dos Cieps espanta a idéia de que ele tinha medo da morte. O que o "fazedor de coisas" abominava, segundo Tatiana, era a idéia de não mais realizar, dizer adeus aos "fazimentos". E não mais poder divertir o mundo ao seu redor com lições bem-humoradas de amor à vida, como as frases que usava para explicar seus arroubos intelectuais. "Mais vale errar se arrebentando do que poupar-se para nada", dizia o poeta Darcy.

domingo, junho 17, 2007

Pra machucar os corações

Eu estava pesquisando e encontreí uma das pérolas do Caio Fernando Abreu, esta do primeiro numero do Caderno 2, em 6 de abril de 1986.
Numa simples crônica, uma crítica de disco, ele consegui retratar uma geração. De perdedores? Sim, diria o status quo atual do "laissez faire laissez voler".
Mas quem perdeu, cara pálida? Não o Caio, que já nos deixou há tempos, e que sofreu muito. Não ele, que deixou testamento escrito, essa marca no mundo.
Não ele. Não a nossa geração.

Leiam. Até uma pedra se emocionaria.

Pra machucar os corações
Para quem tem mais de 30, 35 anos, este disco pode ser uma tortura. Não, não que seja um mau disco. Eu explico. Ou tento.
É que fatalmente eu/tu/ele/nós vamos lembrar. E não estou certo se essas lembranças serão boas. Ou se seriam boas, lembradas hoje, você me entende? Porque o tempo passado, filtrado pela memória e refletido no tempo presente- agora- parece sempre melhor. E teria mesmo sido?

Apenas, quem sabe, porque não havia fadiga lá. Aquela fadiga que se insinua, persistente, entre o ruído das buzinas e das descargas, abertas no engarrafamentos de transito, todo dia. Ou essa, de atravessar mais uma vez qualquer avenida às seis da tarde para, de repente, olhar uma multidão também fatigada e perguntar: mas que cidade, afinal, é esta. E que vida/ A quase amável, paciente fadiga de contemplar o grande relógio das repartições e escritórios quase imóvel na sua lentidão, a partir das cinco e a caminho das seis da tarde. Para nos despejar, novamente, nas ruas entupidas de fumaça e desejos bandidos nas esquinas, dentro de carros apertados entre outros carros ou de ônibus apinhados – até o interior dos apartamentos, com seus fantasmas emboscados, uns mortos, outros vivos. E então o acúmulo das contas atrasadas, telefonemas ansiosos, telenovelas chatas, quem sabe algum plano, certas fantasias. Outra cidade, outro país, outro planeta, outra vida que não esta- uma memória de flores no cabelo e pés descalços, pouco antes do ruído do despertador e do m coração serem os únicos audíveis dentro da escuridão onde afundamos na lama de nossos sonhos mortos.Mas eu falava- tentava- de um disco. De John Lennon
Ele foi gravado ao vivo, no Madison Square Garden, a 30 de agosto de 1972. Há quase, portanto, 14 anos. Você tinha quantos- 15,20,25? E provavelmente também imaginava que, um dia, pudesse não haver mais guerras, nem países, nem ódio entre as pessoas. Um mundo novo, não é isso? Depois houve cinco tiros nas costas, e pouco antes, durante ou depois, os muros das cidades pichados com frases como “flower power is dead”. E entoa uma invasão de cabelos muito curtos, quase raspados, roupas negras, couro justo a ridicularizarão de tudo em que você acreditou durante tanto tempo- e largou faculdade, largou família, caiu em bandos pelas estradas para sonhar com essa coisa que não aconteceu: um mundo novo.
O deboche das suas antigas- e perdidas- ilusões. Patrício Bisso só sobe no palco para cnatar qualquer coisa como "bosla peruana? sandália indiana?hippie! mata!" Eu rio, você ri, ele ri- nós rimos todos juntos.
E temos um sutil cuidado em evitar, no vocabulário, no vestuário, qualquer detalhe capaz de nos identificar com sobreviventes daquele tempo. Agora somos mais do que modernos: demi-darks. Não temos fé, nem esperança, nem caridade. Bebemos vodka pura, cheiramos umas. Nunca mais compramos uma caixinha de incenso. E a bad trip pinta sem química.
Tudo isso dó tanto. Eu nunca mais tinha ouvido John Lennon.
O tempo corre, a gente vai descobrindo jeitos de se proteger. Ellis? Nem pensar: põe aí Paula Toller. Marc ( quem lembra) Bolan? De jeito nenhum: melhor um Boy George, cara. Let’s roller. It’s only rock and roll. Só que eu nem sempre sei se gosto. Mas, por trás das defesas, esse vinco no canto esquerdo da boca continua avançando, cada vez mais fundo, cada vez mais longo. Você tenta reagir, sem dizer claramente não, pelo amor de Deus, não me dá esse disco pra ouvir, eu não entendo nada de música, eu não conheço John Lennon e nunca ouvi falar em Yoko Ono.Eu não tenho tempo.Não posso parar, nem pensar, nem sentir. Nem lembrar. Eu preciso ganhar dinheiro. Tenho pressa neste passo alucinado em direção ao buraco-negro do futuro.
Mas você acaba aceitando. Agora somos profissionais. Coloca no toca-discos. Como quem não quer nada. Liga a TV, ao mesmo tempo. E no meio dos sons que vêm também da rua e dos outros apartamentos, de repente aquela voz tão antiga e conhecida grita:
-Mother!
Aumente o volume. Ou desligue para sempre, você me entende?

sexta-feira, junho 15, 2007

Vamos embora pra Pasárgada

Bandeira ficou tuberculoso aos 18 anos, e acabou tendo uma vida longa, morreu aos 82. Essa poesia é a tradução de sentimentos de qualquer um de nós.
"Poeta, pai , áspero irmão", disse Vinicius de Manuel.

Quem quiser ouvir o poeta Manuel Bandeira declamar, entre em:
http://www.culturabrasil.org/bandeira.htm

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água.
Pra me contar histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

quinta-feira, junho 07, 2007

Políticos retribuem grana que recebem dos bancos

Deu na Radioagencia Noticias do Planalto
Brasilia- Depois que o Ministério Público e o Ministério da Justiça denunciaram e criticaram os abusos cometidos pelos bancos, em cobranças de tarifas, taxas de juros altíssimas, e a omissão do Banco Central em relação ao assunto, os banqueiros acharam uma maneira de fugir das exigências do Código do Consumidor. No último dia 29, a Comissão de Defesa do Consumidor do Senado aprovou um projeto em que as regras pró-consumidor não podem ser aplicadas em juros bancários. Ou seja, as leis do Código do Consumidor em algumas ocasiões, não valem para os bancos. Nesta semana, o projeto passará por uma segunda votação.
Nos últimos anos, os bancos têm utilizado a tática de se apoiarem no Senado para defender seus interesses. Para se ter uma idéia, os bancos Bradesco, Itaú e Unibanco, doaram aproximadamente R$ 6 milhões para parlamentares nas duas últimas eleições (2004 e 2006).
No atual quadro do Senado, existem 23 senadores que tiveram suas campanhas patrocinadas pelos bancos. As doações bancárias não estão ligadas às relações partidárias e sim, à relação de força que o beneficiado exerce sobre o Senado. Por exemplo, Aloizio Mercadante (PT-SP), Arthur Virgílio (PSDB) e Roseana Sarney (PMDB-MA), foram alguns dos que receberam dinheiro dos bancos em suas campanhas. Eles estão divididos no Senado como “bancada do Bradesco” e “bancada do Itaú”.
De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral, o custo médio de uma campanha para eleger um senador é de aproximadamente R$1,3 milhão.